Capes aprova Mestrado em Computação da Ufopa
Foto: Reprodução | São duas linhas de pesquisa: Inteligência Artificial e Sistemas de Suporte à Decisão; e Gestão do Conhecimento e Inovação Tecnológica.
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) obteve a aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para abertura de mais um curso de pós-graduação a ser ofertado em Santarém (PA): o Mestrado Acadêmico em Computação, que visa a contribuir para o desenvolvimento regional sustentável por meio da formação de pesquisadores na área da Computação aplicada, com potencial para pesquisa, docência e inovação.
Vinculado ao Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), o Programa de Pós-Graduação em Computação (PPGC) ofertará, por meio de processo seletivo, 15 vagas anuais, com primeira turma prevista já para 2025. O programa tem como área de concentração a Computação aplicada, sendo composto por duas linhas de pesquisa: Inteligência Artificial e Sistemas de Suporte à Decisão; e Gestão do Conhecimento e Inovação Tecnológica.
A Ufopa aguarda ainda o resultado da avaliação da proposta de criação do Mestrado em Ciência, Tecnologia e Inovação Florestal, submetida em 2023. Confira aqui as propostas aprovadas em setembro deste ano pela Capes.
Para a Gestão Superior da Ufopa, a Avaliação de Propostas de Cursos Novos (APCN) está vinculada a um contexto que envolve a consolidação de uma instituição federal de ensino superior com sede num dos pontos mais estratégicos da Amazônia, o município de Santarém, na região Oeste do Pará, sendo o terceiro curso stricto sensu aprovado dentro do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2024-2031.
Segundo a reitora em exercício da Ufopa, Solange Ximenes, a aprovação do Mestrado em Computação representa um avanço estratégico tanto para o Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), ao qual está vinculado, quanto para a universidade. “O IEG passa a ter um curso stricto sensu originado no próprio instituto, congregando a expertise dos docentes da Ufopa e abrindo possibilidade de formação continuada para os egressos da graduação. Com a aprovação desse curso, todos os institutos da Ufopa passam a ter pós-graduação stricto sensu originada nas próprias unidades acadêmicas”, afirma. A vice-reitora destaca ainda que este é um dos poucos programas de pós-graduação do país que possui linhas de pesquisa sobre inteligência artificial e sobre gestão do conhecimento na área das tecnologias.
“A aprovação deste curso é um marco extraordinário para a região Oeste do Pará, para a Ufopa e para o nosso instituto. É uma conquista que eleva o nosso nível educacional e científico em uma área de conhecimento que tem se destacado globalmente”, comemora o diretor do IEG, Abraham Lincoln Rabelo de Sousa, que destaca a importância de todo trabalho e planejamento realizado pelo corpo docente da Computação, além do apoio fornecido pela Reitoria e pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (Proppit). Segundo o professor, o Mestrado em Computação possibilitará tanto o desenvolvimento de estudos avançados na área da computação aplicada quanto na formação de profissionais altamente qualificados: “Isso poderá contribuir para a construção de um futuro mais tecnológico, inovador e sustentável para a nossa região”.
“Considerando que o Oeste do Pará tem vários cursos de graduação nessa área, mas nenhum de pós-graduação, a aprovação desse curso é um verdadeiro marco para a computação do Oeste do Pará, pois com a vinda do mestrado, espera-se que tenhamos uma melhora na qualificação da mão-de-obra local, e isso vai impactar diretamente os produtos, serviços e empresas daqui, com serviços inovadores e empreendedorismo inovador, com base tecnológica. Estamos olhando com uma perspectiva bem esperançosa pelo impacto que esse programa pode trazer para a região”, afirma Fábio Manoel França Lobato, professor do curso de Computação da Ufopa e proponente da APCN.
A expectativa é de que o curso atraia a atenção dos profissionais da Computação e de áreas afins. “O foco é em Computação. Prioritariamente, profissionais da área de Computação, mas também abrindo possibilidades para outras áreas, sem exclusão, desde que tenham as competências e habilidades necessárias para cursar e completar esse programa de pós-graduação”, explica. Segundo o professor, o público-alvo é aquele que tem interesse em computação, “principalmente nas linhas de pesquisa de gestão de conhecimento para inovação e em análise de dados e inteligência artificial, que vão ter, além da aplicabilidade, uma base matemática e teórica em computação muito forte”.
Confira os principais objetivos do Mestrado Acadêmico em Computação da Ufopa:
- Formar pesquisadores capacitados para desenvolvimento de pesquisa nos mais altos padrões internacionais de qualidade, capazes de aproveitar as oportunidades de estudo e desenvolvimento de soluções para os problemas típicos da região Amazônica.
- Formar pesquisadores comprometidos com a atividade da docência, que busquem a melhoria da qualidade do ensino, contribuindo para a ampliação da mão de obra qualificada na área de Computação na região Norte, em especial no Oeste do Pará.
- Investir em pesquisa na área de Computação, unindo pesquisadores dessa área e de áreas afins, para produzir soluções para as linhas de pesquisa do programa, tanto visando à consolidação e ampliação dos grupos de pesquisas atuais envolvidos no curso de mestrado, quanto subsidiando a criação de novos grupos de pesquisa nas linhas de pesquisa deste curso de mestrado.
- Fomentar a produção técnico-científica na solução de problemas regionais.
- Subsidiar a elaboração e execução de projetos e programas em cooperação com outras instituições de pesquisa nacionais ou internacionais, envolvendo a orientação conjunta de discentes do curso de mestrado.
- Apoiar e fomentar a transferência de conhecimento científico e tecnológico para o Oeste do Pará, não somente através da inserção de capital intelectual de qualidade, mas também promovendo a materialização dos trabalhos dos egressos em produtos, serviços e negócios que gerem impacto positivo para a sociedade.
- Ser agente catalisador da criação e desenvolvimento de uma cultura de inovação e empreendedorismo moldada na realidade Amazônica, onde inexistem grandes indústrias tradicionais, mas onde também a ciência da computação possa trazer benefícios tangíveis e contundentes para o estabelecimento definitivo e progressivo de um ambiente de inovação amazônico.
Fonte: Comunicação/Ufopa e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/2024/14:06:53
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