Casos de Leishmaniose no município de Santarém põem população em alerta

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A transmissão é feita por um mosquito conhecido na região como tatuquíra, que se alimenta de sangue e transmite a doença aos humanos.

A Vigilância Epidemiológica de Santarém, no oeste do Pará, confirmou quatro casos de leishmaniose em humanos, somente em 2017. Dois foram registrados dentro da cidade, e os outros dois em comunidades do interior. Os casos positivos são um alerta para presença do mosquito que transmite a doença, e para cães que possam estar com vírus.

A Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa) já notificou 48 casos suspeitos entre os meses de janeiro a maio deste ano: 44 foram negativos e 4 positivos. Os bairros com casos positivos são: Jardim Santarém, Vitória Régia, comunidade Engenho, na Região do Arapiuns e comunidade São José, no Planalto santareno.

A agente de saúde Edna Gadelha explica que “os casos notificados ficam com o Centro de Controle de Zoonoses porque têm que ser registrados no Sistema de Informação do Ministério da Saúde. Quando confirmado, e o infectado já está no hospital internado, a medicação também é fornecida pelo CCZ”.

O Hospital Municipal de Santarém é a porta de entrada para os pacientes sintomáticos de leishmaniose, que são acompanhados por infectologistas. A doença tem cura e o tratamento pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde.

O médico infectologista João Guilherme Assy explica que a suspeita da leishmaniose visceral, também chamada de calazar começa com febre superior a duas semanas, associada a quadro de anemia ou de inchaço no fígado e no baço. “A partir da suspeita com essas características é feito um exame rápido de sangue e em positivo, é iniciado o tratamento de teste terapêutico”, disse.

Ainda segundo o médico, a leishmaniose pode matar em 5% dos casos, em média, mas tem cura se tratada. “O tratamento inicia com a internação com drogas injetáveis, que são fornecidas pelo CCZ. Se houver algum sinal de gravidade, são escolhidas algumas drogas que são leishmanicidas, ou seja, que têm uma ação contra a leishmaniose”, relata o médico.

A transmissão do vírus é feita por um mosquito conhecido na região como tatuquíra, que se alimenta de sangue e transmite a doença para os humanos. Por isso, o setor de zoonoses da Divisa recebe diariamente animais para exames de sangue.

Teste rápido

De acordo com a médica veterinária do CCZ, Alessandra Costa, o proprietário leva o animal até o Centro de Controle de Zoonozes para realizar um teste rápido de triagem, através de coleta sangue. Quando positivo, um outro exame é realizado também no CCZ, chamado de Elisa, para confirmar o primeiro. Quando este também é positivo, confirma-se o caso de calazar.

Há dois casos de animais infectados: “o cão sintomático, que apresenta os sintomas como perda de peso, anorexia, falta de apetite, seborreia, unhas grandes e sangramento. E aquele que está visualmente saudável, mas que dá positivo nos dois exames”, alerta Alessandra.

Fonte: G1 Santarém.
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