Chineses vão investir R$ 7 bilhões no Pará

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Governo garante início de Ferrovia que interligará Barcarena, Marabá e Parauapebas em 2021 (Foto:Jailson Sam / Divulgação)

O Pará vai receber o maior investimento internacional em infraestrutura do País. É o que aponta o protocolo de intenções para estudos de viabilidade econômica de implantação e exploração do projeto da Ferrovia Pará, entre os municípios de Marabá e Barcarena, assinado ontem, em Brasília, entre a empresa China Communication Construction Company (CCCCSA), controladora da brasileira Concremat, e o governador Helder Barbalho.  “É um momento histórico.

Nós estamos falando de um investimento de R$ 7 bilhões, que representa o maior investimento em infraestrutura privada a realizar-se no Brasil neste momento. E assim que a obra estiver pronta, a logística do estado, ganha um upgrade fantástico, porque nós estaremos interligando, pelo modal ferroviário, o Pará e o porto de Vila do Conde ao sistema ferroviário nacional. E, efetivamente, é a primeira grande obra ferroviária do Pará, porque a ferrovia do Carajás ela foi para a Vale e para o Maranhão”, comemorou o governador, em entrevista a Liberal.

Pela projeto, a malha ferroviária irá interligar o porto de Vila do Conde, em Barcarena, no nordeste do Estado, a municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até Açailândia, no Maranhão, com a Ferrovia Norte-Sul. “Entre 2020 e 2021 é a parte de projeto executivo, licenciamento ambiental e as desapropriações necessárias.

O início das obras será em dezembro de 2021, com duração de cinco anos e esse investimento total de R$ 7 bilhões. Ela vai sair de Vila do Conde e encontrar com a ferrovia Carajás, próximo de Marabá. De lá, encontra com a ferrovia Carajás, onde, para esquerda, ela vai para a Norte-Sul, em Açailândia, no Maranhão, e, para a direita, vai para Parauapebas”, explicou Helder, o passo a passo do projeto.

Ainda de acordo com o governador, o perfil do projeto é garantir carga para o minério, para o agronegócio, para o setor florestal e, também está sendo avaliado para transporte de passageiros. O protocolo servirá de orientação para futura negociação e assinatura de convênios, acordos e outros termos que possam ajustar as necessidades do corredor ferroviário.

“Temos a maior província mineral do país, e um dos maiores produtores do agronegócio brasileiro. Com esses investimentos, desenvolveremos a logística e competitividade do Estado, agregação de valor, geração de emprego e renda, promovendo o desenvolvimento da região”, enalteceu o governador. “Estaremos atentos e determinados para que o ambiente seja o melhor e mais atrativo possível. Será um novo tempo para a nossa economia”, comprometeu-se.

Em contrapartida, o estado deverá articular a garantia da carga, para que haja o equilíbrio econômico da operação. “Se a gente não garantir a carga, a empresa não vai investir R$ 7 bilhões no escuro.

Também vamos atuar no processo de regularização fundiária, fruto das necessidades para o trajeto pensado para o trecho, e ainda o licenciamento ambiental com sustentabilidade”, destacou.

É um novo tempo para o Estado sob o aspecto do seu desenvolvimento da infraestrutura. O que era para ter acontecido quando o porto de Itaqui (MA) ganhou de Barcarena, nós estamos recuperando”, celebrou. Este é o segundo projeto que a CCCC desenvolve em parceria com o Estado. O vice-presidente do conglomerado, Chen ZHong, classificou o Pará como “muito promissor e importante não só na mineração, como também na indústria e no desenvolvimento”.

O secretário de Estado de Transportes, Pádua Andrade, presente à assinatura da cooperação, destacou os ganhos para o desenvolvimento da estratégia logística. “Esses 492 km, de Marabá ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena, significam a atração de mais investidores.

Não estamos falando só do fortalecimento da economia local, do Sul e do Sudeste do Pará, mas também de outros estados, que verão com bons olhos as nossas condições de escoamento”, acrescentou.Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima, a ferrovia paraense é a concretização do início do sonho de um novo modal de transporte, muito mais atraente economicamente.

“É o que vai tornar nossos produtos mais competitivos, no mercado nacional e internacional. O minério a preço mais baixo pode significar a verticalização, porque escoamento é garantido”, explicou, incluindo ainda a intenção, de junto com a CCCC, reativar o polo metal-mecânico de Marabá, com instalação de diversas siderúrgicas de ferro-gusa e uma laminadora lá.

Os parlamentares presentes também comemoraram o investimento. “Infraestrutura é determinante para o desenvolvimento do nosso Pará. Sem ela não se avança. Trazer para dentro do Estado do Pará uma ferrovia que integre o território paraense, unindo os principais polos até chegar ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena, para nós é fundamental.

As regiões do sul e sudeste do Estado, com certeza, farão a diferença ao garantir um sistema logístico mais competitivo para o escoamento da nossa produção. É um empreendimento muito importante que dá ao Pará condições de atração de novos empreendimentos, trazendo mais emprego e renda ao povo paraense.

Assim como faz agora ao assinar o protocolo de intenções com a empresa China Communication Constrution Company para os estudos de viabilidade econômica de implantação e exploração do projeto do trecho ferroviário entre Marabá e Barcarena, estou certo que daqui a mais algum tempo veremos o Governo do Estado ampliando para o segundo trecho, ligando Marabá a Santana do Araguaia”, disse o coordenador da bancada paraense no Senado, Zequinha Marinho (PSC).

Já o coordenador na Câmara, deputado Eder Mauro (PSD) avaliou que “menos custo para produção e escoamento, mais emprego e renda, é um avanço, um sonho que muito em breve será uma realidade”.

Por: Thiago Vilarins

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