Consumo do paraense deve atingir R$ 175 bilhões em 2023

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O veículo próprio é o terceiro setor com maior volume de consumo previsto no Pará em 2023, com R$ 14,4 bilhões a serem gastos. (Foto:Divulgação/Freepik: @tawatchai07).

Pesquisa IPC Maps aponta para crescimento mais lento no país

O consumo da população do Pará deve chegar a R$ 175,7 bilhões em 2023, sendo R$ 48,7 bilhões somente em Belém, segundo a pesquisa do IPC Maps 2023, realizada pela IPC Marketing Editora, especializada no cálculo de índices de potencial de consumo nacional a partir de dados oficiais do país. Em todo o Brasil, o consumo estimado para este ano é de R$ 6,7 trilhões.

A pesquisa considera a atual expectativa de alta do PIB em 1,2%. Em relação ao consumo previsto para 2022, que foi de R$ 163 bilhões no Pará, a variação nominal para 2023 é de 7,8% – um pouco acima do nacional, que foi de 7,6% – e o crescimento real foi no estado 0,19% – enquanto que no país foi 1,5%.

O Pará ocupa o 11º lugar no ranking nacional da pesquisa, enquanto Belém lidera o ranking estadual e fica em 13º no ranking nacional de consumo previsto para 2023. As posições são as mesmas do ano anterior.

O share do Pará, ou seja, quanto o estado gasta em cada R$ 100 de consumo realizado no Brasil, é de 2,61; e o de Belém, é 0,72.

Aproximadamente 35 toneladas de alimentos foram arrecadadas durante a XVI Gincana Santa Rosense, realizada no colégio Santa Rosa, no bairro Batista Campos, em Belém, e batizada de “Mutirão da Bondade 2023”
Alunos do colégio Santa Rosa, em Belém, arrecadam 35 toneladas de alimentos

Empresas e classes

Para se ter dinheiro para consumir, é preciso ter emprego. Por isso, a pesquisa também analisa a quantidade de empresas. Este ano, o Pará está com 427.706, enquanto que em 2022 estava com 404.258 nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness. Esses números apontam o crescimento de 5,8%, índice um pouco acima da média nacional que foi 5% (são mais de 22 milhões de empresas no Brasil).

O IPC Maps também avalia a possibilidade de consumo por classes sociais. O levantamento observou que, no Pará, houve migração social que “neutralizou” esse cenário: “Houve migração da classe A para a classe B, o que é negativo, pois isso piora a quantidade de domicílios no centro da pirâmide social. Em contrapartida, teve migração das camadas mais pobres (D/ E) para a classe C. O potencial de consumo poderia ser maior, o que coloca o Pará numa posição intermediária, mas Belém é a cidade mais visada para receber investimentos, a abertura de negócios, apesar do pequeno crescimento entre 2022 e 2023.
Maiores fontes de consumo

No Pará, o item habitação (que considera as despesas com aluguel, prestação da casa própria, impostos e serviços de abastecimento de água, luz, gás e internet) ocupa o primeiro lugar em consumo (assim como no restante do país) com o consumo de R$ 10,3 bi. “Tradicionalmente esse custo é muito alto, o que não é positivo por ser uma necessidade básica da população”, observa Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo.

No Brasil, o item carro próprio aparece como a segunda maior fonte de despesa, mas no Pará, esse item perde para as despesas com alimentação no domicílio. Em 2023, a estimativa é que os paraenses gastem R$ 5,8 bilhões com esse item. Enquanto a aquisição do veículo próprio tem estimativa de consumo de R$ 4,8 bilhões no estado.

“A alimentação no domicílio, ou seja, a compra no supermercado e no armazém, é outra categoria de primeira necessidade e que também não é positivo ter um peso grande no orçamento da população. No Pará, esse custo é mais alto do que na média nacional”, observa Pazzini.

Com relação ao consumo de carros e motos, o pesquisador avalia que a principal motivação é o emprego dos veículos para a sobrevivência, na forma de entregadores de delivery e de motorista de aplicativos de transporte. A estimativa de consumo do Pará no setor, em 2023, é de R$ 4,8 bilhões. “Houve mudança nos hábitos de consumo da população pós-pandemia. As pessoas não saíam de casa e esse estilo de vida gerou uma nova demanda de serviços de entrega e de mobilidade urbana”.
Nacional

Segundo Marcos Pazzini, a movimentação ainda é baixa no Brasil em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado, quando a economia se recuperou da pandemia, somado aos repasses de valores por meio de programas sociais à população carente. “As benesses do então governo federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente àquelas de baixa renda”, avalia.

O trabalho mostra, ainda, uma ligeira alta na participação das 27 capitais no mercado consumidor (de 29,07% para 29,08%) após anos de sucessivas quedas. Em ascensão, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 16,92%, enquanto o interior reduz a presença para 54% no cenário nacional.

Pazzini lembra que, de 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 3,5% no interior e 6,7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios. Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para locação, com preços inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma.

Perfil básico – O Brasil possui cerca de 216,3 milhões de cidadãos. Destes, 183,4 milhões moram na área urbana e são responsáveis pelo consumo per capita de R$ 34 mil, contra R$ 15,1 mil gastos pela população rural.

Base consumidora — Tradicionalmente, a classe B2 lidera o panorama econômico, representando cerca de R$ 1,5 trilhão dos gastos. Junto à B1, pertencem a 21,8% dos domicílios, assumindo 42,2% (mais de R$ 2,6 trilhões) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Presentes em quase metade das residências (47,8%), C1 e C2 totalizam R$ 2,1 trilhões (33,1%) dos recursos gastos. Já o grupo D/E, que ocupa 27,8% das moradias, consumirá cerca de R$ 622,7 bilhões (10%). Embora em menor quantidade (apenas 2,6% das famílias), a classe A vem, cada vez mais, se distanciando socialmente dos menos favorecidos e ampliando sua movimentação para R$ 911,8 bilhões (14,6%).

Na área rural, o montante de potencial de consumo deve chegar a R$ 496,3 bilhões (7,4% do total) até o final do ano.

Cenário Regional – O Sudeste lidera o ranking das regiões com 49,1% do consumo nacional, enquanto o Sul volta a ocupar o segundo lugar da lista com 18,3%, superando o Nordeste, que caiu para 17,8%. Em quarto lugar vem Centro-Oeste, que ampliou a fatia para 8,6%, e por último, o Norte, que amplia a atuação para 6,3%.

Hábitos de consumo – Sobre as preferências dos consumidores na hora de gastar sua renda, o destaque é da categoria de veículo próprio, cujas despesas comprometem 11,7% do orçamento familiar, em detrimento de outros segmentos, como alimentação e bebidas no domicílio, que respondem por 10,3% da renda domiciliar.

Ainda assim, os itens básicos são prioridade, com margem sobre os demais, conforme a seguir: 25,3% para habitação; 18,6% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 6,7% medicamentos e saúde; 4,6% alimentação e bebidas fora de casa; 3,8% materiais de construção; 3,5% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens; 3,2% higiene pessoal; 1,5% móveis e artigos do lar e eletroeletrônicos; 1,4% transportes urbanos; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e 0,2% refere-se a joias, bijuterias e armarinhos.

Confira a análise sobre o consumo no Pará, em 2023:

Posição no ranking 2023 = 11
Posição no ranking 2022 = 11
Total do Consumo em 2023 (R$ bi) = 175,7
Total do Consumo em 2022 (R$ bi) = 163,0
Variação Nominal 23/22 (%) = 7,8%

Quantidade de empresas em 2023 = 427.706
Quntidade de empresas em 2022 = 404.258
Variação % empresas 23/22 = 5,8%

Fonte: IPC Maps 2023

Confira o potencial de consumo por categoria no Pará, em 2023:

Alimentação no domicílio= 19.632.812.123

Alimentação fora do Domicilio= 5.608.427.051

Bebidas= 2.998.337.158

Educação= 2.608.032.127

Eletroeletrônicos= 2.460.076.730

Mobiliários e artigos do lar= 2.132.518.384

Recreação e cultura= 2.899.375.450

Viagens= 2.649.520.63

Habitação= 32.991.946.021

Higiene e Cuidados pessoais= 7.505.718.208

Medicamentos= 3.461.023.850

Vestuário Confeccionado= 4.916.462.824

Calçados= 1.892.715.222

Veículo próprio= 14.437.818.119

Higiene e Cuidados Pessoais= 7.505.718.208

Materiais de Construção= 5.542.219.779

Transportes urbanos= 1.906.817.163

Livros e material escolar= 1.235.238.859

Outras despesas= 29.416.529.273

 

Fonte: IPC Maps 2023 e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 30/06/2023/09:52:29

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