Em meio à tensão com TSE, Bolsonaro recebe ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin

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Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/ PR/ 07-08-2019

Encontro durou cerca de dez minutos. Em 2021, chefe do Executivo chamou ministro do Supremo de ‘canalha’

O presidente Jair Bolsonaro recebeu no fim da manhã desta segunda-feira no Palácio do Planalto os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que fazem parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes tem sido um dos principais alvos de críticas de Bolsonaro ao longo do seu mandato, em razão de decisões tomadas pelo ministro em inquéritos que investigam o presidente e seus apoiadores. Segundo o TSE, o encontro durou cerca de dez minutos. (As informações são do André de Souza)

Fachin e Moraes foram ao Planalto entregar o convite para participar da cerimônia, a ser realizada este mês, em que e eles vão tomar posse respectivamente como presidente e vice-presidente do TSE.

No início da noite, o presidente foi questionado sobre o encontro em conversa com apoiadores ao chegar no Palácio da Alvorada, e respondeu que conversa “com todo mundo” e busca “soluções”:

— Eu converso com todo mundo e busco soluções. Todos nós queremos uma coisa só: transparência e segurança

Em discurso no Sete de Setembro do ano passado, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha”, afirmou que ele deveria “pegar o chapéu” e deixar o STF e disse que não mais cumpriria decisões do ministro. Depois da repercussão do caso, ele ensaiou um recuo, com a intermediação do ex-presidente Michel Temer. Foi Temer quem indicou Moraes para o STF.

Meses depois, Bolsonaro deixou de cumprir uma ordem judicial de Moraes ao não prestar depoimento na Polícia Federal marcado para ocorrer em 28 de janeiro de 2022. Nesse caso, ele era investigado por divulgar informações sigilosas de um inquérito que apurava um ataque hacker ao TSE. O objetivo foi atacar a credibilidade do sistema de votação eletrônico, embora não houvesse relação do ataque com o funcionamento das urnas. Em 2 de fevereiro, a PF entregou seu relatório à PF concluindo que Bolsonaro cometeu crime nesse caso.

Na semana passada, na primeira sessão do ano, o atual presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, criticou Bolsonaro em razão do vazamento de dados. Segundo Barroso, a atitude de Bolsonaro expôs dados que ajudam “milícias digitais e hackers” que queiram invadir o sistema do TSE.

O presidente tem uma agenda cheia nesta segunda-feira. Antes de receber os dois ministros do TSE, sua agenda regisrou uma entrevista para um canal de TV, uma reunião com o advogado-geral da União, Bruno Bianco, outra com a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ministra Maria Cristina Peduzzi, e mais uma reunião com o ministro da Defesa, Braga Netto, e o alto comando das Forças Armadas

À tarde, terá outros encontros, como por exemplo com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente do Comitê de Cirurgia Robótica da Associação Paulista de Medicina, Antonio Macedo.

À tarde, Fachin irá ao Congresso entregar pessoalmente o convite aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
Jornal Folha do Progresso em 08/02/2022/

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