Em Soure, no Marajó, vereadores querem cassar prefeito.

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População anda revoltada com o estado precário do município

Depois do quebra-quebra realizado por manifestantes contrários à administração do prefeito João Luiz (PT), em Soure, os vereadores da cidade chegaram a um acordo para que, nesta segunda-feira (9), façam uma reunião a fim de estudar a abertura de um processo de cassação do prefeito. O clima de tensão em Soure teve inicio na semana passada, com uma mobilização de prefeitomoradores na cidade que terminou em quebradeira na sede da prefeitura e na casa de João Luiz.

Segundo informou Adolfo Maia, secretário de turismo do município, a população reclama do estado precário em que se encontram as ruas de Soure, agravado com o inverno forte. “Uma iniciativa do SindSaude levou trabalhadores do setor para uma tentativa de negociação com o Prefeito desde a ultima quarta feira, 04. Como João Luiz não encontrava-se na cidade, resolveram acampar no prédio da Prefeitura aguardando sua chegada, que se deu somente na sexta feira, 06, quando foi aberta uma mesa de negociação, com a presença do bispo Prelado do Marajó, Dom José Luiz Azcona”, diz Maria, em nota encaminhada a O LIBERAL.
Ainda de acordo com o secretário, a pauta de reivindicações apresentada foi debatida e os presentes, incluindo o prefeito, chegaram a fazer acordos, entre os quais inclusive estaria o pedido de exoneração de alguns secretários municipais. “Após todas as pautas (serem) esgotadas um pleito foi apresentado a mesa por um dos representantes do movimento. Ele exigia que o Prefeito renunciasse ao seu mandato. A proposição caiu com tom de surpresa para o grupo. Mas foi, de imediato, negado pelo Prefeito João Luiz”, diz a nota enviada à imprensa.

Adolfo Maia informou que João Luiz se negou a discutir a pauta por estar “no exercício legitimo de um mandato”. A reunião, segundo o secretário, ficou tensa e os pronunciamentos passaram a adotar tom de ameaça.

VIOLÊNCIA

De acordo com Adolfo Maia, na saída do prefeito do prédio da Prefeitura, os manifestantes apelaram à violência e, usando de paus e pedras, tentaram atingir tanto João Luiz quanto o bispo. “A partir deste momento foi iniciada uma ação de depredação, com grupos de jovens usando paus, pedras, bombas caseiras e rojões para lançar contra a casa do prefeito do Município e dos Vereadores”, diz a nota.

Os atos de vandalismo entraram pela madrugada de sábado, 7. Até a casa do prefeito teve janelas e portas depredadas. Segundo Maia, as equipes de policiais civis e militares apenas acompanharam o que ocorria em empreender ações de prevenção. O secretário relatou ainda que o Superintendente de Policia Civil dos Campos do Marajó, Arilson Caetando, teria se limitado a fotografar e filmar o grupo na tentativa de identificar seus integrantes e autores dos atos violentos para possíveis ações de busca para responderem junto a justiça pelos seus atos.

Fonte: ORMNews

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