Embarcação com passageiros vindos de Manaus fica ‘presa’ no porto de Juruti; navio trazia pessoas com permissões falsas

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Autorizações falsas foram encontradas em embarcação pela Polícia Militar — Foto: Paula Pires/Arquivo pessoal

Passageira relata que comandante da embarcação vendia permissão para entrar no estado junto com os bilhetes. Polícia investiga o caso.

Um navio que saiu de Manaus, no Amazonas, com destino a Santarém, no oeste do Pará, foi impedido de seguir viagem no sábado (20) quando chegou ao porto do município de Juruti. A Polícia Militar realizou o procedimento de fiscalizar quem tinha autorização para entrar no Estado, devido ao risco de contágio do novo coronavírus, momento em que foram encontradas 50 “permissões falsas”.

Para viajar de um estado a outro, as pessoas têm que apresentar o teste negativo para Covid-19 e um documento emitido pela Vigilância Sanitária permitindo a viagem. Essas permissões com a assinatura do chefe de fiscalização de Santarém Marcelino Xavier, são enviados diretamente aos órgãos que realizam as abordagens às embarcações nos municípios da região. Nesse caso, foi constatada a falsificação devido a numeração das permissões que continham o mesmo final.

Ao G1, a passageira Paula Pires, que estava a bordo do navio acompanhada da família, contou que foi feita uma negociação entre ela e o comandante da embarcação. Em conversas através de um aplicativo de mensagens, “Claudinei” pede a ela que mande a numeração dos CPF’s para emissão das permissões para viajar.


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Passageira mostra conversa com o comandante que teria oferecido a documentação falsa — Foto: Reprodução/Redes sociais
“Nós estávamos morando em Manaus e decidimos voltar para Santarém por conta da situação da pandemia e questões financeiras. Eu procurei o barco Golfinho do Mar II pedi o orçamento das passagens, transportar a mudança e meu animais. O Nei [comandante] me disse que só tínhamos que fazer os testes da Covid que a própria embarcação conseguia a autorização pra que a gente conseguisse desembarcar”, disse.

Ainda de acordo com a passageira, quando o navio chegou a Juruti a equipe de fiscalização constatou que as autorizações eram falsas. “Nós estamos aqui em Juruti presos e sem assistência nenhuma deles [da embarcação]. Procuramos o pessoal daqui e eles não resolveram nada. Hoje [domingo], nos chamaram, nos intimidaram, porque tornamos pública a situação estamos passando, e ‘aconselharam’ a gente a voltar pra Manaus em outra embarcação”, relatou Paula.

 

Segundo a passageira, tanto ela quanto as outras pessoas que estão na mesma situação não têm condições de retornar a capital amazonense. “Pagamos R$ 1.800 nessa viagem e não temos para onde voltar”, ressaltou Paula.

Diante do fato, a Polícia Militar apresentou o comandante da embarcação à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

O G1 entrou em contato com o comandante da embarcação Golfinho do Mar II, Claudinei, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

* Colaborou Ramon Azevedo, da TV Tapajós.

Por Tracy Costa, G1 Santarém — PA

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