Empresa holandesa é contratada pela Bertolini para fazer içamento de rebocador no Rio Amazonas

image_pdfimage_print

Smit foi a empresa selecionada. Estruturas que serão utilizadas na operação chegam ao Brasil no fim de outubro. Içamento do rebocador deve durar 12 dias.

Mais de um mês e meio depois da batida entre o navio mercante Mercosul Santos e o rebocador CXX da Transporte Bertolini, uma empresa foi contratada pela transportadora para fazer o plano de resgate dos nove desaparecidos no naufrágio e o içamento da embarcação que está no fundo do rio Amazonas, próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará. O prazo final para a escolha encerraria nesta sexta-feira (15).

A informação foi divulgada pelo diretor do grupamento fluvial do Pará, delegado Dilermano Dantas, após uma reunião na Capitania Fluvial de Santarém. De origem holandesa, a Smit foi a empresa escolhida. O plano de salvagamento ainda passará por avaliação da Marinha, em Belém.

Para que o resgate aconteça, o plano da empresa prevê a utilização de uma cábria (uma espécie de guindaste), que pesa cerca de 600 toneladas, e uma estrutura que se assemelha a uma pinça capaz de içar até 1.200 toneladas. “Antes disso, o plano é fazer o balizamento com quatro boias, jogar uma rede gigante em cima da embarcação para que no momento que essa cábria segurar essa embarcação e fizer o içamento, a rede vai se fechar embaixo e assegurar que os corpos que possivelmente estejam lá, não saiam”, disse Dilermano.

O diretor da do grupamento fluvial do Pará ressalta que os equipamentos que serão utilizados na operação devem chegar no final de outubro ao local onde o rebocador se encontra. Todo o procedimento no Rio Amazonas deve ocorrer em um período de 12 dias.

Vários estudos foram elaborados na região onde o rebocador se encontra justamente para assegurar que a operação ocorresse sem maiores danos.

MPF e MPPA pedem urgência no resgate das vítimas

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ajuizaram ação nesta quarta-feira (13/09) na Justiça Federal em Santarém com pedido de decisão para obrigar a União, o Estado do Pará e a empresa de transportes Bertolini a fazer o resgate dos desaparecidos no naufrágio ocorrido em agosto em Óbidos.

O MP quer que a Justiça obrigue que o resgate vítimas, a chamada salvatagem, seja feito com urgência, independentemente dos esforços que estão sendo feitos para realizar a reflutuação da embarcação.

Até o ajuizamento da ação, a Bertolini vinha divulgando que a reflutuação da embarcação e o resgate dos desaparecidos seriam feitos simultaneamente entre outubro e novembro.

Mas, como destaca a ação, a salvatagem pode ser feita independentemente da reflutuação. A salvatagem é o conjunto de medidas de resgate marítimo e fluvial que demanda mergulhadores e equipamentos específicos para a localização das vítimas após um desastre. Já a reflutuação é a recuperação da embarcação afundada, e tem o objetivo de restaurar as condições e atividades originais da embarcação.

A ação judicial também pede que a União e o Estado do Pará sejam condenados a elaborar um plano emergencial que preveja alocação de profissionais e equipamentos habilitados para a realização de operações de assistência e salvamento em naufrágios.

Fonte: G1 Santarém.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: