Expectativa de vida do paraense é maior, aponta estudo

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Dados mostram que tempo de vida subiu 10,6 anos em relação a 1980

A expectativa de vida no Estado do Pará subiu para 71,5 anos de idade, 10,6 anos a mais do que em 1980, conforme indicam os dados da Tábua de Vida, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem. A média está bem próxima da nacional (74,9 anos), sendo que as mulheres paraenses (75,5 anos) provavelmente viverão mais em relação aos homens (67,9 anos).

Além disso, a esperança de vida dos paraenses mais velhos aumentou bastante em 33 anos. De acordo com o levantamento, as pessoas com 60 anos ou mais de idade tinham expectativa de viver ainda por 20,1 anos, ano passado. Em 1980, a previsão era de que, em média, a vida durasse apenas mais 16,8 anos para esse grupo.

De fato, a probabilidade de um indivíduo de 60 anos não chegar a 80 foi muito reduzida, no Estado, conforme indicou o IBGE. No ano passado, a análise do Instituto concluiu que 489 em cada mil paraenses com 60 anos de vida não chegariam à idade. Mais de três décadas antes, a realidade era pior, 625 em cada mil não atingiriam os 80.

Entre os jovens, a perspectiva de vida melhorou ainda mais. A pesquisa projetou que, em 2013, 189 adolescentes (15 anos) do Estado, em cada mil, não conseguiriam alcançar os 80 anos. No início dos anos 80 essa relação era de 299 para cada mil pessoas.

No mesmo período, cerca de 36 jovens paraenses em um grupo de mil não viveriam sequer até os 25 anos de idade. Na análise de expectativa para 2013, os técnicos do IBGE calcularam que esse número caiu para 19. Apesar do desenvolvimento, o Pará ocupa a quarta pior colocação, duas a menos do que em 1980.

O estudo considera, também, que 21,2 em cada mil recém-nascidos, no Pará, não completarão os cinco anos de idade, considerando os dados do ano de 2013. No ano base de avaliação da pesquisa (1980), 75,5 em cada mil recém-nascidos não fariam cinco anos de vida.

PREVIDÊNCIA

No entanto, viver mais significa trabalhar mais – pelo menos no Brasil. Graças à publicação do IBGE, os trabalhadores que pedirem aposentadoria por tempo de contribuição à Previdência Social vão receber um benefício um pouco menor – ou terão que trabalhar mais dias para receber o mesmo valor. O Ministério da Previdência já atualizou a tabela do chamado “fator previdenciário”, que é incluído no cálculo dos benefícios.

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Como o fator previdenciário leva em conta a expectativa de vida dos brasileiros – quanto maior a expectativa de sobrevida, menor o valor do benefício, já que se espera que o contribuinte vá recebê-lo por mais tempo – a mudança também vai reduzir o valor dos benefícios.

O ministério lembra que o fator previdenciário é utilizado somente no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por invalidez, não há uso dessa fórmula, e, na aposentadoria por idade, ela é utilizada opcionalmente, apenas quando aumentar o valor do benefício.

MORTALIDADE

A Taxa de Mortalidade caiu de 62,5 pessoas (por mil) para 18,3, de 1980 a 2013. O Pará é o “segundo melhor” da região Norte, atrás de Roraima, onde a Taxa é de 17,8. Em meio às meninas a média é de 15,7 para cada mil pessoas, os meninos tem uma classificação pior, com 20,7 a cada mil. Em 80, a chance de um recém-nascido não completar os cinco anos de vida era de 75,5 em mil. No ano passado, o IBGE calculou que essa média recuou para 21,2 em mil.

A unidade da federação com maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos, em 2013, foi Santa Catarina, com 78,1 anos. Santa Catarina também foi o estado com maior esperança de vida para os homens (74,7 anos), e para as mulheres (81,4 anos). Juntam-se à Santa Catarina os estados do Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, cujas mulheres ultrapassaram a barreira dos 80 anos.

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Em relação à mortalidade infantil, a maior taxa foi observada no Maranhão (24,7 por mil nascidos vivos), e a menor em Santa Catarina (10,1 por mil). A mortalidade na infância também é maior no Maranhão (28,2 por mil) e menor em Santa Catarina (11,8 por mil). A título de comparação, vale destacar que no Japão, para ambos os sexos, a esperança de vida ao nascer é de aproximadamente 83 anos, a mortalidade infantil é de dois óbitos por mil nascidos vivos e a mortalidade na infância é de três por mil.

Fonte: ORMNews.

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