Exposição em Parauapebas mostra órfãos do antigo garimpo de Serra Pelada, no Pará

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Exposição (Foto: Divulgação)  -Tons marrons alaranjados das ruas de barro de Serra Pelada povoam as lembranças da infância do fotógrafo Anderson Souza, que cresceu vendo o pai, garimpeiro, trabalhar de sol a sol no garimpo de ouro.

Segue até o dia 24 de fevereiro em um shopping de Parauapebas, sudeste do Pará, a exposição Esperança Dourada, resultado do registro feito pelo fotógrafo Anderson Sousa dos antigos garimpeiros de Serra Pelada. Com a exposição, moradores da região têm a oportunidade de ver de perto belas imagens que revelam uma realidade bem próxima.

Os tons marrons alaranjados das ruas de barro de Serra Pelada povoam as lembranças da infância do fotógrafo Anderson Souza, que cresceu vendo o pai, garimpeiro, trabalhar de sol a sol no garimpo de ouro, que atraiu milhares de pessoas na década de 1980. “Meu pai sacrificou a vida e a família. Construiu um patrimônio para perder tudo, igual a praticamente 90% de todos os garimpeiros”, lembra o fotógrafo.

Segue até o dia 24 de fevereiro em um shopping de Parauapebas, sudeste do Pará, a exposição Esperança Dourada (Foto: Anderson Sousa)

Segue até o dia 24 de fevereiro em um shopping de Parauapebas, sudeste do Pará, a exposição Esperança Dourada (Foto: Anderson Sousa)
Segue até o dia 24 de fevereiro em um shopping de Parauapebas, sudeste do Pará, a exposição Esperança Dourada (Foto: Anderson Sousa)

Segundo Anderson, o sucesso da exposição virtual foi tão grande que ele viu uma oportunidade de mostrar um pouco da história dos garimpeiros em uma região como a de Parauapebas, que também tem o setor mineral como base da economia. “Ainda estou com planos de expandir, levar a exposição física a Marabá, Belém e Imperatriz no Maranhão”, informou o artista.

Em dezembro de 2017, Anderson aceitou o convite de uma agência para expor seus registros de Serra Pelada. As fotos mostram o retrato atual dos trabalhadores daquele que já foi o maior garimpo brasileiro. Pessoas que ganharam muito dinheiro, perderam tudo e hoje sobrevivem da esperança de reencontrar a sorte dourada.
Realidade
As ruas e casas parecem ter paralisado no tempo em que a ‘febre do ouro’ ditava a rotina local. O buraco que abrigava o “formigueiro humano”, como ficou conhecido o garimpo de Serra Pelada, deu lugar a um grande lago.

A paisagem mudou, mas os moradores mantém o antigo sonho de ficar rico com o ouro do garimpo. “Eles continuam alimentando essa esperança, esse sonho louco. É possível ver isso nos olhos deles e é isso que busco eternizar nas minhas fotografias”, revela Anderson, responsável pela exposição.

“A intenção é tentar desmistificar um pouco aquela imagem de ‘homens formigas’, mostrar o cotidiano atual e o que restou de Serra Pelada”, explica o fotógrafo, que considera o trabalho um grande desafio, já que conhece cada um dos seus personagens pessoalmente.

Serviço: A exposição Esperança Dourada até o dia 24 de fevereiro em um shopping de Parauapebas, no horário de funcionamento do estabelecimento.
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Por G1 PA, Belém

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