Extintores dobram de preço em Belém e custam até R$ 200

Valor que era de R$ 80, em novembro, agora pode chegar a até R$ 200 nas loja.

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O Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) está cumprindo desde ontem a determinação do Ministério das Cidades de suspender por 90 dias a obrigatoriedade do uso, nos veículos automotores, de extintores de incêndio do tipo ABC. A medida havia entrado em vigor no dia 1ª de janeiro deste ano, mas em virtude da carência de equipamentos no mercado, o governo concedeu prazo de três meses para que os proprietários de veículos adquiram o extintor adequado. Após o período de 90 dias, os proprietários de veículos que não se adequarem serão autuados, com multa no valor de R$ 127,69, além de perder cinco pontos na carteira de habilitação.

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No Pará, além da falta do equipamento de segurança contra incêndio, os motoristas estão enfrentando um livre comércio de preços. Ainda que a aquisição de um extintor do tipo ABC ocorra somente mediante reserva, os valores estão duas ou três vezes mais elevados que nos meses anteriores. O item, que custava em torno de R$ 80, até novembro do ano passado, hoje é vendido a preços que variam entre R$ 150 e R$ 200 no mercado local. Caberá à Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor no Pará (Procon-PA) fiscalizar as revendedoras, para que seja coibida a precificação abusiva. O órgão foi procurado, mas preferiu não se manifestar quanto à fiscalização dos estabelecimentos que comercializam o item de segurança veicular.

De acordo com o diretor do Detran-PA, Walter Aragão, o órgão adotou imediatamente a medida anunciada anteontem pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “Sabemos que o extintor do tipo ABC está em falta, ou seja, não existe no mercado em todo o Brasil”, disse ele, frisando que a exigência do item de segurança veicular continua, mas os condutores não podem ser multados caso o extintor não seja o do tipo ACB.

Os 90 dias de prazo concedido pelo Ministério das Cidades, no entanto, podem não ser suficientes para que os proprietários de automóveis se regularizem. Pelo menos é o que afirma a empresária de revenda de extintores, Cleissy Medeiros. “Acredito que, mesmo com este prazo, muita gente vai deixar novamente para a última hora. Resultado: a demanda será mais uma vez maior que a oferta”, comentou. Este fenômeno envolvendo a oferta e a demanda tem provocado o aumento no preço do equipamento.

Conforme explicou Cleissy, até o último mês de novembro, sobravam extintores do tipo ABC no estoque, sendo que neste período, o preço do item de segurança era de, no máximo, R$ 80. “O problema é que, com a falta do extintor, estamos mandando buscar. Este custo de frete é nosso, já que o mercado está escasso. Ou seja, tivemos que incluir o custo do frete no preço do item, o que elevou os para R$ 150. Quando a produção estabilizar, até meados de abril, os preços caem novamente”, avisou.

Ela destacou ainda que, mesmo com os preços elevados, a procura é intensa. “Das 600 peças encomendadas no final de dezembro, que deve estar chegando até a próxima sexta-feira, pelo menos 400 já estão reservadas. Da última leva que chegou à loja, nada foi para o estoque, pois, vendemos 250 unidades em menos de duas horas”, afirmou. Segundo a empresária, os proprietários de veículos devem tomar cuidado na hora de comprar o extintor do tipo ABC, porque vários estabelecimentos da Grande Belém estão vendendo clandestinamente equipamentos cuja origem é duvidosa.

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A partir da próxima segunda-feira, 12, o Instituto de Metrologia do Pará (Imetropará) começa uma nova fiscalização nos estabelecimentos de revenda dos extintores. O presidente do órgão, Jorge Rezende, disse que existem vários critérios a serem obedecidos pelas empresas que realizam a manutenção desse tipo de equipamento. “A população deve ficar atenta às informações relativas à validade, selo e orientações sobre o uso”, explicou. Ele também demonstrou preocupação com a recarga de extintores. “A fiscalização vai observar tudo isso”, garantiu.

Fonte: ORMNews.

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