‘Fiquei feliz em ser chamado’, afirma cacique Raoni após subir rampa com Lula na cerimônia de posse

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Lula e Cacique Raoni caminham após o presidente receber a faixa presidencial — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

Ele ainda contou que conversou com o presidente e lembrou das terras indígenas ainda não demarcadas, e pediu atenção do governo sobre a demanda de reparação histórica aos povos originários.

O cacique Raoni Metuktire, de 90 anos, líder do povo Kayapó, afirmou, nesta segunda-feira (2), que ficou feliz em ter sido chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para subir a rampa com ele durante a cerimônia de posse, no domingo (1º).

Raoni é reconhecido internacionalmente como defensor dos povos indígenas e, junto com outros sete representantes da sociedade, foi o antepenúltimo a tocar na faixa presidencial a ser entregue à Lula, no Palácio do Planalto.

Ao g1, Raoni contou que, antes de subir, pensou em todas as gerações de brasileiros.

“Fiquei pensando que seria muito bom que, daqui para a frente, todas as pessoas pudessem, no Brasil, ter o seu bem viver e em paz. Eu fiquei feliz de participar da subida”, contou.

O neto dele, Patxon Metuktire, fez a tradução da fala de Raoni durante a entrevista. Conforme o cacique, ele espera que o momento de subir a rampa com Lula, registrado no mundo todo, seja lembrado.

“Agora, os povos indígenas eu espero que o momento que participei deve ser lembrado porque fizemos uma aproximação com o governo. Eu pedi ao Lula para ajudar os indígenas e lembrei das terras ainda não demarcadas. Eu espero que o governo demarque as terras para garantir a paz aos indígenas. Aos parentes, eu falo que fiz minha parte, tive a oportunidade de conversar com o presidente e pedi atenção aos indígenas”, afirmou.

Lula e Caique Raoni observam a multidão durante a cerimônia de posse — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
Lula e Caique Raoni observam a multidão durante a cerimônia de posse — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

Raoni ainda lembrou aos parentes que pensam diferente dele.

“Eu quero falar com os parentes, principalmente àqueles que pensam diferente de mim, e permitem a entrada de garimpeiros e madereiros na Terra Indígena. Eu só quero lembrar que teve tempo na nossa história que o general Rondon defendia os indígenas e foi assim que sobrevivemos. E eu quero ajudar, para que juntos, possamos cobrar o governo garantir nosso território e nossos direitos”, disse.

Jornal Folha do Progresso em 03/01/2023/16:25:02

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