Força Nacional começará a atuar nesta segunda no Pará

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(Foto:Reprodução)- A segurança pública de Belém e região metropolitana ganha um importante reforço a partir desta segunda-feira (25), quando começa o patrulhamento ostensivo feito em conjunto pelos integrantes da Força Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça com agentes das polícias paraenses.O objetivo da ação é dar suporte aos órgãos de segurança do Estado. Inicialmente, os agentes da Força Nacional atuarão na implantação dos primeiros sete territórios de pacificação na Região Metropolitana de Belém (RMB), sendo cinco em Belém, um em Ananindeua e um em Marituba, nas áreas com os maiores índices de criminalidade.

A presença da Força Nacional no Pará tem sido almejada há muitos anos pela população, que enfrentava uma crescente onda de crimes, que colocou o Estado no topo do ranking dos mais violentos do país. Desde o dia 21 os integrantes começaram a se deslocar para o território paraense vindos de diversas partes do país.

Os primeiros a saírem em direção a Belém foram os policiais que estavam baseados em Brasília, que fizeram o deslocamento aéreo ou em viaturas que irão reforçar os equipamentos terrestres da polícia paraense. Outros agentes chegaram por terra, se deslocando nas cerca de 40 viaturas especiais da FNSP.

A tropa que vai atuar na capital e região é composta por 200 agentes, entre homens e mulheres. Muitos estiveram recentemente em Fortaleza, para conter uma série de ataques que ocorreram simultaneamente na capital cearense, atribuídos á organizações criminosas comandadas de dentro dos presídios. Amanhã, para marcar o início das ações dos agentes da Força Nacional, haverá uma solenidade de apresentação da tropa.

ÚLTIMOS AJUSTES

A maneira como o efetivo será distribuído, bem como as primeiras ações a serem efetuadas serão definidas em uma reunião fechada na Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), com a participação de um representante da Força Nacional e com o comandante da tropa no Pará, major Keissiane.

De acordo com o plano de trabalho, nas áreas já determinadas pelo Governo do Pará, por meio dos órgãos do Sistema de Segurança Pública, o emprego da Força Nacional ocorrerá por 90 dias, período que poderá ser prorrogado se houver necessidade. A atuação se dará tanto nas ações de policiamento ostensivo quanto em áreas como a polícia judiciária e a perícia forense.

A preocupação com o crescimento da violência no Pará e a percepção de que seria necessária uma força maior para conter tal avanço é bem anterior a eleição de Helder Barbalho ao Governo do Estado Pará. No início de 2015, quando era ministro da Pesca, Helder esteve em companhia de integrantes da bancada federal em Brasília, no gabinete do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para discutir os graves dados sobre a criminalidade no Estado.

Na época, o Pará apresentou aumento de 244,3% no período de 2002 a 2012 no número de mortes de jovens por armas de fogo, com 188 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Mesmo com a gravidade do quadro, o então governador, Simão Jatene, se negou a solicitar ao Ministério da Justiça o envio da Força Nacional para reforçar a segurança no Pará.

Tão logo tomou posse, no dia 2 janeiro, o primeiro ato oficial do governador Helder foi entregar ao Ministério da Justiça o ofício nº 001/2019 solicitando apoio da Força Nacional ao Pará. No dia 16 de janeiro o governador retornou à Brasília para se reunir com o ministro da Justiça, Sergio Moro, acompanhado do secretário de Estado de Segurança Pública, Ualame Machado, e ouviu do ministro e de seus auxiliares quando foi confirmado o envio da tropa para o mês de março.

“Esperamos, com esse reforço no policiamento intensificar ainda mais as ações em bairros previamente definidos, com índices de criminalidade altos, para que nós possamos reduzir ainda mais os números da violência e fazer com que a população possa ter realmente tranquilidade ao sair às ruas, ao ficar nas portas de suas casas e ter sua rotina diária retomada de maneira segura”, enfatizou Ualame.

Expectativa é de mais segurança nas ruas

– Alexandra Cavalcanti: “A expectativa para a chegada desse reforço na segurança pública é grande. Para o taxista Cláudio Mendes, 69 anos, essa foi uma das melhores atitudes tomadas até agora com relação ao combate à violência no Estado. “Essa escolha foi muito acertada e só tem a beneficiar a população, porque vai trazer um reforço naquilo que já está sendo feito. Tenho certeza que vai melhorar bastante, porque vai ajudar a coibir a violência”, acredita. O taxista já foi vítima de assalto duas vezes, em uma casa lotérica, e diz não ter dúvidas de que os índices de violência tendem a decair com a chegada da Força Nacional. “Não vai resolver, porque isso é praticamente impossível, mas vai diminuir, com certeza”.

A vendedora Letícia Oliveira, 19 anos, afirma ser necessário medidas mais contundentes em relação ao combate à violência e a atuação da Força Nacional é uma delas. “Precisamos nos sentir mais seguros. Seja na escola, nas casas, na rua, é preciso tentar conter essa violência a qualquer hora do dia ou da noite. Por isso, acredito que esse reforço vai ajudar a melhorar bastante”, opina. Letícia conta já ter sido vítima de assaltos várias vezes. “Levaram a minha bicicleta. Mas também já fui assaltada na rua várias vezes. Eles sempre estão atrás de celular”, conta.

Apesar de nunca ter sido vítima de violência, o consultor de vendas, Sebastião Rodrigues, 53 anos, acredita ser necessário investir em mais segurança no Estado. “Acho importante trazer homens da Força Nacional para cá, porque eles vão se somar ao que já está sendo feito e isso é fundamental para conseguimos diminuir os índices de violência”, afirma.

FORÇA NACIONAL

– Composta por policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos dos estados e do Distrito Federal a FNSP atua na preservação da ordem pública, segurança das pessoas e patrimônio, além de calamidades. Trata-se de um programa de cooperação entre os estados-membros e a União Federal.

– A Força Nacional representa uma alternativa viável, concreta e eficaz de prevenção, preservação e restauração da ordem pública, proporcionando à sociedade em geral a sensação de segurança, constituindo-se um esforço conjunto dos estados e da União, através do princípio de Cooperação Federativa.

l Não se trata de uma tropa federal, uma vez que a atuação da Força Nacional nos estados é dirigida por seus gestores. Ela é uma integração entre os estados federados e a União, passando a prestar apoio aos órgãos de segurança federais, estaduais e do Distrito Federal, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ou seja, são os estados que auxiliam o estado solicitante.

(Luiza Mello/De Brasília)

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