Fundos imobiliários: o que fazer durante a pandemia

image_pdfimage_print

(imagens Pixabay) – Quem investe em fundos de investimentos imobiliários (FIIs) participa de um projeto que reúne uma série de outros investidores. Esse bloco serve para que a gestão tenha como arrecadar fundos para investir em nome do grupo. Essa costuma ser uma forma eficiente de permitir que mesmo investidores sem muitos recursos consigam acesso a imóveis de alto valor.

Entretanto, esse mercado também pode ser impactado por questões que atingem a economia, como é o caso da Covid-19.

Para quem se interessa por FIIs, o ideal é entender o momento atual e assim saber o que pode ser feito em relação ao portfólio.

Os impactos da quarentena

A quarentena tem sido uma medida adotada pelos governos na tentativa de conter o avanço da pandemia. Quando ela é declarada, inúmeras atividades comerciais são paralisadas.

Como efeito colateral a essa medida, sem que as pessoas possam sair às ruas e sem que o comércio exerça suas atividades, muitas empresas têm problemas para manter seu negócio.

Quem sente esses efeitos são profissionais como os lojistas, que precisam renegociar dívidas, entregas e, em especial, os aluguéis.

É nesse sentido que a crise provocada pelo novo coronavírus pode atingir em cheio o mercado imobiliário. Com a recomendação de isolamento e ambientes fechados, como os shoppings centers, quem investe em imóveis precisa ter atenção aos impactos econômicos causados pela pandemia.

A quarentena e os FIIs

Os FIIs certamente representam o caminho mais fácil para quem deseja ter parte em grandes empreendimentos imobiliários. Entretanto, assim como acontece em qualquer outro ativo de renda variável, eles também apresentam riscos.

Entre os mais conhecidos está o risco de vacância, que ocorre quando se torna difícil encontrar interessados em alugar os imóveis. Além disso, existe também o risco de inadimplência, muito comum quando o inquilino não consegue pagar o que deve.

Esses são problemas que precisam ser considerados neste momento em que muitas atividades econômicas estão momentaneamente paralisadas. A paralisação afeta o lucro e, consequentemente, pode fazer com que situações como vacância e inadimplência apareçam.

Qual estratégia adotar

Quem investe em fundos imobiliários precisa entender que os eventuais danos causados pela crise são momentâneos, o que ameniza o impacto em relação aos FIIs. Estes, são ativos que visam o longo prazo, ou seja, ainda que haja desvalorização em um período, a tendência é que em alguns meses, os preços voltem aos patamares anteriores ao da crise.

De fato, pensando no longo prazo, não há motivo para pânico. É preciso entender que a crise atual tem começo, meio e fim. É certo que ela vai passar e o mais importante é o investidor não perder a calma a ponto de se desfazer de ativos apenas por conta de uma situação momentânea ou pelo chamado efeito manada, quando uma grande quantidade de investidores age de maneira a repetir as medidas adotadas por outras pessoas sem critérios.

O que diz a lei

Talvez a grande preocupação do investidor seja em relação ao que acontecerá com seus rendimentos neste momento em que algo completamente inesperado tem afetado as economias do mundo todo. Por lei, os dividendos devem ser distribuídos semestralmente, embora seja comum o repasse mensal. Isso quer dizer que os gestores podem suspender o adiantamento neste momento de instabilidade.

Vale lembrar que a distribuição de proventos funciona de acordo com os rendimentos do fundo, o que significa que se o imóvel ou o conjunto deles tiverem resultados menores em um dado momento, a tendência é que o repasse também seja menor.

Desde que esteja de acordo com o que exige a lei (distribuindo 95% dos resultados semestrais), o fundo pode sim suspender o pagamento de dividendos.

O que pode ser feito

Ainda assim, os gestores contam com outros recursos para superarem a crise sem que precisem mexer nos dividendos.

Entre outras medidas, podem ser citadas as captações via oferta de esforços restritos para investidores profissionais. Essas são colocações para interessados selecionados que contam com liquidez e caixa para esse tipo de aplicação.

Também é possível preservar o caixa, visando minimizar os efeitos da crise, optando pela redução do custo condominial. Essa é uma forma de reduzir os custos referentes à operação e à manutenção dos imóveis para tornar as contas mais equilibradas pensando na possibilidade de renegociar aluguéis futuramente.

De qualquer forma, é preciso considerar caso a caso. Empreendimentos como shoppings centers, por exemplo, tendem a sofrer mais com este momento, mas isso não quer dizer que o investidor deva se desfazer de seus ativos neste momento, até porque esses são empreendimentos que movimentam muito a economia e a tendência é que a paralisação não dure por tanto tempo.

Conteúdo produzido por Experta media

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   E-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran_12345@hotmail.com

%d blogueiros gostam disto: