Governador do Amazonas diz que restrição na circulação de pessoas será de 24 horas a partir de segunda

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Secretário da Saúde, Marcellus Campêlo (esq.) e o governador Wilson Lima (dir.) — Foto: Reprodução
Medidas serão válidas por 7 dias. Pessoas só poderão sair para atividades essenciais, ida ao supermercado e receber atendimento médico.
 
Governo do Amazonas anuncia medidas mais restritivas

O governador Wilson Lima afirmou que vai publicar um decreto, válido a partir de segunda-feira (25), para endurecer as restrições na circulação de pessoas no Amazonas. Segundo o governador, as restrições passarão a ser de 24 horas: as pessoas só poderão sair para atividades essenciais, ida ao supermercado e receber atendimento médico. As medidas serão válidas por 7 dias – inicialmente, o governador disse que seriam 10 dias, mas a assessoria dele corrigiu a informação.

“Isso não significa cercear o direito de ir e vir, o cidadão pode sim sair da sua casa, mas ele só pode sair se houver extrema necessidade. Ele pode sair para ir ao supermercado, pode sair para ir à farmácia, em um caso de urgência e de emergência, pode sair, não há problema em relação a isso”, afirmou. “Mas ele só pode sair se houver essas condições”.

De acordo com Wilson Lima, a partir de segunda-feira, o estado passa a ter as seguintes restrições:

    *Supermercados ficam abertos de 6h às 19h, limitado a produtos de alimentação, bebidas, limpeza e higiene pessoal – uma pessoa por família.
    *Farmácias estão abertas durante 24h.
    Serviços de saúde, clínicas de urgência e emergência, atendimento a domicílio e e saúde mental.
    *Clínicas veterinárias.
    Feiras, de 4h às 8h
    *Restaurantes, padarias e bares (com cnae de restaurante) podem funcionar apenas em sistema delivery, de 6h às 22h.
    *Obras e serviços de engenharia na área de saúde
    *Produção e transporte de cargas de produtos essenciais à vida, como alimentos, medicamentos e insumos
    *Transporte de trabalhadores nas atividades permitidas
    *Indústria funcionará em turnos de 12 horas, com exceção das empresas que atendem o setor de alimentação, de farmácias e de itens para hospitais.

“Essa é uma medida para que a gente possa diminuir aglomerações e a transmissão do vírus”, afirmou o governador. “Não há necessidade de correria aos supermercados, aos mercadinhos, não há necessidade de fazer estoque de alimento. É preciso ter prudência, é preciso que as pessoas entendam a necessidade que temos de tomar essas medidas, que são medidas duras, mas necessárias para salvar a maior quantidade de vidas”.

A Polícia Militar, Polícia Civil vão garantir o cumprimento do estabelecido no decreto e evitar aglomerações e abusos, como festas clandestinas.

As medidas chegam depois que o Ministério Público Federal emitiu uma recomendação para que os gestores promovessem “isolamento sanitário mais severo, se necessário com aumento do toque de recolher”.

Unidades de saúde lotadas

Ao lado do governador, o secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, explicou que as unidades de saúde estão com lotação acima do limite de capacidade e todos os prontos-socorros operam acima de 100% de taxa de ocupação. A situação não é melhor na rede privada, que está acima de 90% de ocupação.

“Temos toda a rede de saúde do estado do Amazonas pressionada e com a grande preocupação do aumento de casos no interior. Nós fizemos um trabalho grande de ampliação de leitos, tanto na capital quanto no interior, mas estamos observando a necessidade de internação quintuplicar desde o início de janeiro”, afirmou Campêlo.

Em relação à fila de internação, o secretário afirmou que há 584 pessoas, sendo 483 com perfil de leitos clínicos e 101 de leitos de UTI. A remoção de quase 200 pacientes para vários estados também tirou um pouco da pressão do sistema local.

“Hoje estamos conseguindo em média 75 mil metros cúbicos de oxigênio na rede pública e privada, quando no pico do ano passado consumíamos 30 mil. Nós estamos com mais do que o dobro do consumo do ano passado. Infelizmente precisamos de mais oxigênio para garantir a manutenção da rede e para ampliação de leitos”, afirmou. “Precisamos de 120 mil a 135 mil metros cúbicos, com as projeções de aumentos do casos no interior do amazonas e na capital”, disse Campêlo.

“Nós precisamos da disponibilidade de oxigênio. A gente só vai conseguir essa disponibilidade se a gente diminuir a pressão sobre a rede, diminuir a quantidade de pessoas infectadas, procurando um hospital. Daí a necessidade de que cada um assuma seu papel”, afirmou o governador Wilson Lima.

O governador afirmou que já encaminhou cinco usinas de oxigênio para o interior e, em breve, enviará mais 20 equipamentos.

O governador também lamentou a morte da diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Rosemary Pinto, que morreu na sexta-feira (22) por complicações da Covid-19. “A Dra. Rose, apesar de tudo que enfrentou, nunca esmoreceu, sempre esteve na linha de frente, encorajando a todos. Então aqui o nosso luto, a nossa solidariedade à família”.

Vacina

O governador Wilson Lima afirmou que vai receber uma nova carga de 132.500 vacinas. Segundo ele, as doses serão suficientes para vacinar os idosos acima de 75 anos e outra parte dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19.

Por G1 AM
23/01/2021 15h17

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