Grande demanda por saque do FGTS gera lentidão em agências

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Sistema ficou lento nas primeiras horas de ontem e causou tumulto na Pedreira

Em razão do grande número de acessos ao sistema informatizado da Caixa Econômica Federal em todo o País, feito pelos próprios empregados, a ferramenta tem apresentado congestionamento desde o primeiro dia de liberação dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na última sexta-feira, 10. Na manhã de ontem (14), isso causou tumulto na frente da unidade da avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, entre as travessas Barão do Triunfo e Angustura, em Belém.

Impedidos de entrar para que não houvesse aglomeração, já que o sistema estava parado e muita gente aguardava a volta do serviço no interior da unidade, algumas pessoas se exaltaram, mas logo a entrada foi liberada e todos se acalmaram. No entanto, por toda a manhã, o sistema apresentou falhas prolongando o tempo de espera de beneficiados em grandes filas no hall de entrada e no interior da agência da Pedreira. Assim como ontem, a Caixa Econômica Federal abrirá suas agências hoje com duas horas de antecedência, ou seja, às 8h, funcionando até as 16h.

Entre os ouvidos pela reportagem, a grande maioria se apresentou como desempregado e em busca de informações sobre o saque. Morador da Pedreira, Rubens Martins da Silva, 50 anos, contou que no próximo dia 1º de abril vai fazer um ano que ele saiu do emprego de carteira assinada num condomínio, como serviços gerais, e não mais conseguiu trabalho formal.

“Primeiro, eu fiquei só pegando o meu seguro desemprego, aí comecei a procurar e até agora nada. Eu vim atrás porque eu trabalhei em várias empresas de carteira assinada e não peguei esse FGTS”, afirmou ele, enquanto aguardava sua vez no atendimento.

O motorista de uma empresa privada, Adelson Bezerra, 56, também buscava informações sobre o saque de contas inativas. Contou que checou sua situação pela internet e não apareceu saldo. “Mas eu vim para a Caixa fazer uma pesquisa geral para mim. Talvez, eu tenha porque trabalhei 17 anos numa empresa estadual, recebia PIS e descontava INSS, tinha férias, só que quando eu sai não recebi nada porque eu era temporário. Mas, na minha cabeça, se eu pagava o INSS eu tenho direito ao FGTS. Também trabalhei na iniciativa privada, se eu tiver vou quitar meu carro, faltam só R$ 6 mil, dá para inteirar’’, disse ele, sorrindo.

‘’Eu vim semana passada porque eu trabalhei em duas empresas privadas e também fui agente prisional, aí aqui na Caixa só apareceu uma empresa’’, declarou Durvalino Mário Souza Neto, que também está desempregado. Ele disse que foi orientado por um funcionário da CEF a procurar informações no INSS, que teria informado todas as suas contas inativas.

“Agora eu sei que tenho mais três contas, e hoje eles vão fazer o cálculo para mim. Na realidade vou pagar uma dívidas, que isso é natural, não é?’’, afirmou Durvalino, dizendo em seguida que também gostaria de se qualificar fazendo cursos técnicos, já que até hoje vive de seus ‘’bicos’’ com eletrônica e consertos de aparelhos de celular.

Marinete Leão Santos, 57, é microempreendedora, trabalha com texturas, artesanatos e bordado, ela também vai usar o dinheiro para incrementar seu próprio negócio. “Eu moro em Ananindeua, vim para cá porque estou passando uns dias na casa de minha mãe aqui na Pedreira’’, afirmou. ‘’Já tem sete anos que eu parei de trabalhar, eu trabalhava na maçonaria, eu fiz um acordo com o patrão, e agora estou na dúvida se eu tenho ou não direito’’, contou ela.

No site da Caixa há um serviço exclusivo para facilitar o atendimento ao trabalhador. O endereço é www.caixa.gov.br/contasinativas. Há também o Serviço de Atendimento ao Cliente pelo 0800 726 2017. Tem direito aos atuais saques do FGTS quem pediu demissão ou foi demitido por justa causa até o dia 31 de dezembro de 2015.

Fonte: ORMNews.
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