Helder Barbalho (MDB), governador eleito com maior percentual do Brasil, fala sobre apoio no 2º turno à presidência e tarifa de energia no Pará

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(Foto:Reprodução) – Reeleito no Pará com 70,41% dos votos válidos, Helder deu entrevista ao JL2 sobre o novo mandato como governador do Pará.

Reeleito governador do Pará com maior percentual de votos do Brasil em 2022, Helder Barbalho, do MDB, revelou, em entrevista ao JL2 desta segunda-feira (3), que já trata sobre seu apoio no segundo turno das eleições presidenciais deste ano.

Helder afirmou que conversou com a candidata à presidência do Brasil, Simone Tebet, também do MDB, sobre alianças políticas no segundo pleito ao governo federal. Simone ficou em terceiro lugar na votação de primeiro turno, com 4,2% dos votos válidos. O segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro, traz a disputa entre Lula (48,4%) e Bolsonaro (43,2%).

Segundo Helder, “não podemos abrir mão de valores inegociáveis, como democracia, valorizar as instituições e buscar a paz no Brasil”. “As pessoas estão passando fome, estão desempregadas, sem oportunidade. Vamos construir soluções. E é isto que eu desejo para o Brasil e é isto que nós estamos buscando trabalhar no Pará. Imediatamente após a decisão do meu partido [a respeito do apoio a candidato no segundo turno das eleições presidenciais], eu tornarei público aquilo que eu desejo para que o Brasil possa construir um momento melhor”, comentou Helder.

Ainda na entrevista, Helder disse que pretende manter para este segundo mandato o secretariado de sua primeira gestão, e que vai atuar para reduzir a tarifa de energia no Pará.

Helder foi reeleito diretamente, sem a necessidade do segundo turno, na noite de domingo (2), com 70,41% dos votos válidos (3.117.276 votos). Seu principal concorrente, Zequinha Marinho (PL) registrou 27,13% dos votos válidos (1.201.079 votos).

Confira a entrevista completa:

Governador, parabéns pela reeleição. Foram mais de três milhões e cem mil votos, uma votação expressiva, uma das mais expressivas do Brasil. Qual é o recado das urnas para o senhor agora nesse segundo mandato?

Muito obrigado, João. Sou o primeiro a agradecer à população. Acima de tudo, o recado é de que a população entende aquilo que nós fizemos, mas também diz: “queremos mais e vamos apostar que você é capaz de fazer mais e melhor”. E aí é ter a responsabilidade, a humildade de compreender isto e mobilizar a todos os servidores públicos do Estado, a todos os secretários, a todos os agentes envolvidos no governo para que nós possamos devolver este gesto de gratidão da população do Pará, de poder ser o governador mais votado do Brasil, poder ter, pela primeira vez na história, um governador sendo eleito em primeiro turno. A única forma de agradecer é trabalhando e fazendo um governo cada vez melhor.

Governador, você tem agora a hegemonia, a maioria na Alepa, e também terá o apoio de uma bancada forte na Câmara Federal. Vai ser mais fácil governar nos próximos quatro anos?

Certamente a harmonia dos poderes é decisivo, respeitando a autonomia, respeitando a independência dos poderes. Mas você poder dialogar com o Parlamento ao envio de leis, de propostas que possam serem aperfeiçoadas, mas possam, acima de tudo, garantir com que as coisas avancem, certamente nos ajudará profundamente. Da mesma forma no âmbito federal, para que nós possamos fazer valer os interesses do nosso estado. O estado ainda precisa resolver situações como, por exemplo, a energia que é tão cara em um estado que produz e exporta energia. Portanto, este mecanismo de uma grande união política em favor do estado deve ser entendido como um ativo estratégico para que nós possamos ter força para resolver os problemas.

A questão do ICMS da energia, que é uma bandeira que o senhor já levantava desde sua primeira eleição, como é que fica hoje?

Nós reduzimos o ICMS a patamares de 17%, e isto foi um movimento nacional que permitiu que nós pudéssemos conter a elevação. O problema é: o estado reduz o ICMS, faz uma redução importante, mas por outro lado vem a ANEEL e autoriza um novo aumento. O que eu entendo é que um estado que produz energia, que exporta energia, tem que ser ressarcido por isto.E nós precisamos criar um cálculo de reajuste tarifário que seja nacional.

Não é justo que a tarifa no Distrito Federal tenha um valor e no Pará, que produz energia e exporta para a população do Distrito Federal, seja três, quatro vezes maior. Agora isso é uma discussão nacional que precisa ser solucionada.

Nessa esfera federal, na disputa para presidência da República, a gente há muito tempo nunca teve uma eleição tão disputada. Como é que fica o seu posicionamento agora para o segundo turno da presidência. Quem o senhor apoia?

Nesse momento, eu estou aguardando um posicionamento do MDB. Hoje mesmo estive conversando com a candidata à presidenta, Simone Tebet, e conversando com o presidente nacional do meu partido, cobrando uma posição para que nós possamos, a partir daí, externar. O fato é que nós não podemos abrir mão de compreender o que está em jogo neste país. Valores que são inegociáveis: democracia, valorizar as instituições, buscar a paz no Brasil, construir soluções que possam permitir a este país justiça social.

As pessoas estão passando fome, estão desempregadas, sem oportunidade. Vamos construir soluções. É isto que eu desejo para o Brasil e é isto que nós estamos buscando trabalhar no Pará. Imediatamente após a decisão do meu partido, eu tornarei público aquilo que eu desejo para que o Brasil possa construir um momento melhor.

Governador, o que o senhor não fez no primeiro governo, nestes quatro anos que estão encerrando agora, que o senhor pretende fazer nos próximos quatro anos?

Acho que nós temos um ponto que é absolutamente importante. Nós temos três anos e nove meses de governo. Destes três anos e nove meses, dois anos praticamente foram consumidos no combate à pandemia. O que não poderia ser diferente.

Nós tínhamos que ir à frente para combater a pandemia e isto mudou o planejamento do Estado. Nós tivemos que deixar de fazer aquilo que estava planejado para focar todas as nossas energias em salvar vidas, para cuidar das pessoas. Tenho absoluta crença em Deus de que neste mandato nós poderemos ter um mandato com o planejamento em curso, sem o sobressalto de ter que mudar o rumo das coisas por conta de uma excepcionalidade.

E aí é muito trabalho para poder melhorar a qualidade da educação, que ainda precisa melhorar muito neste estado; ampliar a oferta de água, de tratamento de esgoto; ainda temos que conquistar ainda mais geração de oportunidades de emprego; entregar as obras, tem mais de 1.400 obras em andamento no estado que precisam ser entregues e o povo tem pressa e a gente precisa entregar com a maior celeridade possível. Portanto, trabalhar com planejamento e, acima de tudo, entregar para o estado, para sua população, um estado melhor.

Dá pra gente, nesse momento, fazer previsão de alguma obra importante que deve ser entregue em breve. Por exemplo, a gente sabe da expectativa o pronto-socorro do Benguí. Como é que está essa obra?

Nós estamos, neste momento, com as obras já bastante avançadas e, no primeiro semestre de 2023, estaremos entregando o novo pronto-socorro da Augusto Montenegro, no Benguí. Nós estaremos entregando o novo Hospital Público da Mulher, que será o primeiro hospital público exclusivo para as mulheres, inclusive quando este hospital estiver pronto, eu descentralizo o atendimento oncológico do Ophir Loyola, transferindo para o Hospital da Mulher. Isso vai me permitir fazer uma grande obra de reconstrução do Hospital Ophir Loyola, que é uma referência oncológica no estado.

Nós temos várias outras obras de hospitais que estão em andamento. Já a partir da semana que vem, estaremos inaugurando estradas que estão prontas, interligando cidades e regiões do estado. Ainda este ano, estaremos entregamos mais três usinas da Paz: na Terra Firme, no Guamá e no Jurunas. Portanto um conjunto de investimentos. Eu tenho dito que quando o governo é reeleito, ele não pode parar nada. Ele tem que avançar com mais celeridade e a população aposta nisso. Esta é a missão que nós temos a fazer.

Com relação ao seu secretariado, governador, como é que fica a expectativa de se manter quem já está? Ou esse alinhamento de apoios durante a sua candidatura vai trazer alguma mudança?

A vantagem de uma candidatura que teve a simpatia da população é que eu não precisei fazer acordos políticos em troca de parcerias. Eu não precisei negociar secretariado em troca de ter o apoio. Isto permite que a gente possa primar pela eficiência, pela qualidade.

E secretários e órgãos que na própria opinião da população têm mostrado competência serão preservados. Aqueles que precisam ser mudados, serão mudados. Nós temos que cada vez mais trabalhar para melhorar a entrega de serviços públicos pra população.

Governador, a gente está na semana do Círio. Sei que o senhor também acompanha, qual é a mensagem que o senhor tem a deixar pra o povo paraense nesse momento de tanta fé?

Primeiro, será um Círio muito especial, depois de dois anos sem a procissão nas ruas, na sua tradição, que todos nós possamos aproveitar esse momento: o Natal dos paraenses. Que possamos reencontrar todas as famílias pelas ruas de Belém agradecendo à Nossa Senhora de Nazaré, pedindo que a nossa padroeira possa derramar bênçãos nos lares do nosso estado, nos dando saúde, paz, amor ao próximo.

Esse país precisa de empatia entre as pessoas, diminuir briga para poder viver a paz, e eu desejo que o Círio de Nazaré possa estar nos corações e mentes de todos os paraenses. (Com informações do  Gil Sóter e Taymã Carneiro, g1 Pará — Belém).

Jornal Folha do Progresso em 05/10/2022/10:19:34

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