IEC vai examinar macaco encontrado morto nesta quinta em Barcarena

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 Instituto Evandro Chagas (IEC) vai analisar o corpo de um macaco encontrado morto nesta quinta-feira (2) em Barcarena, no nordeste do Pará. O objetivo é analisar as causas da morte e investigar uma possível contaminação por febre amarela.

A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) intensificou as ações de combate à doença após o IEC confirmar ocorrências no estado.

Segundo a Prefeitura de Barcarena, a equipe de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do município encontrou o corpo do animal no quintal de uma casa na Vila de Itupanema, na manhã desta quinta.

A equipe realizou a remoção do corpo, que será encaminhado ainda nesta quinta para o IEC. A prefeitura não confirmou as denúncias de morte de outros dois macacos em um assentamento na zona rural do município, pois nenhum corpo foi encontrado na área indicada pelos moradores.

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.

A doença é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus. A ocontrário da febre amarela tradicional, a variante silvestre não é espalhada pelo Aedes aegypt: seus transmissores comuns são mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes.

Casos confirmados

No dia 25 de fevereiro, o IEC confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela na região metropolitana, após o corpo do animal ser encontrado no Parque do Utinga no dia 22 em Belém.

Após a confirmação, a Sespa intensificou ações de vacinação entre moradores e trabalhadores no bairro Curió Utinga.

Um caso já havia sido confirmado pelo instituto no dia 21, após a investigação da morte de cinco primatas nos municípios de Rurópolis e Itaituba, no oeste paraense, no início do mês.

A comunidade onde os macacos morreram fica na divisa da Floresta Nacional do Tapajós, por isso, as investigações também foram feitas nessa área de mata. O IEC confirmou a doença em um dos animais mortos em Rurópolis.

Vacinação

As vacinas não são recomendadas para grávidas, crianças com menos de seis meses, alérgicos a ovos e pessoas que vivem em áreas sem registro do vírus. Nos casos de pessoas com mais de 60 anos e pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica.

Uma dose é válida por dez anos e bastam duas doses ao longo da vida para que não se tenha qualquer risco de contaminação com a doença. Os efeitos da febre amarela sobre o corpo incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Tão logo surgindo esses sintomas, a Sespa recomenda que a pessoa procure especialista médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas.

Segundo a Sespa, foram notificados oito casos de febre amarela nos últimos dez anos no Pará. Somente em 2016, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará contra a doença. Em 2015, foram imunizadas 80.230 pessoas.

Por G1PA

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