Indígenas denunciam presença de dragas usadas pelo garimpo ilegal próximo à aldeia Munduruku, em Itaituba (PA)
Indígenas denunciam presença de draga usada para garimpeiro em terra indígena no sudoeste do Pará. — Foto: Reprodução / Twitter
Segundo lideranças, embarcações já estão há cerca de um mês na região e autoridades já foram avisadas.
Indígenas da etnia Munduruku denunciam a presença de dragas usadas por garimpeiros dentro da Terra Indígena Sawre Muybu, em Itaituba, no sudoeste do Pará. Fotos de uma draga usada para garimpo ilegal circulam pelas redes sociais desde domingo (1º). (As informações são do g1 PA — Belém).
Segundo lideranças, as embarcações já estão há cerca de um mês na região e as autoridades responsáveis já foram avisadas.
“Essas dragas já estão há vários dias perto da aldeia. Fizemos denúncia e eles se afastaram, subindo o rio Tapajós. Sempre que a fiscalização vem, eles se afastam, mas depois voltam de novo. Às vezes, eles nem saem e continuam trabalhando”, afirma uma indígena, que teve a identidade preservada pela reportagem.
O g1 solicitou mais informações aos órgãos ambientais e de fiscalização, mas apenas o Ministério Público Federal se pronunciou, afirmando que “vai abrir uma apuração inicial sobre o caso”.
A cidade de Itaituba é marcada pela intensa atuação do garimpo ilegal e é palco de diversas operações contra o crime ambiental.
Em fevereiro deste ano, garimpeiros chegaram a protestar em frente à sede do Instituto Chico Mendes, reclamando de operações de fiscalização.
A TI Sawré Muybu, do povo Munduruku, tem 178 mil hectares e é habitada por aproximadamente 168 indígenas, segundo o Instituto Socioambiental. A área abrange 90% do município de Itaituba e 10% de Trairão.
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) publicou em uma rede social que já entrou com inúmeras ações e até teve resposta. “Até quando veremos cena como essa dentro de nossos territórios indígenas? A quem recorrer? Precisamos que o poder público haja urgente”.
Esta é a segunda denúncia de presença de garimpeiros ilegais em áreas indígenas no Pará dos últimos 15 dias.
O outro caso foi no território Xipaya, distante cerca de 400 quilômetros do centro de Altamira, também no sudoeste do Pará.
A situação foi acompanhada por autoridades federais do meio ambiente e uma balsa foi apreendida.
Cinco homens foram presos e dois adolescentes apreendidos, mas foram liberados pela Polícia Federal, após prestarem depoimentos.
Jornal Folha do Progresso em 02/05/2022/17:28:13
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