Jornal Nacional – PF prende assessores de ex-ministro em ação contra lavagem de dinheiro

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Investigadores disseram que, mesmo depois de preso, Henrique Alves continuou cometendo crimes. Ele estaria articulando fraudes em licitações.

Em uma operação contra a lavagem de dinheiro, a Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (26), dois assessores do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, do PMDB, e um funcionário do Ministério do Turismo.

Pouco mais de quatro meses da prisão do ex-deputado e ex-ministro dos governos Dilma e Temer, policiais voltaram ao apartamento de Henrique Alves, do PMDB. Foram cumprir mandados de busca e apreensão contra a mulher dele, Laurita Arruda. Henrique Alves está detido desde junho na academia de polícia em Natal, acusado de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal cumpriu também mandados de busca e apreensão no apartamento de Hermann Ledebour e na sede da InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo, em Natal. Hermann Ledebour é procurador de Henrique Alves, sócio minoritário da emissora. Os policiais levaram cópias dos balanços fiscais da empresa a partir de 2013, um ano antes da última campanha para o governo do Rio Grande do Norte, que Henrique Alves disputou perdendo no segundo turno.

Em nota, a direção da InterTV Cabugi declarou que, embora não seja alvo da investigação, conforme afirmado pela própria Polícia Federal, está à disposição para qualquer esclarecimento.
Em Brasília, os agentes fizeram buscas na sede do Ministério do Turismo e prenderam o chefe da assessoria parlamentar do ministério, Norton Domingues Masera. Ele foi citado na delação do doleiro Lúcio Funaro como intermediário de propina para Henrique Alves.

Também foram detidos Aluísio Henrique Dutra de Almeida e José Geraldo Moura Fonseca Júnior, assessores de Henrique Alves.

Os investigadores disseram que, mesmo depois de preso, Henrique Alves continuou cometendo crimes. Com ajuda dos assessores, ele estaria ocultando seu patrimônio, o que é lavagem de dinheiro, e teria montado um esquema para fraudar licitações de prefeituras e desviar recursos de convênios do Governo Federal.

“Participação dessas licitações de forma fraudulenta para fins de que, de receber os valores pela prestação de serviço e parte desses valores seriam desviados para esses assessores e, indiretamente, para o próprio ex-deputado federal“, disse Oswaldo Scalezi Júnior, delegado da Polícia Federal.
O Ministério do Turismo informou que vai exonerar Norton Domingues Masera e que está colaborando com a Polícia Federal. A nota ressalta que o ministério não é alvo da investigação.
A defesa de Henrique Alves disse que a afirmação de que terceiros estariam lavando dinheiro do ex-ministro é  mentirosa. E que a filha dele está vendendo um imóvel para pagar dívidas.
O advogado de Aluísio Henrique de Almeida disse que vai provar a inocência de seu cliente.
Hermann Ledebour alegou que não teve acesso ao processo e não vai se manifestar.
Nós não conseguimos contato com as defesas de Norton Maséra, José Geraldo Fonseca Júnior e Laurita Arruda.
Por Jornal Nacional
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