Madeireiros debatem compra de rifles para matar policiais em terra indígena no Pará

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A operação de retomada da Terra Indígena começou em 2 de outubro e o prazo dada para a retirada das 60 mil cabeças de gado é até o final do mês (Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil)

‘Máfia da tora’ fala em importar rifle dos EUA para matar policiais em terra indígena no Pará

Áudios obtidos pela Repórter Brasil e atribuídos a um grupo de WhatsApp chamado “Máfia da Tora” revelam dois homens conversando sobre a compra de armas que seriam usadas contra agentes da Força Nacional e de outros órgãos envolvidos na desintrusão (retirada dos ocupantes irregulares) da Terra Indígena Apyterewa, no sul do Pará.

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Desde 02 de outubro, uma megaoperação autorizada pela Justiça Federal e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal tenta retomar a área destinada ao povo Parakanã, no município de São Félix do Xingu. Invadida por madeireiros e pecuaristas, a Apyterewa foi o território indígena mais desmatado do país durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A expulsão dos ocupantes irregulares e das 60 mil cabeças de gado vem gerando reações de lideranças políticas e econômicas locais.

A operação de retomada da Terra Indígena começou em 2 de outubro e o prazo dada para a retirada das 60 mil cabeças de gado é até o final do mês (Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil)
Gado criado dentro da TI Apyterewa chegou a frigoríficos como Marfrig, Frigol, Mercúrio e JBS, segundo investigações da Repórter Brasil (Foto: João Laet/Repórter Brasil/The Guardian)

No grupo de Whatsapp, formado por 225 pessoas ligadas ao comércio de madeira de diferentes estados da região Norte, dois homens conversam sobre a aquisição de armamento para atirar contra os agentes. “A vontade que dá é estar bem localizado com uma [arma] 357, entendeu, catar um por um e dar na cabeça, um satanás desse aí”, afirma um deles.

 

“Esses caras não têm respeito com ninguém, não, rapaz, esse bando de vagabundo. Na hora que morrer uns dez, aprendem a tratar os outros. A 100 metros de distância, uma 357 boa, eu não erro a cabeça de uma peste dessa…”, prossegue.

Ao comentar a declaração, um segundo homem, que afirma estar nos Estados Unidos, cita um rifle conhecido como “Predator 308” – modelo que, em suas palavras, “já resolvia bem o problema aí”.

“Vou mandar um vídeo aí de um rifle que tem aqui nos Estados Unidos, o 308. Aí no Brasil tem também, mas ele é caro demais. Já resolvia bem o problema aí. Observa o tiro desse rifle para você ver”, afirma, enviando na sequência um vídeo no qual um caçador dispara um tiro contra a cabeça de um veado, no meio da vegetação.

A mensagem é seguida por uma discussão sobre a diferença de preço do produto no Brasil e nos Estados Unidos. O segundo homem afirma que, enquanto a arma custaria cerca de 600 dólares em solo americano, no Brasil seria vendida por aproximadamente 23 mil reais. Em resposta, o primeiro homem pede ao colega que “embale” um rifle e envie ao Brasil.

“Embala um bicho desse aí, bem embaladinho. Nós temos aqui uma carabina 22, descascada por baixo, de tesoura. Veio daí… O cara colocou dentro de uma caixa de guitarra, embrulhou bem. Veio parar aqui no Brasil, pelo Correio. Podia mandar no meu endereço… que não dá nada, não”, declara ele, acrescentando ainda que a arma não poderia ser registrada, para evitar problemas com fiscalização.

Após a troca de mensagens, uma terceira pessoa comenta o assunto e afirma que o Paraguai pode ser uma opção de destino para adquirir a arma. Ela também ensina como seria possível produzir uma bomba caseira com o uso de explosivos e um cano de PVC, para ser lançada contra as forças policiais.

 

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Fonte:  CNN/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 03/11/2023/08:03:11

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