Mãe de criança morta por padrasto: ‘Ele batia na cara dela. Dava choques na minha filha’

image_pdfimage_print

 (Foto: Celso Rodrigues) – Um crime bárbaro e covarde assustou os paraenses nesta sexta-feira (7): uma menina de apenas 2 anos morreu após ser agredida com socos e chutes pelo padrasto, Jailson Carvalho da Silva, de 23 anos, que foi preso em flagrante, minutos após o crime. A criança chegou a ser socorrida para um hospital, mas não resistiu.

As agressões foram cometidas dentro de um dos quartos de uma vila de kit-nets na rua São Raimundo, no bairro da Cabanagem, em Belém. Era por volta das 11h30 quando a mãe da menina, Fernanda Rodrigues Mendes, de 23 anos, fazia o almoço e acabou se desentendendo com o companheiro. Ele agrediu a mulher na frente da criança e a pequena começou a chorar, foi quando a menina passou a ser vítima.

“As informações que chegaram ao nosso conhecimento foram que uma discussão entre um casal culminou em agressão física. O homem espancou a esposa e, nesse momento a criança, filha apenas da companheira, começou a chorar. Para calar o choro da criança, ele pisoteou por três vezes a região abdominal dela e, provavelmente atingiu os outros órgãos vitais. Na hora, a criança desfaleceu. A mãe pegou a criança, pediu ajuda de um vizinho e a levou até o posto de saúde da Marambaia. Mas quando chegou na unidade, a criança veio a falecer. Tudo vai depender da perícia para saber se a menina chegou morta ou se ainda passou por algum procedimento”, detalhou a delegada Sílvia Mara Tavares, da Unidade Propaz do Instituto Médico Legal (IML),onde o caso foi registrado.

Segundo o guarda municipal Ronaldo Pinheiro, o colega que trabalha na unidade da Marambaia o comunicou sobre o fato. Em seguida, outras equipes da Guarda se reuniram para encontrar o acusado. “O guarda avisou da morte de uma criança de 2 anos e que a mãe afirmou que foi o padrasto quem a matou. Fomos até o local. Ele tentou fugir, mas foi imobilizado pela população”, contou. “Os vizinhos contaram que na noite anterior essa criança chorava muito. E durante a manhã também”, acrescentou.

A reportagem do DIÁRIO conversou com a mãe da criança. Muito abalada, ela deu respostas curtas, mas cheias de dor.

“Ele batia na cara dela. Dava choques na minha filha”, diz mãe da vítima

O que aconteceu nessa manhã?

A gente ‘tava’ brincando. Virei as costas para fazer o almoço. Ele ficou brincando com ela em cima da cama. Ela começou a chorar. Quando olhei, ele tava mordendo o pé dela. Pedi para ele parar, ele disse que não ia parar. Depois a gente começou a brigar. E ele bateu nela.

Ele costumava bater em você? E na criança?

Sim. Em mim já bateu outras vezes. Há um mês ele vem batendo nela também.

Como eram as agressões?

Ele me dava socos. Batia na cara dela com tapas no rosto, com a sandália. Pisava na barriga dela.

E a arma de choque? Para que ele usava?

Ele dava choques na minha filha. Assustava ela.

Por que você não denunciou, não pediu ajuda?

Eu passava o dia todo trancada em casa. A gente mora há pouco tempo nessa região. Não conheço ninguém aqui. Ele também me ameaçava.

Por que não entregou a criança para o pai criar?

Pois é… me arrependo de não ter feito isso.

E agora? Com a filha morta, qual o sentimento por ele?

(Não houve resposta )

(Michelle Daniel/Diário do Pará)
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

Acusado usava aparelho de choque
Acusado usava aparelho de choque

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)
Site: WWW.folhadoprogresso.com.br   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br e/ou e-mail: adeciopiran_12345@hotmail.com

%d blogueiros gostam disto: