Mineradora refloresta mais de 500 hectares com espécies nativas em Oriximiná, no PA

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Platô Periquito, um das áreas reflorestadas pela MRN em 2003 — Foto: Ascom MRN/Divulgação

O trabalho foi recorde em reflorestamento, envolvendo o plantio de mudas do viveiro florestal da empresa e sementes adquiridas junto a comunidades da região.

Com os desafios da pandemia para manter em campo equipes de trabalho, seguindo os protocolos das autoridades de saúde, a Mineração Rio do Norte (MRN), que produz bauxita em Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará, cumpriu a meta de reflorestar uma área de 519 hectares em 2020, acima da média anual, que gira em torno de 350 a 400 hectares.

Para dar conta do trabalho recorde em reflorestamento foram utilizadas 537.352 mudas de 64 espécies nativas, produzidas no viveiro florestal da empresa, e outros 3.837 quilos de sementes nativas, adquiridos junto a comunitários quilombolas e ribeirinhos da região.

Entre os vários desafios da pandemia, muitos diálogos diários de segurança para as equipes de campo seguirem as orientações de medidas protetivas necessárias como uso de máscara e distanciamento social.

“Mantivemos os trabalhos durante o ano todo com o preparo de novas áreas, coleta de sementes, produção de mudas, monitoramento das áreas, Banco de Germoplasma, combate a espécies exóticas invasoras, enriquecimento e adensamento de áreas, salvamento de flora, entre outras atividades”, relatou o engenheiro da MRN, Ruberval Cardoso.

As principais espécies nativas usadas no processo de reflorestamento produzidas no Viveiro Florestal da MRN em 2020 são itaúba, cumarú, jacarandá, angelim, ipê amarelo, castanha-do-pará e copaíba. Nos trabalhos de reflorestamento para a restauração de áreas mineradas, a MRN também envolve comunidades ribeirinhas e quilombolas desta região. Ano passado, a empresa adquiriu 3.837 quilos de sementes nativas junto a estes comunitários.

A agricultora Maria Luísa Amaral, da comunidade Boa Nova, vende entre 8 a 10 quilos de sementes de espécies, como castanha-do-pará, andiroba, açaí e bacaba, para a empresa. “Este trabalho de fornecimento de sementes para a MRN contribui para incrementar a renda da minha família”, disse Maria Luísa.

A empresa também envolve os comunitários da região nas atividades sazonais de plantio e reflorestamento. “No viveiro florestal temos um quadro de 20 empregados e no período que favorece o plantio das mudas são contratados, em média, 90 comunitários das comunidades ribeirinhas e quilombolas para a execução do plantio para o reflorestamento destas áreas de mina”, comentou o analista ambiental da MRN Jocenildo Marinho.

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Viveiro florestal da MRN — Foto: Ascom MRN/Divulgação

Técnicas
Pioneira no desenvolvimento de técnicas de restauração de áreas mineradas no interior de uma Floresta Nacional, ao longo dos anos, a MRN foi aprimorando suas metodologias de restauração por meio de pesquisas científicas realizadas na área e da própria observação dos técnicos.

O processo de restauração das áreas inicia-se no momento em que é feito o inventário florestal da área a ser solicitada para supressão. Este documento é a base para a indicação de espécies a serem utilizadas no ambiente após o processo de lavra.

“Várias etapas envolvem a restauração das áreas mineradas, sendo destacada a coleta de sementes e produção de mudas, o manejo da camada superficial do solo (topsoil), a reconformação do solo, o preparo da área para receber o topsoil e as mudas e seu monitoramento”, explicou o engenheiro.

Entre as principais técnicas utilizadas pela MRN para a restauração da flora está a condução de regeneração natural, com a utilização do topsoil, que é fundamental para o início da sucessão florestal na área, pois é onde se encontra o rico banco de sementes que irá realizar o recobrimento inicial da área. Este material representa uma importante fonte de matéria orgânica, sementes, nutrientes, micro e mesofauna (constituída por invertebrados de 0,1 a 2 mm), associadas ao solo.

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Mudas de espécies nativas da Amazônia cultivadas no viveiro florestal da MRN — Foto: Ascom MRN/Divulgação

As outras duas técnicas são o plantio de mudas, feito após a coleta de sementes e produção de mudas ao longo do ano, contribuindo para a recuperação do ambiente; e a semeadura direta, que é a utilização de sementes viáveis para germinação, utilizadas a partir do terceiro ano da restauração. “Tanto o plantio de mudas quanto a semeadura direta visam o enriquecimento e o adensamento da área, gerando maior diversidade no ambiente”, contou Cardoso.

No fim de 2020, a Gerência de Controle Ambiental iniciou testes para comparar o atual método de produção de mudas com a utilização de saquinhos plásticos e camada superficial do solo com substrato industrializado enriquecido. “A ideia é identificar o melhor método para a produção de mudas com maior qualidade, otimização nas condições de trabalho e o melhor custo benefício para o desenvolvimento da atividade”, assinalou o engenheiro.

Com a meta de 2020 cumprida, ainda em dezembro deste ano a MRN começou a organizar as atividades de transporte de mudas e demais insumos para o trabalho de campo em 2021. “Para este novo ano, nosso planejamento é reflorestar 520 hectares nas minas em processo de operação e 6 hectares em minas em processo de descomissionamento, totalizando 526 hectares”, adiantou Marinho.

Por G1 Santarém — PA
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