Organização internacional declara o Pará totalmente livre da febre aftosa

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Reconhecimento pode abrir novos mercados para a pecuária paraense.
Carne é o segundo produto na composição do PIB no Estado.

O Pará recebeu na última quinta-feira (29) o reconhecimento oficial de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. Além do Pará, também alcançaram a certificação os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

“Este foi um trabalho conjunto que certamente não teria êxito se não contasse com o apoio integral de diferentes esferas, como o governo e os produtores. A pecuária é uma atividade importante para a economia paraense e vem se destacando nas ações que promovem o melhor uso das nossas terras, trabalhando com o conceito de sustentabilidade, algo imprescindível no mundo atual”, completou o governador do Pará, Simão Jatene.

O Brasil possui agora 23 estados e o Distrito Federal reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa. O próximo passo é alcançar a meta de um país totalmente livre da doença. Para isso, o Ministério da Agricultura faz um trabalho conjunto com os governos estaduais e iniciativa privada para que Amapá, Roraima e Amazonas também sejam reconhecidos.

O reconhecimento internacional pode abrir mercados à economia paraense, já que a carne é o segundo produto na composição do Produto Interno Bruto (PIB), e a maioria dos municípios paraenses tem a pecuária como principal atividade. A partir da certificação, mais de seis milhões de cabeças do Pará, localizadas em propriedades das regiões que estão recebendo a certificação internacional, estarão credenciadas a ganhar mercado.

Negócios Para o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), Sálvio Freire, a certificação abrirá as portas do mercado para o comércio nacional e internacional do rebanho paraense e seus produtos e subprodutos, assim como aumentará a capacidade em favor do agronegócio das plantas frigoríficas das regiões II e III e Marajó.

Pará se junta aos 22 estados e o Distrito Federal 100% livres da febre aftosa. (Reprodução/TV Morena)

Atualmente, segundo o diretor, a capacidade de abate dessas “plantas frigoríficas” é superior a quatro milhões de cabeças. Sálvio lembrou que o reconhecimento internacional trará muitos benefícios para o setor. Além da abertura do mercado exportador da carne, frigoríficos localizados em municípios que integram as áreas II e III, a exemplo de Castanhal, Mãe do Rio, Jacundá, Breu Branco, Santarém e outros, deixam de ter restrições sanitárias.

“Vamos ter mais oportunidades de negócios e mais clientes para o mercado paraense, que passará a ter uma carne mais valorizada e a matéria prima, que é o boi, mais credenciada”, disse o presidente da União Nacional dos Exportadores de Carne (Uniec), Francisco Victer.

Os dados da Adepará de 2013 confirmam que o efetivo bovino do Estado, que reúne as áreas I, II, e III e mais a Ilha do Marajó, já superou os 21 milhões de cabeças. Os 44 municípios que integram a área 1, por exemplo, somam juntos um efetivo bovino de 16.049.068 de cabeças. Em relação a maio de 2013, o plantel cresceu aproximadamente 3% na região. Entre os municípios com potencial para pecuária que mais se destacam com relação ao quantitativo do bovino estão São Félix do Xingu, Marabá, Novo Repartimento e Santana do Araguaia.Do G1PA

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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