Pai crê que corpo de bebê que sumiu em hospital, no Rio, foi vendido para estudos

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 Segundo pai, médica negou o pedido para ver o corpo do menino e tentou convencer mãe de que não era ‘uma boa ideia’

O pai do bebê cujo corpo desapareceu no Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, acredita que o corpo da criança tenha sido vendido para estudos médicos sem consentimento da família. De acordo com Wanderson Nunes, Kevin nasceu morto nesta segunda-feira, após a mãe do menino sentir fortes dores no fim de semana. A jovem deu entrada na unidade de saúde no último sábado e permaneceu internada até esta segunda-feira. Wanderson marcou o velório e o sepultamento para esta terça-feira mas, ao chegar no hospital, foi informado de que o corpo havia desaparecido.

— Cheguei por volta de 9h e, depois que pedi pelo meu filho, percebi uma movimentação estranha no hospital. Os funcionários andavam de um lado para o outro, não passavam informação. Fiquei mais de uma hora esperando até que a direção do hospital veio e me disse que não sabia onde estava o corpo do Kevin. Disseram que podia ter sido jogado fora ou levado por engano por outra funerária. Simplesmente não acreditei que isso pudesse ser possível — falou.

Segundo ele, a mãe da criança começou a sentir dores no sábado e foi levada para o Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, na Zona Norte. No local, pediram que ele procurasse o médico da grávida, já que não havia profissional para atendê-la. A mulher estava no quinto mês da gravidez. Wanderson, então, levou a esposa ao Pasteur. Lá, ela foi medicada e realizou exames, mas permaneceu reclamando de dores.

— Nunca vi minha esposa reclamar tanto de dor assim na vida. Ela foi medicada sábado e eu voltei para casa, o que acho que foi meu maior erro. No domingo de manhã, ela me ligou dizendo que precisaria ser operada. Quando cheguei, a médica me falou que o coração do meu filho não estava batendo mais. Fiquei sem reação. Ela tomou um remédio para ajudar a expelir a criança e teve o bebê de parto normal. Ele estava grandinho já, bonitinho, perfeitinho. Minha mulher segurou ele por 15 minutos e chorou muito. Eu não quis segurar. Foi horrível — contou.

Wanderson contou que, na segunda-feira, a esposa pediu que a médica levasse o corpo da criança novamente ao quarto para que ela pudesse se despedir uma última vez. Segundo o pai do menino, a médica negou o pedido e tentou convencer a mãe de que não era “uma boa ideia”.

— Minha esposa pediu para ver o corpo de novo, se despedir mais uma vez. A doutora ficou falando que não era uma boa ideia, que não ia fazer bem a ela. Eu estranhei, mas concordei. Também não achava que seria bom. Tudo já é doloroso demais. Mas, hoje, sabendo de tudo, acho que o corpo do meu filho foi vendido para estudo. Já ouvi histórias de coisas assim. Dizem que isso dá muito dinheiro. Acho que podem ter feito isso com o meu filho. Também comecei a achar que possa ter acontecido algum erro médico. Saí do hospital e meu filho estava bem. Quando voltei, o coração dele não batia mais e ninguém sabe explicar nada — lamentou Wanderson.

O pai do menino registrou o crime nesta terça-feira na 26ª DP (Méier). Ainda segundo ele, o hospital lhe entregou um documento em que lamenta o ocorrido, mas sem a assinatura de ninguém.

— Me entregaram um papel com desculpas, mas ninguém assina. Ninguém é culpado. Eu quero que esse hospital e todos os envolvidos paguem. Espero que, no mínimo, as pessoas deixem de vir aqui. Eles foram e continuam sendo negligentes. Quero que tenham todo prejuízo do mundo, mesmo que nada disso traga meu filho de volta. O Kevin não vai voltar, mas eles precisam pagar pelo sofrimento que estão fazendo a gente passar — disse.

Fonte: ORMNews.
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