Pará lidera em matrículas no ensino superior na Região Norte

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Segundo pesquisa, o Estado tem quase 75% dos estudantes cursando universidades privadas. Diferente do cenário nacional, os universitários paraenses ainda preferem o ensino presencial ao feito a distância –  (Foto| Eliseu Dias/Seduc)

Apresentando tendência de crescimento mesmo antes do surgimento da pandemia da Covid-19, a modalidade de Ensino à Distância (EAD) ganhou ainda mais espaço entre as matrículas registradas em instituições privadas de ensino superior no Brasil. Apenas no ano de 2021, as matrículas em cursos presenciais de graduação na rede privada apresentaram uma queda de 8,9%, enquanto as matrículas em cursos EAD cresceram 9,8%.

Os dados são do 11º Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021, lançado na manhã de ontem (08) pelo instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil. Na contramão do cenário nacional, o levantamento aponta que, no Estado do Pará, as matrículas presenciais ainda apresentaram aumento.

Dentre os destaques do estudo está o fato de que a educação à distância já seguia uma tendência de crescimento no ensino superior do Brasil mesmo antes da pandemia.

No comparativo do ano de 2019 em relação a 2018, a diferença entre os percentuais de matrícula em cursos presenciais e à distância havia sido maior do que o observado já em 2021. Em 2019, a queda nas matrículas em cursos presenciais foi de 3,8%, enquanto o crescimento nas matrículas em cursos EAD no mesmo ano foi de 19,1%, um salto de mais de 9% em comparação com o crescimento apresentado em 2021 nas matrículas EAD.

De 2020 para 2021 também foi observado aumento de 14% no número de polos EAD disponíveis no país, sendo que 93,6% das matrículas na modalidade à distância concentram-se na rede privada de ensino superior. Apesar dessa maior oferta, 71,5% do total de alunos matriculados no ensino superior no Brasil ainda está nos cursos presenciais. Outro indicador aponta que cerca de 75,8% do total de matrículas, tanto EAD, quanto presencial, está em instituições de ensino superior privadas.

Diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato considera que o cenário segue a tendência dos últimos anos, mas que, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia de Covid-19, ganhou destaque um novo modelo, com aulas remotas ao vivo, diferente do modelo EAD que tem aulas gravadas e reaproveitadas em grande escala, além da tendência do ensino híbrido.

“Essas mudanças que estamos vivendo possibilitam um novo tipo de curso, com foco no presencial somente para as aulas práticas, investimentos em laboratórios, etc.”, considera Capelato.

Independente da modalidade de ensino, o estudo destaca um indicador que reforça a importância da educação superior no Brasil. Os dados do mapa apontam que quanto maior o grau de escolaridade, maior a média salarial mensal do trabalhador. Em 2019, um profissional com ensino superior completo recebeu uma remuneração média de quase três vezes o valor médio de um empregado com apenas o ensino médio.

Para traçar o panorama do cenário do ensino superior no país, o mapa adotou dados do Censo da Educação, referentes a 2019 e divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2020, e ainda outras fontes, como do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), microdados do ENEM e do PROUNI, além de análises de Big Data.

MATRÍCULAS

Líder em número de matrículas do ensino superior dentre os Estados da Região Norte, o Pará concentra 39,8% do total de matrículas registradas na região. Seguindo o caminho contrário do observado no restante do país, o Estado apresentou aumento no número de matrículas em cursos presenciais em 2019, quando comparado com 2018. O que não impediu que a modalidade de cursos EAD também apresentasse crescimento considerável no número de matrículas no mesmo período, o equivalente a 18,9%.

De acordo com o 11º Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021, o Pará é um dos poucos do Norte que possui mais instituições de ensino ofertando cursos presenciais do que à distância. Em 2019, o Estado registrou 285 mil matrículas no ensino superior, sendo 54,5% em cursos presenciais.

Outra realidade apontada pelos dados é a prevalência de matrículas na rede privada de ensino superior no Pará. De acordo com o mapa, 74,7% das matrículas totais (presencial e EAD) do estado estão em instituições privadas. O ensino privado também prevalece entre as matrículas em cursos à distância, já que, segundo o estudo, 99% dos estudantes da modalidade EAD do Pará estão matriculados na rede privada.

Por outro lado, quando se trata da pós-graduação o ensino público ganha destaque. Segundo o estudo, no Pará, as matrículas em especializações de nível superior sofreram acréscimo de 24,4% na rede privada de 2019 para 2020, já a rede pública registrou salto de 269% nas matrículas.

Por:Cintia Magno

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