Pará perde 1,8 mil empregos em maio

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 Esse foi o segundo pior resultado já registrado para o mês desde 2003

O estoque de empregados no Estado do Pará registrou pelo vigésimo segundo mês consecutivo saldo negativo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, foram eliminados 1.852 postos de trabalho no Estado em maio, decorrente de 20.450 admissões contra 22.302 desligamentos.

Esse foi o segundo pior resultado já registrado para o mês de maio desde o início da série histórica regional, iniciada em 2003. O saldo negativo atual só é superado pelo do ano passado, quando o mercado de trabalho formal do Pará contabilizou 2.913 postos perdidos. O último registro positivo no mês de maio foi em 2014, quando o Estado gerou um saldo de 5.204 novos postos. Já o último mês que o número de contratados superou o demitidos no Pará foi em julho de 2015, cujo saldo foi de 2.634 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Com mais esse resultado, o mercado de trabalho formal do Pará já soma 10.413 empregos celetistas perdidos em 2017. O saldo, no entanto, é 1,42% inferior ao total identificado entre janeiro e maio de 2016. Nos últimos 12 meses, o levantamento aponta a diminuição de 36.672 postos de trabalho – 287.715 demissões e 251.043 admissões entre maio de 2016 e maio de 2017.

O desempenho negativo do Pará acompanhou o resultado de outros 12 Unidades da Federação. Já o resultado nacional apontou geração de 34.253 vagas formais, com 1.242.433 admissões e 1.208.180 demissões. Foi o segundo mês seguido de abertura de vagas no país. Em abril, o País abriu 59.856 vagas com carteira assinada. O resultado é o melhor para o mês desde 2014, quando houve a criação de 58.836 vagas. No acumulado do ano, houve crescimento de 48.543 postos de trabalho. Já nos últimos doze meses, houve fechamento de 853.665 vagas com carteira.

Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Pará foi o quarto Estado que mais perdeu assalariados com carteira assinada no mês, em números absolutos. Rio Grande do Sul (-12.360), Rio de Janeiro (-5.583) e Ceará (-2.940) apresentaram os piores desempenhos do País. Por outro lado, Minas Gerais (22.931 postos), São Paulo (17.226) e Espírito Santo (4.117) foram os Estados que mais aumentaram os estoques de empregos formais no último mês.

No recorte geográfico, a região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal – puxado pelos bons resultados de Minas Gerais e São Paulo. Esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e Indústria. A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809 postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).

SETORES

De acordo com o Caged, o resultado negativo do mercado de trabalho do Pará decorreu da diminuição do emprego, principalmente, no setor do Comércio, com a 1.380 perdas apenas no último mês. Também impactaram no resultado, as reduções nos setores da Agropecuária (-557 postos de trabalho), de Serviços (-235) e da Indústria de Transformação (-24). Também foram registradas oito perdas de trabalho com carteira assinada no setor da Administração Pública.

Já os setores da Construção Civil e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) registraram saldo positivo no mês, com incremento de 245 novas vagas e 77, respectivamente. A Extrativa Mineral também fechou as atividades no mês com saldo positivo de emprego, com o aumento de apenas dez posto de trabalho.

Na análise dos municípios paraenses, Belém desponta como o principal responsável pela queda de postos de trabalho em todo o Estado. Foram 888 postos perdidos em maio, decorrente de 5.898 contratações no município contra 6.786 demissões. Almeirim aparece na sequência, com redução de 499 empregos celetistas, resultado de 538 demissões e 39 admissões. Nas posições seguintes surgem Altamira (-498), Ananindeua (-179), Capanema (-146), Santarém (-104), São Miguel do Guamá (-80) e Moju (-70).

Na outra ponta, a melhor evolução do emprego formal paraense, no mês de maio, foi identificada em Marabá, com saldo positivo de 339 vagas assalariadas, decorrente de 1.488 contratações e 1.149 desligamentos. Logo em seguida, surge Parauapebas (300), Ulianóplis (162), Cametá (111), Santa Isabel do Para (89), Bragança (77) e Itaituba (76).

Fonte: ORMNews.
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