Pará tem um dos piores índices de saneamento do Brasil, revela pesquisa do Trata Brasil

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Segundo o Instituto, há, no Pará, apenas 1,18% de tratamento de esgoto, 4,92% de coleta de esgoto, 47,10% de rede de água e a perda de água é 39,72%.

O Estado do Pará tem um dos piores índices de saneamento do Brasil, revela pesquisa do Instituto Trata Brasil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), formada por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país. Os números do Instituto não são nada animadores. Há, no Pará, apenas 1,18% de tratamento de esgoto, 4,92% de coleta de esgoto, 47,10% de rede de água e a perda de água é 39,72%.

O saneamento, a preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais na região são pauta do Congresso Brasil Norte de Engenharia Sanitária, que acontece desde esta quinta-feira (17) até este sábado, em um hotel, na Avenida Presidente Vargas, em Belém. O evento tem o objetivo de entender os desafios e buscar soluções para o caso, explica Luiz Otávio Pereira, presidente do congresso.

“Saneamento é um tema que precisa estar na agenda de todos os governos, seja federal, estadual ou municipal. Deve, ainda, haver uma grande participação técnica, pois não se pode pensar em um Estado ou cidade desenvolvida tendo esses indicadores”, avalia Otávio.

Segundo ele, o Pará possui uma média de apenas 37% de suprimento de água de qualidade. “Belém tem em torno de 85%, sem falar do esgotamento sanitário, que é vergonhoso, em torno de 3%”, informa o engenheiro sanitarista, que também já foi secretário de saneamento de Belém. “Esses resíduos que são gerados contaminam os nossos cursos de água, a nossa baia, o nosso Rio Guamá”, diz.

Segundo Otávio, os técnicos têm soluções para os problemas sanitários, mas não há uma prioridade politica para este tema. “Avançamos um pouco em termos de coleta de lixo, mas a destinação final ainda é um problema. A população tem que exigir que o saneamento seja uma prioridade”, alerta.

“Esgotamento sanitário não é simplesmente enterrar tubo. É também preservar o solo, a água e o ar, e garantir a saúde pública à população”, explica o especialista.

Sem água

No município de Redenção, sul do Pará, o sistema de abastecimento de água tratada não atende toda a população. Por onde a rede de distribuição não passa, os moradores têm de improvisar cavando poços artesianos. Obrigados a usar bombas hidráulicas para puxar água do fundo da terra, alguns moradores costumam pagar mais de R$300 por mês de conta de energia.

Até 2012 o abastecimento n município foi feito pela empresa Saneágua. No mesmo ano, a empresa Foz, do grupo Odebrecht, ganhou licitação e o direito de prestar o serviço por 30 anos. Este ano, houve uma nova mudança, a canadense BRK Ambiental, passou a administrar o serviço. Mas o problema persiste e, sem água, a dona de casa Ivonete Moraes de Souza conta com a solidariedade dos vizinhos. “Tem que esperar encher a caixa do vizinho para eu poder colocar a mangueira e puxar água de lá”, diz.

Em nota, a BRK Ambiental disse que está planejando a ampliação do atendimento com água tratada para toda a cidade. Disse ainda que, quando assumiu o serviço, há quatro anos, nenhuma casa do município era abastecida com água tratada e hoje 45% dos moradores são abastecidos.

Fonte: G1 PA.
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