Paraíba: vereadora é presa em operação contra aliciamento de eleitores
Foto: Reprodução | Polícia Federal investiga suposto esquema violento para coagir votos e organização criminosa que teria a intenção de interferir no processo.
Quatro mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos por policiais federais na manhã desta quinta-feira (19) durante a segunda fase da Operação Território Livre, que investiga uma organização criminosa que atuava no aliciamento violento de eleitores, em João Pessoa. Entre os presos, há uma vereadora, candidata à reeleição.
Na semana passada, três mandados de busca e apreensão em endereços ligados a vereadora Raissa Lacerda (PSB) foram cumpridos no bairro São José, em João Pessoa.
A segunda fase da operação, nesta quinta-feira (19) cumpriu mandados de prisão no bairro Alto do Mateus e no São José. Conforme a PF, as presas são:
- Raissa Lacerda, vereadora que cumpre seu quinto mandato em João Pessoa.
- Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, que, segundo a PF, usaria do poder para determinar quem deve ser votado no BSJ.
- Taciana Batista do Nascimento, que seria o braço direito de Pollyanna, usada para exercer influência na comunidade.
- Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, apontada como articuladora no bairro alto do Mateus. Teria ligação com facção e usava para coagir os votos em determinados candidatos.
A investigação que culminou na operação desta quinta-feira (19) começou na semana passada, a partir da apreensão de uma quantia de R$ 35 mil em dinheiro, além de documentos, contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares.
Com as diligências realizadas durante a investigação, a PF teria identificado a existência de uma organização criminosa bem estruturada, que agia no aliciamento de eleitores com violência a fim de interferir no processo eleitoral.
Em nota, a assessoria da vereadora negou envolvimento com as outras pessoas citadas no processo, prometeu esclarecer as acusações das investigações e disse que a parlamentar estaria sendo perseguida por opositores.
“Raissa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral”, diz trecho da nota.
A Câmara Municipal de João Pessoa também se manifestou sobre o caso e informou que a procuradoria-geral do legislativo municipal acompanha a operação. A casa legislativo disse ainda que confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal.
“A Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações”, diz trecho da nota.
Fonte: Metrópoles e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 19/2024/14:12:39
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