Pescadores festejam liberdade após ficar 24 horas sob a mira de ‘piratas’ no Pará

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João Batista Gama da Silva e Ronaldo Pereira foram vítimas de um grupo criminoso que agem na região de Colares (Foto:Reprodução Facebook)

Os pescadores João Batista Gama da Silva, o ‘Jango’, e Ronaldo Pereira foram encontrados à deriva pela Polícia Militar na última sexta-feira (20), depois de ficar 24 horas sob a mira de piratas na Baía de Marajó. A história vivida pela dupla foi contada em detalhes por ‘Jango’ durante uma live transmitida via Facebook e divulgada pelo portal UOL (SP).

Ele relatou que recolhia as redes de pesca no fim da tarde da quinta-feira (19) quando notou a chegada de uma embarcação com seis homens encapuzados. De armas em punho, eles renderam Jango e um colega de outro barco, Ronaldo Pereira. Os dois foram levados pelo grupo, conhecido na região como “Piratas do Marajó”, a uma pequena casa situada às margens do igarapé do Cedro, que corre para a Baía do Marajó e fica próximo do local onde os dois pescavam, no município de Colares.

Ainda segundo Jango, eles ficaram sob a mira de revólveres e espingardas por cerca de 24 horas e, na maior parte do tempo, com as pernas e braços amarrados. “Eles ficaram o tempo todo ameaçando, dizendo que se a gente ficasse olhando pra eles levaria uma bala na cabeça. E o tempo todo batendo no Ronaldo. Ainda me disseram que iriam me matar porque eu estava defendendo o Ronaldo”, contou”, contou Jango na live.

De acordo com Jango, a implicância dos piratas com Ronaldo se devia a um assalto anterior. Na última vez em que o colega foi roubado pelo grupo ele teria mentido sobre sua rede de pesca, que não estava velha, como havia afirmado aos piratas.
Moradores de Colares organizaram protesto contra ação dos ‘piratas’

Em dado momento, os criminosos teriam amarrado Ronaldo em um tronco e obrigado Jango a deitar o colega de bruços no chão da casa. Depois de roubarem os camarões da pescaria, redes de nylon, motores e alguns equipamentos de pesca, os bandidos libertaram a dupla. A condição era que eles só deixassem o local depois que a quadrilha já tivesse desaparecido no mar.

Jango e Ronaldo foram encontrados pela Polícia Militar à deriva na manhã de sexta-feira, já na cidade de Vigia. Segundo a PM, durante buscas na região foi encontrada uma arma de fogo calibre 36 em uma casa abandonada, para onde, provavelmente, as vítimas foram levadas e onde os criminosos se escondiam.

Enquanto a dupla estava sob o poder dos ‘piratas’, um grupo de pescadores e de moradores de Colares, que sabia do desaparecimento dos dois, organizou um protesto em frente à sede da prefeitura da cidade contra a ação de piratas na Baía do Marajó. Eles chegaram a atear fogo em pedaços de pau e pneus. Outro grupo partiu de barco para procurá-los, numa ronda que durou toda a noite.

Na live, Jango agradeceu a preocupação, mas, disse que os companheiros poderiam se dar mal caso encontrassem o cativeiro. “Se eles entrassem ontem no igarapé não ia prestar, ia ser só tiroteio. Deixa eu te dizer: eles colocaram um saco de balas aqui, um outro de lá, depois dividiram para todos, principalmente para os que vigiavam o igarapé”, contou.

O Liberal
21.08.21 16h04

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