Primeiro transplante alogênico de medula óssea do Norte é realizado em Belém

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Paciente Crislene Campos Miranda e equipe médica, acompanhada do hematologista, João Saraiva. (Foto: Divulgação)

Paciente tem 50 anos e foi diagnosticada com leucemia grave aguda.

No último dia 5 de maio, foi realizado o primeiro transplante de medula alogênico do Norte, em Belém. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24/05). O transplante alogênico é aquele em que o paciente recebe medula óssea de um doador, que pode ser parente ou não do paciente.

Quem recebeu o transplante foi Crislene Campos Miranda, paciente de 50 anos, em Belém, diagnosticado com leucemia aguda grave. “Trata-se de um transplante aparentado. É uma história muito bonita, pois a paciente possui oito irmãos, alguns somente por parte de pai. O doador compatível, o Luciano, é meio-irmão dela, morador de Xinguara, mas eles não se conheciam pessoalmente. Mesmo assim, ele topou fazer o exame de compatibilidade de medula. Ele veio para Belém e ficou muito feliz em poder ser o doador da Crislane”, afirma o hematologista responsável pelo transplante, João Saraiva.

O transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar pacientes com doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, erros inatos de metabolismo, mieloma múltiplo e doenças autoimunes. O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, para reconstituir uma medula saudável.

“O problema é que, apesar do Brasil ser o terceiro país no mundo em número de doadores, a chance de encontrar medula compatível é de uma em cem mil. Mais de 80 doenças tem indicações de realização de transplante de medula óssea para tratamento. Por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances dos pacientes”, afirma o hematologista.

O procedimento não requer cirurgia. “É um processo complexo, pois envolve a destruição temporária da imunidade do paciente. Fazemos uma quimioterapia para destruir as células cancerígenas. Por conta disso, o ambiente precisa ser o mais seguro possível. E o HSM [Hospital Saúde da Mulher] conta com todas as medidas que aumentam a segurança do paciente”, pondera o Dr. Saraiva.Após a decisão de doar a medula óssea, o primeiro passo é procurar o hemocentro mais próximo, onde o doador assinará um Termo de Consentimento Livre, informando que autoriza a realização do exame de compatibilidade, chamado de Antígeno Leucocitário Humano.

Para isso é feita uma pequena coleta de sangue, para identificação da identidade genética do paciente, que será, então, utilizada pelos bancos de medula óssea. O doador é anestesiado em centro cirúrgico e a medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções. O doador poderá retornar às suas atividades habituais uma semana após a doação.Aliás, para ser doador é necessário ter entre 18 a 55 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue.

Após o cadastro e a realização da coleta de sangue, o resultado será examinado para as devidas identificações genéticas, que serão incluídas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). As informações genéticas serão cruzadas com os dados dos pacientes. E, quando houver alguém compatível, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, outros exames serão solicitados.

“É de fundamental importância que a concentração de doação não seja apenas nas regiões Sul e Sudeste, como vem acontecendo, mas que seja expandida para todo o país.

A população brasileira é muito miscigenada e quanto maior a expansão, maiores serão as chances de se conseguir um doador de medula óssea. Se você já for cadastrado no Redome, lembre-se de manter o seu cadastro atualizado, para uma maior rapidez na realização do transplante. O cadastramento é um gesto muito simples e que traz esperança para muitas pessoas. Doar medula é doar vida. Dentro de poucas semanas a medula do doador estará totalmente recuperada”, finaliza o hematologista e coordenador do primeiro centro de transplante de medula óssea da Região Norte, João Saraiva.

Fonte: O Liberal  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/05/2024/07:57:02

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