Professora é espancada, torturada e tem cabelo cortado em Santarém, PA

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Vítima relatou que foi ameaçada de morte e viveu momentos de terror.
Mulher foi agredida em uma casa e depois deixada na estrada de Pajuçara.

Uma professora de 39 anos foi vítima de tortura, sequestro, cárcere privado e tentativa de homicídio por pelo menos cinco pessoas de uma mesma família em Santarém, no oeste do Pará, sendo três mulheres e dois homens. Em depoimento à polícia, a vítima, que preferiu não ser identificada, relatou que foi espancada seguidas vezes, teve o corpo perfurado por uma tesoura e ainda foi ameaçada de morte.

De acordo com a vítima, tudo teria acontecido depois que ela foi acusada de extorquir uma quantia de R$ 2 mil da família. Ela disse que um familiar se propôs a emprestar a quantia, mas o mesmo não teria informado aos outros membros. O pagamento do valor poderia ser feito as poucos, dependendo da viabilidade e conforme negociação feita anteriormente. O dinheiro do empréstimo serviria para dar entrada em um veículo.

Ainda em depoimento à polícia, a mulher disse que foi atraída até a casa de uma das agressoras na noite de terça-feira (24) no bairro Urumari. Ao chegar no local, a vítima foi convidada a ver um suposto doente que estava em um dos quartos da casa. Ao entrar no cômodo, ela foi trancada e surpreendida com as agressões e torturas.

Conforme o depoimento, um homem chegou a segurar a vítima para que as mulheres cortassem o cabelo dela. A vítima disse que foram momentos de pânico e terror nas mãos dos agressores. Além de ter o cabelo cortado, receber pancadas na cabeça, ser furada e mordida, ela recebeu cusparadas no rosto, no ouvido e na boca.

O filho de 14 anos também foi vítima dos agressores. Ele foi trancado em um carro e posteriormente deixado próximo a casa onde mora.
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A mulher também relatou que os agressores exigiam que ela confessasse que estava extorquindo o membro da família, identificado como pai dos suspeitos. Durante as agressões, tudo foi filmado por um dos integrantes. Em seguida, a vítima foi retirada da casa e levada  para a estrada que dá acesso à praia Pajuçara, onde, segundo ela, poderia ser morta. Durante a viagem e depois que chegaram ao local, a mulher continuou sendo agredida e ameaçada.
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Ela foi para a UPA-24h para receber atendimentos (Foto: Andressa Azevedo/G1)

A vítima teve o celular e o cordão de ouro roubados e ainda foi abandonada na estrada. Ela disse que buscou ajuda e procurou ajuda médica na Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA-24h), bastante debilitada, com cortes e hematomas, onde foi atendida por um médico. No Boletim de Urgência e Emergência da UPA-24h, o médico descreveu “vítima de tortura, apresentando várias escoriações e hematomas”.

Ela procurou o Ministério Público e denunciou o caso na 16ª Seccional de Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (25).

Por telefone, o vereador Dayan Serique, membro da família acusada das agressões, lamentou o ocorrido e informou que o advogado que cuidará do caso deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira.

Fonte: G1.
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