Soja vem tomando espaço das pastagens em Novo Progresso

image_pdfimage_print

Para as pessoas que percorrem a rodovia BR-163, saindo do estado do Mato Grosso sentido estado do Pará, ao entrarem no Município de Novo Progresso, o visual já começa a mudar. As lavouras de Arroz e Soja continuam tomando áreas que antes eram cobertas com pastagens para criação de bovinos.

Onde antes era pastagens, Cerca mostra novo cenario.
Onde antes era pastagem, Cerca mostra novo cenário-(Foto Jornal Folha do Progresso)

Os pecuaristas em sua maioria estão procurando alternativas e o caminho para muitos com as pastagens degradas e com a baixa no preço da carne, com os insumos caro, é investir na produção de grãos.

Mas nem todos conseguem migrar para os investimentos no campo. “Com o avanço na tecnologia na lavoura, os que já vêm cultivando comentam que a média de produtividade na região seja de até 65 sacas por hectare”.

As empresas Bunge, Bayer já anteciparam a compra no município, e alguns produtores já venderam soja para entregar em março/abril de 2017 na casa dos R$ 81 reais.

De acordo com o agrônomo consultado pelo Jornal Folha do progresso, a safra de grãos em Novo Progresso é viável, embora a realidade daqui é bem diferente do que outras regiões, com topografia diferente dificulta o investimento , que eleva um pouco o custo da produção. As terras têm que ser mecanizada e nivelada, é necessário de dois três anos para iniciar o plantio direto que da um retorno melhor ao produtor, disse.

Plantio Direto em Novo Progresso
Plantio Direto em Novo Progresso – (Foto Jornal Folha do Progresso)

Um dos motivos de  abandonar a pecuária, analisa o consultor, é a pressão da lavoura. Em algumas regiões, a indústria está pagando em torno de 67 reais a saca do soja, com o rendimento médio de 45 sacas por hectare,  preço do soja hoje , daria uma média de R$ 3015 por safra incompatível com o bovino que  para obter este rendimento por hectare é necessário aguardar os três anos para apurar este montante, restando ai um possibilidade de safrinha que seria um lucro extra ao produtor, comentou.

Outro fator, que soma para essa realidade, é a baixa na produtividade com as pastagens degradadas, os pecuaristas estão reduzindo o número de bovinos por hectare, com isto diminui a renda e o aumento no insumo, o pecuarista já vinha descapitalizando e com esse aumento de custo é preferível migrar para o plantio de grãos.

Quanto ao avanço de áreas plantadas com grãos, vem com incentivo na construção de novos armazéns para secar e armazenar os grãos, chama atenção dos que ainda estão indecisos, este fator  já viabilizou o plantio na região que antes só enxergamos curral e cerca agora é um novo tempo, nova  realidade, incluindo o ganho para economia local, argumenta.

A soja faz pressão e toma cada vez mais áreas de pastagens na região. Para exemplo temos a fazenda “Estância Medianeira” em Novo Progresso, o agricultor João Piran cultiva cerca de 1.200 hectares. A soja  já tomou conta da propriedade e só não vai tomar a área da pecuária na parte dobrada que é impossível de mecanizar, disse.

Quero fazer rotação, soja, arroz e milho, no final a pastagem para não deixar a terra descoberta, concluiu.

João Piran, já está ampliando os armazéns para estocar grãos,comecei com um agora estou construindo mais dois, para ano quero construir mais três, finalizou.

Por Jornal Folha do Progresso

Lavora de Soja em Novo Progresso-(Foto Jornal Folha do Progresso)
Lavoura de Soja em Novo Progresso-(Foto Jornal Folha do Progresso)

 “Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”

Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: