Tenente acusada de desvios de verbas na Ufra atua na FAB e no governo federal

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(Foto: Rogério Uchôa/Arquivo)-Uma tenente da Força Aérea Brasileira (FAB), que é sócia de uma casa lotérica no Pará e foi considerada foragida da Justiça após ter mandado de prisão preventiva decretado por suspeitas de desvios de verbas públicas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), trabalha normalmente no governo Federal, de acordo com reportagem do portal Metrópoles.

Operação investiga servidores e empresários que desviaram R$ 23 milhões da UFRA

Justiça revoga prisões de acusados na Operação Saldo Zero

A tenente Joely Patrícia Machado de Oliveira integra o quadro de oficiais temporários da Aeronáutica e foi investigada na operação Saldo Zero desencadeada pelo Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público do Pará e pela Polícia Federal em fevereiro deste ano.

Atualmente, Joely Patrícia dá expediente no Ministério da Defesa e integra a Sessão de Integridade da FAB — setor que trata das ações necessárias para manter a lisura na gestão pública.

Segundo a força-tarefa que apurou o caso, Joely Patrícia é sócia de uma casa lotérica no Pará para onde foram desviados recursos públicos da Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA). Ao todo, mais de R$ 23 milhões foram desviados da Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias (Funpea) entre 2014 e o ano passado.

A operação Saldo Zero cumpriu 18 mandados, sendo 11 de buscas e apreensões e sete de prisões no dia 27 de fevereiro. Na ação, cinco pessoas foram presas temporariamente e duas foram consideradas foragidas. Joely Patrícia foi uma das pessoas que não foi encontrada pela Polícia Federal,.

Desvios de verbas de fundo de pesquisa

A investigação começou em 2018 quando a reitoria da universidade denunciou que nenhum dos 16 projetos de fomento de avicultura, psicicultura, agricultura e para obras de saneamento básico em diversos municípios do Pará foi concluído.

Segundo os investigadores, repasses da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Ministério da Integração Regional para elaboração e implantação dos projetos foram desviados com apoio de servidores e ex-servidores.

Joely Patrícia atuou como presidente da Comissão de Licitação da Funpea e sócia da casa lotérica Nova Marituba, localizada no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém. A empresa foi aberta em abril de 2014.

Os sócios de Joely Patrícia, Ildenir do Carmo Vaz Vasques Silva (servidor da UFRA) e Jandira Pires Bessa (gerente financeira Funpea), chegaram a ser presos.

Um dia depois da prisão, o juiz da 4ª Vara Federal, Antônio Campelo revogou as detenções. Eles respondem o processo em liberdade.

teneteReprodução/CGU

Esquema milionário

Segundo a investigação, houve direcionamentos de licitações para empresas de sócios dos membros da própria fundação. Eles faziam saques de quantias grandes nas bocas dos caixas bancários, em lugar de repasse para contas bancárias, dificultando a rastreabilidade do recursos, entre outros atos de corrupção.

Somente uma empresa vinculada a ex-empregados teria recebido pagamentos que totalizam R$ 12 milhões para prestação de serviços de assessoria. Contudo, o cumprimento do contrato nunca foi comprovado.

Posicionamento

A reportagem do portal Metrópoles entrou em contato com o Ministério da Defesa e com a FAB. Em uma nota conjunta, os órgãos da defesa nacional confirmaram que Joely Patrícia dá expediente, mas não quiseram comentar o caso. “O Comando da Aeronáutica não se pronuncia sobre processos em andamento”, resume o texto.

O Metrópoles também  tentou contato com a tenente e sua defesa, mas, até a última atualização desta reportagem, Joely Patrícia ou seus advogados não haviam sido localizados. O espaço continua aberto a manifestações.

Joely Patrícia foi promovida a primeiro-tenente da FAB em agosto de 2017. Ela fazia parte do quadro de oficiais da reserva de 2ª classe. Ganhou a promoção por “critério de antiguidade”, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União. O salário médio para o cargo é de R$ 12,8 mil, segundo o Comando da Aeronáutica.

(Com informações do portal Metrópoles)

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