Vídeo: veja o momento em que o senador Cid Gomes foi baleado por policiais

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O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na tarde de ontem, em Sobral (a 270 km de Fortaleza), ao avançar com uma retroescavadeira contra o portão de um quartel tomado por policiais militares que fazem motim por reajuste salarial.(Foto:Reprodução)

Segundo o ex-governador do Ceará e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), irmão de Cid, o senador levou dois tiros, mas não corre risco de morte.

O Hospital do Coração da cidade, onde o senador foi internado, disse que Cid foi vítima de ferimento por arma de fogo em região torácica. Afirmou ainda que ele apresentava boa evolução clínica, estando “lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos”.

Cid Gomes, que tem 56 anos e está licenciado do Senado desde dezembro para atuar nas eleições municipais no Ceará, dirigia a retroescavadeira e tentou investir contra o portão do batalhão tomado por PMs. O trator foi alvejado e teve os vidros estilhaçados.

Veja o vídeo:

Sobral é a base eleitoral de Ciro Gomes e Cid, que apoiam o governador Camilo Santana (PT) e, nacionalmente, fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Cid foi governador do estado em momento semelhante de crise com a PM, em 2012.

Pelas redes sociais, Camilo Santana classificou como “inaceitável” o que chamou de “extrema violência” praticada “por um grupo de policiais mascarados, amotinados num quartel”. O governador petista informou que pediu reforços ao governo federal. “Reforço que já havia solicitado formalmente apoio de tropas federais para o Ceará aos ministros Luiz Eduardo Ramos e Sergio Moro, para uma ação enérgica contra essas pessoas que têm agido como criminosos. Esses crimes não ficarão impunes”, afirmou Camilo.

FLÁVIO CRITICA

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que Cid teve uma “atitude insensata” ao tentar entrar no quartel da PM. “[Ele] tenta invadir o batalhão com uma retroescavadeira e é alvejado com um projétil de borracha [depois se confirmou que os tiros foram de arma de fogo]. É inacreditável que um senador da República lance mão de uma atitude insensata como essa, expondo militares e familiares a um risco desnecessário em um momento já delicado”, afirmou Eduardo.

Ciro Gomes rebateu a declaração do filho do presidente Jair Bolsonaro. “Deputado Eduardo Bolsonaro, será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro.”

Após ser baleado, o senador foi retirado por pessoas que o acompanhavam, consciente e andando, e levado ao Hospital do Coração de Sobral.

Ele foi transferido à Santa Casa de Misericórdia da cidade, onde passou por tomografia. O exame não constatou alterações neurológicas ou cardíacas, e o senador retornou ao Hospital do Coração, onde permanece internado até alta médica.

Nas redes sociais, Ciro Gomes disse que as balas não atingiram órgãos vitais “apesar de terem mirado seu peito esquerdo”. “Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei”, afirmou.

No início da tarde, Cid Gomes avisou por meio de rede social que chegaria em Sobral para tentar negociar o fim do motim dos policiais militares.

Antes de levar os tiros, o senador se dirigiu até o portão de entrada do batalhão tomado pelos PMs. Com um megafone, deu cinco minutos para que eles saíssem do local. Vídeo foi gravado por pessoas que estavam presentes. “O movimento de vocês é ilegal. Vocês têm cinco minutos para pegarem os seus parentes, as suas esposas, os seus filhos e sair daqui em paz. Cinco minutos, nem um a mais”.

Depois de dar o ultimato, alguns manifestantes se aproximaram do portão gritando que ele não tinha autoridade para determinar a retirada e uma confusão começou. Cid levou um soco e recuou. Depois da confusão ele subiu na retroescavadeira e avançou sobre o portão, quando levou os dois tiros, além de pedradas.

Desde a noite de terça-feira (18), PMs fazem motim contra a proposta de reestruturação salarial feita pelo governo Camilo Santana. Em 2017, os ministros do Supremo Tribunal Federal confirmaram a proibição das paralisações de servidores que atuam na segurança pública. A regra serve para agentes das polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal e do Corpo de Bombeiros, além de funcionários das áreas administrativas.

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Por:FOLHAPRESS

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