Visitas serão suspensas no Anastácio das Neves após greve de servidores presos

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Central abriga servidores públicos condenados (Foto:Tarso Sarraf/O Liberal)

Segundo a Susipe, internos estão se recusando a voltar para celas de noite

Internos do Centro de Recuperação Especial Coronel Neves (CRCAN), unidade do Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará para detenção de servidores públicos, iniciaram uma paralisação no presídio nesta semana. A greve dos internos, que ocorre há pelo menos três dias, só foi confirmada hoje pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), por meio de comunicado oficial.

Segundo informações da Diretoria de Administração Penitenciária (DAP) os detentos estão indo para audiências, banho de sol, atendimentos social, psicológico e de saúde, contudo, não estão se recolhendo em suas celas no período da noite.

Um texto que, supostamente, seria de apoiadores do movimento grevista e elenca os motivos da paralisação circula desde domingo (23) nas redes sociais. Procurada ontem (24) pela Redação Integrada de O Liberal, a assessoria de comunicação da Susipe enviou a seguinte nota, negando a paralisação:

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) informa que o Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves (CRCAN) está operando dentro da normalidade.

Contudo, nesta terça-feira (25), um comunicado publicado no site da Superintendência confimou que a paralisação na unidade ocorre há dois dias.

De acordo com relatos do texto viral, a greve se deve ao fato de uma nova portaria do Governo do Estado proibir a entrada de alimentos na casa penal e, segundo eles, a comida servida no complexo não seria boa o suficiente. A portaria a qual eles se referem é a nº 514/2019, em vigor desde o último dia 20.  Segundo a Susipe, a nova regulamentação de ingresso de alimentos e objetos nas unidades penais tem o propósito não somente de padronizar e atualizar o procedimento dos estabelecimentos prisionais do estado, mas também reforçar os protocolos de segurança necessários ao regular andamento ambiente penitenciário.

Além da questão dos alimentos, os internos do CRECAn também estão reivindicando outro local para cumprirem suas penas, pois segundo eles, o presídio vive sofrendo várias ameaças de invasão por parte de outros criminosos, por abrigar policiais e outros servidores públicos. Segundo um texto divulgado por apoiadores da greve, os internos dizem que as mulheres e demais pessoas que os visitam são ameaçadas pelos visitantes de outros internos de outras casas penais do complexo, já que muitos que cumprem pena no Crecan são policiais.

Sobre a paralisação, a diretoria de unidade informou que os agentes prisionais e o Batalhão de Polícia Penitenciária (BPOP) estão atentos em caso de qualquer alteração dentro da casa penal. Além disso, a Diretoria de Administração Penitenciária vai suspender temporariamente a visitação nesta unidade.

Por:Caio Oliveira

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