António Oliveira elogia entrega do Corinthians, lamenta derrota e diz: “Jamais desistiremos”

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António Oliveira, técnico do Corinthians, no jogo contra a Ponte Preta — Foto: Marcos Ribolli

Treinador aprova rendimento do Timão, que se complicou mais no Paulistão: “Estamos indo contra o relógio, contra o tempo”.

O resultado foi lamentado, mas o desempenho do Corinthians na derrota por 1 a 0 contra a Ponte Preta, neste domingo, na Neo Química Arena, foi motivo de elogios do técnico António Oliveira.

Em entrevista coletiva, o comandante do Timão destacou a produção da equipe, ressaltou que o Timão segue vivo no Paulistão e disse ter uma “confiança enorme no futuro”.

– Há dias como costumamos dizer que poderíamos ficar aqui o dia todo que dificilmente iríamos marcar. Mas há de ressaltar que independentemente de estarmos tristes pela derrota, a análise que se faz é no número de gols marcados e sofridos. Nessa justificativa, o adversário foi melhor que nós. Apesar de eu já ter dito aos meus jogadores, dei os parabéns não pelo resultado, mas pela entrega. Eu pedi a eles para dar tudo e eles entregaram-se de corpo e alma a esta causa. Fizeram tudo e mais alguma coisa em uma sequência de jogos que tem sido dura.

– Em alguns momentos sentimos que alguns jogadores estavam algo desgastados. Depois… isso reflete-se muito principalmente em tomadas de decisão. Em alguns momentos tivemos pouco discernimento, mas digo que estou orgulhoso dos meus jogadores, entregaram-se na nossa forma de jogar e naquilo que é procura de uma hipotética classificação. Como já disse que alguns tempos atrás falava-se em outro tipo de situação, agora estamos a falar de classificação. Estamos indo contra o relógio, contra o tempo, mas o que disse e sempre digo é que jamais desistiremos e no fim fazemos as contas – afirmou António Oliveira.

O Corinthians está na lanterna do Grupo C no Paulista, com 10 pontos e sendo quatro atrás do primeiro time na zona de classificação, que é a Inter de Limeira.

A equipe de Limeira tem um jogo a menos e tem a possibilidade de eliminar o Timão na quarta-feira, caso vença o São Paulo, em Brasília, em jogo adiado da quinta rodada do torneio estadual.

– Eu sempre disse que… e a partir do momento que cheguei, que a primeira preocupação é o treino e depois o jogo, depois faremos as contas finais. Sempre disse que nós andamos contra o relógio, é evidente que foram por culpa dos jogadores, que alimentaram novamente esse sonho de classificação. Quando cheguei falava-se de outro tipo de situação que era o rebaixamento e portanto repare que o futebol é fértil e por isso que é apaixonante. Muda rapidamente de frustração para a euforia.

– Aqui não vamos desistir, vamos continuar a trabalhar, precisamos crescer muito coletivamente e individualmente. Foram poucos treinos, porque a recuperação é importante, mas o rendimento me deixa satisfeito e com uma confiança enorme no futuro – disse o português.

O Corinthians tem mais dois jogos para disputar na primeira fase do torneio estadual: Santo André (dia 2, em casa) e Água Santa (dia 10, fora de casa).

Veja outros trechos da entrevista coletiva de António Oliveira:

Garro

– O posicionamento do Garro é de acordo com as dinâmicas ofensivas da nossa equipe, portanto comporta-se como peço. Se achou que o Garro estava muito longe, foi porque eu pedi, portanto… e nessa perspectiva nós jogamos em um jogo posicional muito forte e cada um ocupa seu espaço e quando os abandona, alguém os vai ocupar, portanto é preciso olhar e perceber as dinâmicas que se criam e o que o jogo e a equipe está a pedir. Isso é mais desafiador para quem está de fora porque não percebe aquilo que nós trabalhamos.

Falta de produtividade para um elenco com folha milionária

– Relativo a segunda questão, a equipe fez tudo e mais alguma coisa para podermos marcar gol, portanto acho que… costumam dizer que os orçamentos não ganham jogos, portanto, porque se não nem precisávamos vir aqui ao campo enfrentar a Ponte Preta. Temos que ter muito respeito. Houve muito volume da nossa parte, mas a sequência de jogos pesou um pouco. Mas de qualquer forma não foi isso que acaba por ser determinante. A equipe criou, teve ocasiões suficientes para ter outro placar, hoje não era nosso dia.

Tempo para descanso e trabalho

– Evidente que primeiro vai dar para recuperar os jogadores, sobre o ponto de vista físico, porque a sequência tem sido forte e nós queríamos estar dentro de todas as competições e felizmente ainda estamos. Sabemos da dificuldade que é mantermos no Paulista, mas não vamos em nenhum momento desistir. Depois, com mais dias de trabalho, dará para trabalhar com mais tempo, mais detalhe, dentro das situações de fase ofensiva e defensiva, temos tido mais situações coletivas, vamos tentar trabalhar sobre situações inter-setoriais e setoriais para trabalhar cada momento do jogo.

– O que queremos também e independentemente de haver uma sequência de jogos, essas sequências também nos dá rotinas e isso é fundamental para aquilo que é o resto da temporada, porque o caminho é longo. É percebemos o que queremos e estamos a fazer, e o que eles tem feito até agora têm sido fantástico e estão de parabéns.

Saldo do goleiro Carlos Miguel

– Para mim são todos importante e depois de acordo com aquilo que é a semana de trabalho as semanas serão feitas. Ainda estamos tão longe do próximo jogo que acho que ainda é prematuro estarmos a falar dessa situação. O importante é que eu confio em todos do plantel e nesse caso estamos a falar na posição específica do goleiro. Confio em todos, sem exceção.

Como trabalhar a cabeça dos jogadores

– Acho que o importante é estarmos de consciência tranquila de que demos tudo. Independentemente de nós criarmos esse volume, os jogadores acabam por tentar criar e retratar o que pedimos e trabalhamos dentro daquilo que é o pressuposto dentro do nosso jogar que lhes propusemos. Se as coisas não acontecessem, se acabássemos com cinco finalizações, três, ou com uma posse de bola idêntica, aí sim me preocupava.

– É evidente que para ter sucesso e ficarmos mais felizes o gol é o êxtase do jogo, portanto é o objetivo, mas acabamos por retirar do adversário aquilo que era forte, principalmente a transição, fomos muito equilibrados e em nenhum momento praticamente nós jogamos no meio de campo, o outro não existiu portanto. E isso também deve-se muito ao comportamento da equipe no momento que ela entra em zona de criação nós estarmos equilibrados e retirarmos a possibilidade do adversário poder transitar porque sabíamos que eram duas possibilidades: transição ofensiva ou bola parada.

– Acabamos por numa situação sermos surpreendidos e o gol ser precedido de uma não falta, mas em nenhum momento vou me escudar no árbitro, apesar de eu acho que primeiro teve essa e depois esse tipo de árbitro é o tipo de árbitro que não gosta do jogo porque deixa apitar muito, muitas paradas, porque é preferível para ele o jogo estar parado. Porque se estiver a andar, vai ter que decidir, e como decide mal, prefere fazer dessa forma. Só estou a dar um perfil do árbitro que nós tivemos e já me apitou até na Série A, mas é preciso que…. o gol é precedido de uma não falta. É preciso ficar bem claro.

– Depois é dizer que estamos satisfeitos com a produção dos jogadores, eles estão sendo fantásticos. Estamos tristes, muito tristes, de não ter tido o resultado que nos possibilitava, porque foram eles os responsáveis por dar uma nova alma e uma possibilidade que estava quase remota e morta para toda a gente, portanto foram eles que alimentaram as pessoas. Estou muito feliz por eles. Estamos tristes, frustrados pelo resultado, um clube como o Corinthians tem que ganhar constantemente, há uma coisa que eles fizeram e que retrata muito que é corintiano, deram tudo, entregaram de corpo e alma e estão de parabéns. Isso nos dá confiança para o futuro. E não em um momento vai nos retirar a possibilidade ou nos colocar lá em baixo, dá cada vez mais razões para acreditar.

Yuri volta 100% ou no sacrifício?

– Vou responder a segunda. Os jogadores aqui jogam se estiverem 100%, se estiverem 99%, ficam em casa porque não vão poder ajudar. Nessa perspectiva, a decisão de incluir o Yuri foi porque ele estava clinicamente apto para nos ajudar.

Como enxerga o apoio da torcida

– Relativamente à torcida já me sobram poucas palavras para classificar a forma como essa gente nos apoia. Quero agradecer a eles pelo apoio enérgico do início ao fim e é o que digo sempre… durante os 90 minutos apoiem, porque vai valer a pena, e no final fazem o juízo final. Nós queríamos os três pontos, queremos nos classificar, posso dizer que fazemos as contas, mas queremos classificar, o Corinthians quer estar nas decisões.

– Depois fez o juízo de que os jogadores deram tudo e por isso estão de parabéns. Agradecer a presença deles, foram fantásticos. Tristes por não oferecermos o que queriam. Mais do que jogar bem, queremos ganhar, mas temos uma torcida que sabe reconhecer quando existe uma entrega total de seus jogadores. Estamos muito felizes pela postura deles, continuam a dar tudo para na próxima vez ganharmos o jogo.

Lições que tira da partida

– Sabe que os números muitas das vezes dizem aquilo que é do jogo, mas não espelha em resultado final o que foi o mesmo…

– Quando falamos em finalizações é preciso analisar para onde elas foram. Se fossem 29 finalizações e 29 ao gol, eu diria de certeza que o goleiro deles amanhã estava contratado por um clube qualquer. Nessa perspectiva, temos que sermos assertivos principalmente nos últimos 30 metros, ter um bocadinho mais de critério, que isso pode eventualmente ter pesado, principalmente em jogadores que tenham uma carga nos últimos jogos. Pode ter pesado e se calhar o rendimento hoje foi um bocadinho abaixo.

– A intensão de fazer as coisas bem, de querer aprender e estarem imbuídos dessa forma de jogar, para mim como treinador me deixa muito satisfeito e confiança para o futuro. Há muito o que trabalhar, o caminho é longo, temos muitos jogos pela frente e queremos estar preparados cada vez mais.

– Reduzir cada vez mais a imprevisibilidade do jogo, olhar para os erros e evoluir é não voltar a cometer os mesmos. A única coisa que vamos trabalhar é sobre aquilo que conseguimos controlar e nessa perspectiva vai dar nessa situação para recuperar e trabalhar o que não pudemos trabalhar para evoluir cada vez mais o nosso jogo.

Fonte: Ge Esportes e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/02/2024/02:42:21

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