Arrecadação no Pará chega a mais de R$ 970 milhões

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Já entre janeiro e agosto deste ano, o montante foi de R$ 7,8 bilhões, contra R$ 7,2 bilhões do mesmo período de 2018, um crescimento nominal de 7,69% e aumento real de 3,59% (Foto:Reprodução)

Dados divulgados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) no Pará mostraram que a arrecadação dos impostos e contribuições no Estado atingiu a cifra de R$ 975,8 milhões em agosto deste ano, contra R$ 996,9 milhões no mesmo período do ano passado. Isso representa uma variação nominal de -2,12% e, consequentemente, retração real de 5,36%.

Com esses números, a participação do Pará na arrecadação da 2ª Região Fiscal, composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, foi de 32,55% no mês de agosto deste ano e de 33,98% no mesmo mês do ano passado. Em toda a região, a arrecadação atingiu R$ 2,9 bilhões em agosto de 2019, contra R$ 2,7 bilhões em igual período de 2018, registrando expansão nominal de 7,76% e avanço real de 4,19%.

Em um cenário oposto, no acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o número alcançou o montante de R$ 7,8 bilhões, contra R$ 7,2 bilhões do mesmo período de 2018, um crescimento nominal de 7,69% e aumento real de 3,59%. Na avaliação do economista André Cutrim, os resultados demonstram que a economia do Pará tem se equilibrado diante do contexto de recessão econômica que afeta todo o Brasil.

Segundo ele, a gestão estadual busca enquadrar o montante financeiro em um estágio de equilíbrio das contas públicas e de contribuição na economia local. “Os resultados são expressivos e mostram um esforço por parte da administração estadual, com perspectivas de criar indução de emprego muito maior, por conta da reserva de valores obtida na arrecadação”, disse.

Ainda de acordo com o levantamento, o desempenho da arrecadação regional no mês de agosto e no acumulado do ano se deu a partir da expansão de 3,40% em julho deste ano e retração de 3,10% no acumulado de 2019 na produção industrial do Estado em relação aos mesmos períodos de 2018; aumento da massa salarial, na casa dos 2,16% em julho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e de 2,34% no acumulado do ano, em relação ao mesmo intervalo de 2018.

Também houve crescimento de 2,54% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que regula a inflação, no acumulado de 2019; saldo positivo de 2.998 em julho deste ano e de 363 no acumulado entre janeiro e julho, de empregos, na diferença entre demitidos e contratados; e evolução de 5,70% e de 6,40%, respectivamente, em julho de 2019 e no acumulado do ano, comparado com os mesmos períodos de 2018, na receita nominal de vendas no comércio varejista do Pará.

Para Cutrim, o Pará conseguiu pavimentar de forma muito sólida o caminho necessário para obtenção de importantes resultados do Produto Interno Bruto (PIB), não só do ponto de vista do desenvolvimento do setor industrial como também do agronegócio. “Nesses termos, o Estado acaba gerando um efeito multiplicador que reverbera não só no aumento da renda, mas no consumo e, principalmente, na geração de empregos”, comentou.

De acordo com o economista, a maioria dos problemas econômicos do Brasil gira em torno das massas de desempregados. “Se o Pará trabalhar para criar as condicionantes macroeconômicas de médio e longo prazo, acaba tendo um ganho para estimular investimentos externos na região. Com isso, se provoca estabilidade econômica e se ataca o principal ponto, mais crucial, que é a alta taxa de desemprego”.

Para o futuro, a expectativa de Cutrim é positiva, sobretudo porque, segundo ele, o Pará tem passado uma mensagem de baixo risco e de baixa incerteza para os investidores, e garantindo que o retorno é certo.

Vale ressaltar que existe uma inconsistência na pesquisa, segundo informações da própria RFB. Isso porque a arrecadação do setor de atividades de serviços financeiros passou a ser alocada na 8ª RF e, portanto, a arrecadação de agosto do ano passado, no Pará, está elevada em R$ 72,4 milhões, valor que será excluído da base de arrecadação da 2ª RF para efeito de análise. Desta forma, a arrecadação de agosto de 2019, na verdade, apresenta incremento nominal de 6,20% e real de 2,68%, se forem desconsiderados os valores mencionados. Já no acumulado do ano foram excluídos R$ 750 milhões relativos ao setor.

Por:Elisa Vaz

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