Bandidos impõem o terror no Pará

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Não bastassem os assaltos e homicídios que há bastante tempo vêm colocando Belém no topo dos rankings de violência do Brasil, os paraenses estão passando por momentos de desespero desde a última quinta-feira (26), quando foi iniciada uma onda de incêndios a ônibus urbanos na Região Metropolitana de Belém (RMB). Em apenas 48 horas, já são contabilizados sete incêndios a ônibus, motins em quatro unidades prisionais da RMB, uma inocente morta dentro de casa vítima de bala perdida, assalto com refém no bairro do Marco e um roubo a banco em São Félix do Xingu, no Sul do Pará.

Destacando que pesquisas recentes já vinham apontando o crescimento da violência no Estado – como a divulgada em janeiro deste ano que apontou que a capital paraense subiu cinco posições no ranking das cidades mais violentas do planeta no ano de 2014, o especialista em segurança pública, Ronald Portal, teme que os momentos de terror vivenciados nos últimos dois dias venham a se tornar rotina. Para o especialista, é fundamental que os governos se façam mais presentes para tentar prevenir e controlar novos atos de violência. “A segurança pública é trabalhada isoladamente das demais e precisa estar tudo interligado. A ausência do Estado em algumas áreas fundamentais é o que propicia essa ‘evolução’ da violência. A gente vem acompanhando o que os estudos, as pesquisas vêm apontando”, acredita. “Até pouco tempo atrás não se imaginava que aconteceria uma situação de incêndio a ônibus em Belém e agora olha o que estamos passando. Se nada for feito, vai acabar virando rotina”.

Ciente da urgência de integração entre os diversos órgãos de segurança pública e as demais áreas que exercem influência sobre a violência, Ronald Portal, acredita que alguns dos cenários vivenciados atualmente poderiam ser previstos, caso se fizesse um trabalho maior de planejamento e análise dos crimes que vem acontecendo. “Batendo de novo na tecla da gestão integrada da segurança pública, muitos casos são possíveis de se prever e prevenir. O Estado não toma as devidas medidas, a chamada prevenção não é levada a sério”, reforça. “Pela própria sensação de impunidade, a população acaba não fazendo registro das ocorrências. Por falta de registro, pode se criar a falsa ideia de que diminuiu a quantidade de crimes, mas não diminuiu. O que não se pode fazer é usar as estatísticas de forma a maquiar a realidade que está aí”.

Agentes são feitos reféns no CRPPI, em Americano

Após vários motins nas casas penais de Belém e região metropolitana, no último sábado, 28, foi a vez do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará I (CRPPI), no complexo de Americano, em Santa Izabel. De acordo com informações da Superintendência do Sistema Penal do Estado (Susipe), pelo menos três funcionários foram feitos reféns. Simultaneamente com o ato, as esposas dos detentos interditaram a BR-316 protestando por melhorias.O motim teria iniciado às 6h, quando estava sendo entregue o café da manhã dos internos. No momento, um dos servidores foi pego de refém, e iniciou o ato.

O Sistema Penal também informou que as equipes da Polícia Militar e representantes da Susipe estiveram no local e negociam a liberação dos reféns. O Sistema confirmou também, que ninguém ficou ferido, além de não ter registro de mortes, como os parentes de presos haviam mencionado, no início do motim.Os internos solicitaram a presença do juiz da 1ª Vara de Execuções Penais de Belém, Cláudio Rendeiro, no local. Com a chegada do magistrado, um grupo de cinco representantes de familiares dos detentos foi encaminhado ao CRPP I para auxiliar nas negociações. Até na manhã de sábado, os internos envolvidos na situação, não tinham apresentado as suas reivindicações formais à Superintendência, porém, nos atos anteriores, a superlotação e os maus tratos foram os principais questionamentos. Após a chegada do juiz, houve acordo entre todas as partes e os agentes foram liberados.Enquanto ocorria o motim, os familiares e as esposas dos detentos, novamente voltaram a interditar a rodovia BR-316, para manifestar e pedir que a integridade dos internos fosse resguardada. Durante o protesto, as mulheres incendiaram pneus, pedaços de madeiras e bloquearam totalmente a via, no sentindo Castanhal- Belém.A Superintendência informou que o trecho, em frente ao Complexo Penitenciário de Santa Izabel, foi liberado por volta das 10h30. Durante a semana passada, esta teria sido a terceira vez que elas interditam a rodovia. Além de pedir pela vida dos internos, as esposas e mães reivindicavam melhores condições de sobrevivência dentro da casa penal e pela superlotação. O presídio possui oito pavilhões e comporta 780 detentos. No entanto, atualmente cerca de 1100 ocupam o local.

DENÚNCIA

Durante a manhã do último sábado, uma pessoa entrou em contato com o DIÁRIO se identificando como servidor do Sistema Penitenciário do Estado há mais de 20 anos e falou sobre a situação dentro dos presídios do Estado, principalmente do Complexo de Recuperação Penitenciário do Pará I (CRPP I), onde foi registrado um motim no final da noite da última quinta-feira. O agente penitenciário, que teve o nome preservado por motivos de segurança para evitar qualquer tipo de represália, já trabalhou no CRPP I e acredita que, pelas condições apresentadas no presídio, a situação de caos já era prevista.“Nós temos uma ditadura, não se pode nem abrir a boca para falar qualquer coisa. Qualquer funcionário está proibido de falar com a imprensa e contar o que está acontecendo. O funcionário que falar com a imprensa vai pra rua. A polícia está atirando em pessoas que não tem como se defender lá dentro e não é só com bala de borracha não. O que estão reivindicando é que acelere o julgamento porque tem preso provisório lá que já está há anos esperando julgamento. Ali dentro é um inferno, as pessoas convivem com ratos, fezes. O Governo teve todas as chances de ajeitar aquilo lá. Eu trabalhei seis anos lá, tenho 20 anos de Sistema Penal e sei que isso aí era previsto pela situação que é aquilo ali. Quem segura as casas penais são os agentes penitenciários e eles são totalmente desvalorizados. Não temos segurança nenhuma pra trabalhar”

População com medo de ir às ruas

Quem teve que ir até as paradas de ônibus durante a manhã de sábado na Grande Belém admitiu que sentiu medo em ficar no local. “O único lugar que ainda poderíamos ter um pouco de segurança era dentro dos ônibus agora nem nos coletivos a segurança existe”, disse a estudante Manuela Mendes que aguardava por um ônibus em Marituba. Ao longo de toda a BR-316 sentindo Belém – Marituba as paradas de ônibus, que costumam estar lotadas no inicio da manhã, quase não abrigavam ninguém.A população ficou em pânico após a onda de violência que tomou conta de Belém nas últimas 48h. No Bairro Águas Linda,s próximo do local onde o último ônibus foi incendiado por bandidos, o clima era de insegurança. O vigilante Elivaldo Santos disse que infelizmente precisa do transporte público para se locomover. “Eu preciso do ônibus pra chegar até meu local de trabalho mais confesso que todos os dias tenho medo, por conta de assaltos. Teve esse acidente, queimaram o ônibus, estamos apavorados. E se tivesse alguém dentro? As autoridades precisam fazer alguma coisa pra mudar isso”, desabafou.

(Diário do Pará)Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

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