Com altos índices, Santarém está entre municípios prioritários no combate à tuberculose

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Nos últimos cinco anos, o município teve mais de 600 registros, apontou a Sespa. No 1º semestre de 2017, 51 casos já foram contabilizados. Diagnóstico e tratamento são feitos pelo SUS.

No Brasil, apesar de ser uma patologia com tratamento gratuito, a tuberculose é uma das doenças infectocontagiosas que mais acomete as pessoas. Ela também é uma das que mais têm registros de mortes em território nacional. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), Santarém, no oeste do Pará, é um dos municípios prioritários no combate à doença devido aos registros de pessoas diagnosticadas.

Nos últimos cinco anos, foram registrados 695 casos notificados à Sespa. A maioria dos casos é de pessoas que moram em bairro periféricos do município. (Veja o gráfico)

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De acordo com a coordenadora regional de tuberculose da Sespa, Andreia Leite, as pessoas achavam que a doença havia sido extinguida no território nacional, tornando-se um mito. Porém, para conscientizar a população, o Ministério da Saúde chegou a lançar a campanha “Tuberculose Existe. Tuberculose tem cura”.

“Ainda hoje as pessoas continuam adquirindo a tuberculose e continuam morrendo pela doença. É muito fácil diagnosticar, infelizmente as pessoas ficam andando de um serviço para o outro sem o diagnóstico específico; outros não aceitam o diagnóstico, mas a doença tem a possibilidade de cura”, disse Andreia.

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem o tratamento e os medicamentos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda segundo Andreia, apesar do exame ser disponibilizado durante todo o ano, é somente no período de campanha que são registrados mais casos.

A doença

A tuberculose é uma doença provocada pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra pelo ar por meio de partículas eliminadas na respiração, espirro e tosse. A doença aparece quando o bacilo chega aos pulmões e provoca uma inflamação nos tecidos à sua volta. Em resposta, o pulmão produz muco, o que leva à tosse.

Os sintomas iniciais são febre baixa, cansaço, mal estar, fraqueza, tosse, dor no corpo, suor noturno e falta de apetite. Ao longo do tempo, o mal estar se acentua, o paciente emagrece e a tosse persiste, podendo ocorrer com sangue. A doença também pode atingir outros órgãos. O diagnóstico é feito com raio-X e exames de escarro.
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O tratamento deve ser feito sem interrupção por no mínimo seis meses. A vacina BCG, indicada para bebês e crianças de até cinco anos de idade, previne contra as formas de tuberculose mais graves.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está em 20º lugar no ranking dos países com maior número de casos de tuberculose no mundo. Em 2015, foram registrados quase 67,8 mil novos casos no Brasil e 4,6 mil mortes pela doença.

No fim de junho, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose que leva em conta a questão dos indicadores socioeconômicos das cidades como norteadores de políticas públicas contra a doença.

Ações individuais

Além das políticas públicas, ações individuais também podem reduzir o risco de propagação da tuberculose. A primeira coisa a ser feita é não negligenciar o sintoma da tosse. Caso ela persista por mais de três é preciso buscar ajuda médica.

Uma vez diagnosticado, é importante que o paciente faça o tratamento até o final, pois, em alguns casos, as pessoas abandonam o tratamento após notarem melhora no quadro clínico.

Fonte: G1 Santarém.
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