Dívida pode ter motivado assassinato do prefeito de Colniza (MT), segundo delegado

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A Polícia Civil do Mato Grosso está investigando se o assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes (PSB), está relacionado a uma dívida, segundo o delegado Caio Álvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá. Três suspeitos presos ontem por envolvimento no crime foram indiciados neste domingo pelo crime de homicídio qualificado.

“Continuamos as investigações para esclarecer a motivação, principalmente, o rol de mandantes. Sobre a motivação, tudo indica que seria dívida. É uma linha de investigação. Vamos continuar os trabalhos hoje para ver o que se apura a mais”, disse o delegado Albuquerque à imprensa.

Prefeito Assassinado Esvandir Antonio Mendes (PSB)
Prefeito Assassinado Esvandir Antonio Mendes (PSB)

A polícia não deu mais detalhes sobre a investigação. Não esclareceu, por exemplo, se Mendes estava diretamente ligado à suposta dívida ou se seria credor ou devedor.

O crime aconteceu na sexta-feira, quando o prefeito voltava de uma viagem de Cuiabá a Colniza dirigindo um Toyota SWA. Também estavam no carro o secretário de Finanças do município Admilson Ferreira dos Santos, 41, a primeira dama e o genro do prefeito.

Quando estavam a cerca de 7 quilômetros de Colniza, eles passaram a ser perseguidos por um grupo de criminosos em um veículo SUV preto. Os suspeitos atiraram contra o carro e balearam o prefeito e o secretário. A primeira dama e o genro do prefeito não se feriram.

Mendes ainda conseguiu dirigir ferido, mas acabou morrendo no perímetro urbano da cidade, na rodovia BR 174.

O secretário foi atingido na perna esquerda e nas costas e levado a um hospital.

No sábado, a Polícia Civil localizou e prendeu três suspeitos: Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva. Eles estavam em um carro viajando entre as cidades de Juruena e Castanheira. No veículo havia R$ 60 mil em espécie – que seria o pagamento pelo assassinato.

Os três foram indiciados neste domingo (17) por homicídio qualificado – pelo crime ter sido praticado por motivo fútil, pelo pagamento que os suspeitos receberam e eles terem impossibilitado a defesa da vítima. Os três devem responder ainda por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário.

O UOL tentou entrar em contato com os advogados de defesa dos suspeitos, mas eles não foram localizados.
Reprodução/Facebook Prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes (PSB)

Segundo o delegado, o dinheiro encontrado no carro pertenceria ao suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto, que é empresário em Colniza, no ramo de combustíveis e táxi aéreo. O policial afirmou que Rodrigues Neto permaneceu em silêncio durante o interrogatório, mas os outros dois suspeitos teriam confessado o crime. A polícia suspeita que os suspeitos que responderam ao interrogatório teriam agido como pistoleiros contratados.

A investigação tenta agora descobrir se Rodrigues Neto foi o mandante do crime, além de ter participado do assassinato, e se foi ajudado por mais pessoas.

Duas das armas usadas no crime, um revólver calibre 38 e uma espingarda de calibre 22 com numeração raspada foram encontradas pela Polícia Militar dentro de uma bolsa no mato. As armas estavam a cerca de 15 km de Colniza, onde a caminhonete usada no ataque foi abandonada. Uma pistola ainda teria sido jogada dentro de um rio.

Conhecido como Vando, o prefeito tinha 61 anos e, além de político, era empresário do setor de transportes. Ele era proprietário de uma empresa de ônibus. Nas eleições de outubro de 2016 foi reeleito com 51,14% dos votos.

Por FOLHA UOL
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