Doações de órgãos no PA ainda são poucas

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Em 2016, foram realizados no Pará 195 transplantes de córnea e 57 transplantes de rim. Em contraponto, em maio deste ano, a fila de espera no Estado era de 1047 pessoas para a córnea e 542 para o rim. A desproporção se explica pela quantidade pequena de doação no Estado, que se dá por vários fatores, dentre eles a falta de cultura e informação da população. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o processo não é nocivo e pode salvar a vida de milhares de pessoas.

De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes do Pará, Ana Beltrão, a doação começa nos hospitais, quando há o diagnóstico de morte nos pacientes. Em casos onde o coração parou, o único órgão que pode ser aproveitado é a córnea dos olhos. Mas nos casos de morte encefálica, quando a função do cérebro para totalmente (por exemplo, em óbitos por aneurisma cerebral ou traumatismo craniano), múltiplos órgãos podem ser usados em transplantes: rim, fígado, pulmão, pele, córnea e até coração.

MEDOS

Caso identificado a possibilidade do falecido se tornar um doador de órgãos e se ele não tiver histórico de doenças infectocontagiosas (como Aids ou hepatite), a equipe médica deve conversar com a família sobre essa chance. Apenas parentes mais próximos (pai, mãe, cônjuge, filhos, netos e avós) podem tomar essa decisão, e de forma unânime. “É um ato solidário que não apenas resgata vidas, como em um transplante de coração, mas também traz melhoria de qualidade de vida. Pessoas voltam a enxergar graças a uma doação de córnea”, explica Beltrão.

Um dos medos, de acordo com a coordenadora, é de que o corpo do ente querido seja desconfigurado, o que não é a realidade. “É como se fosse uma cirurgia normal, o corpo é 100% reconstituído e entregue totalmente íntegro à família”, ressalta.

PESSOAS VIVAS TAMBÉM PODEM DOAR MEDULA E RIM

Atualmente, no Pará, são realizados apenas transplantes de rins e de córnea. Qualquer outro órgão é levado para as centrais de transplantes de outros Estados. Pessoas vivas também podem se tornar doadores. Nesse caso, de medula óssea, rim e fígado. A primeira situação é a mais simples. Para se voluntariar como doador, basta ceder uma pequena quantidade de sangue na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa). A sua amostra ficará reservada e, somente se alguém na fila de espera do transplante tiver compatibilidade com seu sangue, você será contatado para realizar o procedimento, que retira a medula do doador, que será reconstituída normalmente em cerca de 15 dias. A chance do paciente encontrar um doador compatível é de 1 em cada 100 mil pessoas, em média, e por issoé tão importante o cadastro no Hemopa.

No caso do rim, o voluntário doa um dos seus dois órgãos para o paciente. Mas a compatibilidade também é rara (acontece mais entre familiares) e só poderá ser feita sob uma análise complexa que requer verificar o estado de saúde do doador e, inclusive, autorização judicial. Já para o fígado, a doação é de apenas um pedaço do órgão, que depois deve ser reconstituir integralmente e a compatibilidade é mais ampla, mas também é necessário análise e autorização judicial.

DOADORES

Pelo menos uma boa notícia: o número de doadores (vivos ou falecidos) no Estado vem aumentando gradativamente nos últimos anos – passou de 2,8 em 1 milhão de habitantes em 2015 para 3,5 para 1 milhão em 2016. Porém, continua baixo. A meta é chegar a 4,5 em 1 milhão de habitantes neste ano.

RESPOSTA

A Secretaria de Estado de Administração informou, em nota, que as contratações são por “necessidade emergencial nos termos da lei estadual complementar nº 07/91, alterada pela lei estadual complementar nº 77/12 e visam substituir servidores temporários cujos contratos fora encerrados”, afirma. A Sead informa ainda que essas substituições estão sendo feitas de forma “a dar total transparência as contratações conforme recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público de Contas (MPC) e Ministério Público (MP).

Fonte: DOL.
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