Em Belém, experimento investiga desaparecimento de abelhas

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Experimento é parte de pesquisa mundial sobre sumiço do inseto.
Cientista brasileiro chefia equipe que investiga a situação.
Em um apiário nas proximidades de Belém é desenvolvida um experimento para investigar o desaparecimento das abelhas na maior parte do planeta. Cerca de 400 abelhas são monitoradas por um microchip criado pelo cientista brasileiro Paulo de Souza para tentar esclarecer o sumiço do inseto, que além de produzir mel, é fundamental para a agricultura.
“Sem abelhas, não há alimento. Se não cuidarmos bem dos polinizadores, em particular das abelhas, nós não teremos uma produção agrícola que seja sustentável e não há nada que se possa fazer”, explica o pesquisador, que chefia uma equipe da Agência de Pesquisas Científicas da Austrália, que investiga o mistério. “Isso começou nos Estados Unidos, atingiu e já atingiu a América do Sul”, explica Paulo.
Segundo a Organização das Nações Unidas, 70% dos alimentos cultivados no mundo dependem do pólen das abelhas para chegar até o consumidor. As abelhas coletam o néctar das flores para produzir mel, e durante o trajeto, o inseto carrega o pólen que vai fecundar outra flor e fazer com que ela se transforme em fruto.
“A abelha pode morrer de várias doenças como ácaros, vírus, bactérias, fungos, mas no caso da síndrome do desaparecimento das abelhas, o vilão principal é o pesticida que está eliminando as abelhas”, conta o pesquisador Lionel Gonçalves.
O chip, do tamanho de um grão de areia, é uma espécie de crachá que registra as entradas e saídas de cada abelha na colmeia. Registra também a umidade do ar, temperatura, velocidade dos ventos e transmite essas informações para os cientistas.
“Há casos como no município de Colares, por exemplo, que as abelhas de um apiário, cheias de mel, sumiram e não se sabe para onde elas foram”, conta o presidente da Federação dos Apicultores do Pará Gerson de Morais.
No Pará, o objetivo da pesquisa é descobrir até que ponto as mudanças climáticas explicam o desaparecimento das abelhas. O resultado desta pesquisa deve ser divulgado no ano que vem.

Fonte: G1.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato  Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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