Empresário vítima de agressão por fanático bolsonarista diz não entender por que delegado plantonista ignorou tentativa de homicídio

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O suposto agressor Egidio Willers e a vítima Wilmar Cabral – Créditos: Redes sociais/Arquivo

Quatro dias após ter sido vítima de uma agressão covarde e ainda se recuperando das lesões que sofreu, o empresário Wilmar de Oliveira Cabral usou as redes sociais nesta terça-feira (28), para relatar como ocorreu, segundo versão sustentada por ele, uma tentativa de homicídio sofrida na manhã do último dia 24, no interior da sua empresa, localizada na avenida Cuiabá, próximo ao Seminário São Pio X, no bairro Esperança, em Santarém, no oeste do Pará.

A vítima foi agredida por Egídio Willers, após uma discussão sobre política e eleições. O agressor é simpatizante do presidente Jair Bolsonaro, e não aceitou os argumentos de Wilmar, que não vota no atual presidente e nem compartilha de suas ideologias políticas-partidárias. Wilmar ficou bastante ferido e com graves hematomas no crânio.

Nesta terça, o homem fez um desabafo nas suas redes sociais e contou o que motivou a discussão que terminou em agressão por parte do bolsonarista. “A atitude do senhor Egídio Willers foi um atentado contra mim, contra a minha família,  contra os meus valores, mas também contra o Estado Democrático de Direito. Ofendeu também a tolerância, o respeito e a dignidade que deveria ser preservada pelo governo que ele tanto defende”, escreveu Wilmar.

Wilmar escreveu na mensagem que não entendeu a postura do delegado da Polícia Civil, que estava no plantão neste dia. A vítima esteve na 16ª Seccional Urbana para registrar um boletim de ocorrência pela agressão e, mesmo diante de um flagrante de caso de tentativa de homicídio, o delegado não fez os procedimentos legais.

O Portal OESTADONET apurou que o delegado plantonista deste dia era Herbert Farias Jr.  “Ressalto que também não entendi  a postura do delegado plantonista da Polícia Civil de liberá-lo, mesmo diante de um flagrante caso de tentativa de homicídio, pois se hoje estou com vida é graças à interferência de terceiros que retiraram o agressor de perto de mim e protegeram meu bem mais valioso: a vida”, afirmou.

Wilmar completou dizendo que ‘espera que as autoridades tomem as atitudes necessárias para evitar que histórias parecidas aconteçam, ainda mais em ano eleitoral, não podemos nos submeter à barbárie. Afinal, vivemos tempos beligerantes,  nos quais a opinião do outro é uma ameaça,  uma afronta, uma violência contra “o meu posicionamento”. O resultado mais sublime da educação é a tolerância, e do Estado Democrático de Direito é a Justiça. Espero, com as marcas da violência que sofri, pelos dois: por mais tolerância e justiça’.

“Eu me vi violentado na última sexta-feira. Oportunidade em que estava na minha revenda de veículos trabalhando, e, durante uma discussão natural, razoável e trivial sobre política,  sobre políticos e principalmente sobre princípios e valores individuais, eu fui covardemente agredido. O homem que avançou contra mim com um banco não agredia somente o meu direito à opinião,  mas minha à vida, minha família, minha esposa, a memória do meu filho e tudo aquilo que me é mais caro.

Carregado de um ódio que nunca vi em nenhuma pessoa até hoje. O senhor Egídio Willers desferiu golpes contra minha cabeça como se ali estivesse um bicho ou até pior do que isso”, relatou.

Para ele, o fato de ser defensor do presidente Bolsonaro não faz dele o seu inimigo ou alguém contra quem deveria desferir ataques de fúria que ameaçasse lhe tirar a vida. “Justamente por ser contra a minha índole e contra os princípios que prego como cidadão é que não entendi o ato violento e desproporcional contra a minha vida e meus valores pois naquele momento esse senhor se utilizava de seu discurso político para me agredir e me ofender moralmente”, contou.

A publicação no Facebook foi seguida de inúmeros comentários, de parentes, amigos e pessoas que fazem parte da rede social de Wilmar. A maioria dos comentários foi de apoio e solidariedade ao empresário. Um leitor escreveu: “Não o conheço, mas quero aqui ser solidário a você e tantos outros que são agredidos fisicamente e moralmente. Não sei o que leva uma pessoa agredir a outra por causa de política, precisamos respeitar o pensamento de cada um e o seu como descrito neste texto da postagem passou longe de ser respeitado. Fico muito triste com esse fato narrado , as fotos mostram que foi algo brutal, descabido e sem necessidade como relata o acontecimento. Deus lhe abençoe e possa restaurar sua saúde o quanto antes. Te fortalece com orações e junto a sua família, forças”.

Um dos comentários foi de uma pessoa que se diz também bolsonarista, mas que condenou a atitude de Egídio Willers: “Eu faço comentários e brigo com palavras, mas isso aí é agressão e não se justifica. Sou Bolsonaro 2022 e você não é. E daí?!!! Não tem nada demais! Mas partir para uma agressão dessa, deveria ser preso na hora bolsonarista ou petista”, comentou o homem.

Outra internauta escreveu: “Tem meu apoio. Tem que pagar pelo crime que cometeu contra um cidadão. Todos somos iguais. Ele tem pagar pelo que fez. Não é um animal que tava ali, é ser humano trabalhador. Eu conheço há muito tempo, conheço a família toda. Então, seu delegado, justiça por favor!”.

Jornal Folha do Progresso em 30/06/2022/

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