Exército de Israel lança operação contra Faixa de Gaza

‘Operação Limite Protetor’ é em resposta a ataques de mísseis do Hamas e pode ter incursão terrestre
Israel iniciou novo ataque à Faixa de Gaza nesta terça-feira (8) após o disparo de cerca de 85 foguetes que deixaram 9 palestinos mortos. O país considera o bombardeio uma resposta aos ataques feito pelo Hamas no Sul do país, onde 16 mísseis atingiram solo israelense após atravessarem o escudo antimíssil Domo de Ferro.

Os ataques deixaram doze feridos leves, segundo o último levantamento das autoridades palestinas. Uma porta-voz israelense confirmou o lançamento de uma “operação aérea chamada ‘cerca de proteção”, sem entrar em detalhes. Várias casas foram bombardeadas no sul da Faixa de Gaza, especialmente em Khan Younis, segundo testemunhas.

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As tensões entre o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e Israel cresceram após o sequestro e o assassinato de três israelenses e um palestino, cujos corpos foram encontrados na semana passada. O Egito tentou articular um cessar-fogo entre os lados. Instituições multilaterais como a ONU pediram cautela e diálogo.

De acordo com as Forças de Defesa Israelenses, a “Operação Limite Protetor” visa parar o “terror que cidadãos de Israel encaram diariamente”.

De acordo com a BBC, dos 9 mortos pelo bombardeio de segunda-feira, 2 eram crianças.

Já o grupo Hamas afirma que está respondendo à “agressão zionista” e acusa Israel de ter matado cinco de seus militantes com os ataques. As Brigadas Ezzedine al-Qassam (braço militar do Hamas) advertiram que Israel “ultrapassou a linha vermelha ao atacar casas”. “Se esta política não cessar, reagiremos ampliando a gama de nossos alvos a ponto de surpreender o inimigo”.

A expectativa, agora, é de uma grande operação israelense em Gaza, nos moldes de 2012 e 2008, invade o território palestino por terra. O Gabinete de segurança israelense anunciou o aumento do escopo das ações militares na região. O Exército convocou cerca de 1.500 reservistas, que ficarão de prontidão na fronteira caso haja invasão de Gaza.

Em Israel, continua a investigação do assassinato do jovem palestino Muhammad Abu Khdeir, de 16 anos, cujo corpo foi encontrado queimado na quarta-feira passada nos arredores de Jerusalém. Três dos seis suspeitos, membros de um bando de ultranacionalistas judeus já presos, confessaram e reconstituíram o crime.

“Três dos seis suspeitos detidos confessaram ter assassinado e queimado Mohamed Abu Khder e realizaram uma reconstituição do crime diante dos policiais”, declarou um funcionário.

Fonte: ORMNews.

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