Gasolina cara muda hábitos e gera mudança de comportamento

image_pdfimage_print

Para economizar, motoristas deixam carros na garagem e andam de ônibus

Os sucessivos aumentos de preços verificados nos combustíveis nos postos do Estado do Pará têm mudado o comportamento dos proprietários de veículos. Os motoristas estão reduzindo a quantidade abastecida, deixando o veículo na garagem para andar de ônibus e até vendendo o carro. A mudança de comportamento se explica, em parte, pelos custos envolvendo os automóveis. No início deste ano, a gasolina no Estado do Pará chegou a ser a segunda mais cara do Norte, de acordo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA). Até a última sexta-feira, 27, o preço da gasolina comum custava, em média, na capital, R$ 3,877, sendo o valor mais alto encontrado o de R$ 3,999, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O funcionário público Ednei Soares, 37 anos, tem deixado o carro em casa alguns dias para economizar, devido à alta dos preços dos combustíveis. “Está muito complicado, às vezes tenho que deixar o carro em casa e saio de ônibus; só saio com o carro de vez em quando”, falou.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Lojas de Conveniência do Estado do Pará (Sindicombustíveis-PA), Ovídio Gasparetto, este comportamento tem sido cada vez mais constante dos consumidores. “Muitas mudanças, como por exemplo, consumidores que tinham dois carros, e venderam um; consumidores que trocaram o carro por moto; consumidores que usam o carro para o estritamente necessário. No meu posto tenho três clientes que me pediram para poder deixar o carro em exposição para que sejam vendidos, pois não estão aguentando mais os gastos, e olha que o combustível é apenas um deles, as prestações do carro, mais IPVA, licenciamento, pneus etc é que estão proibindo sua permanência”, enfatiza Gasparetto.

Vender o carro é a opção para quem não consegue arcar com custos altos

Apesar do último anúncio de redução no preço da gasolina e do diesel, que começou a valer na sexta-feira, que poderá reduzir em R$ 0,02 (0,4%) por litro de gasolina e em R$ 0,08 (2,6%) por litro do diesel, o aposentado Amilton Pinheiro, 74, não acredita que os valores cairão. “A gente até estranha quando reduzem alguma coisa. Estas diminuições nunca chegam na população. Não dá para acreditar”, falou. Amilton teve que reduzir outros gastos para continuar andando de carro. “Não reduzi nada no combustível, mas temos que cortar por outro lado”, destacou.

OSCILAÇÃO

A oscilação mais constante nos preços dos combustíveis é fruto de uma nova política da Petrobras, que revisa os preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que, segundo a empresa, “dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade. Os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017/2021”.

O motorista Cléber Paulo, 42 anos, percebeu estas oscilações, principalmente com os sucessivos aumentos. Cléber dirige um carro da empresa e também tem uma moto. “A moto é mais econômica, mas a gente percebe os aumentos. Toda vez está mais caro. Esse negócio de falar que vai diminuir o preço é para enganar a população”, reclama.

Fonte: O Liberal.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: