Geração ‘nem-nem’: Brasil é o 2º país com maior proporção de jovens que não estudam e nem trabalham

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O relatório destaca que, no Brasil, 33% das pessoas que ingressam no ensino superior conseguem terminar a graduação dentro do tempo previsto (Foto:Reprodução).

Os dados são do relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e aponta 35,9% dos jovens brasileiros nesta situação

Um relatório internacional apontou o Brasil como o segundo país com a maior proporção de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que não estudam e nem trabalham. Os dados foram apresentados no Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta segunda-feira (3). As informações são do portal Folha de São Paulo.

O documento indica que 35,9% dos jovens brasileiros estão nessa situação, o que corresponde ao dobro da média dos países membros da OCDE, que registram 16,6% de pessoas dessa faixa etária sem qualquer tipo de ocupação. O país melhor posicionado no ranking é a Holanda, com apenas 4,6%. Já o Brasil ficou logo atrás da África do Sul, que soma 46,2%.

Para avaliar a situação do ensino superior e emprego, a Organização analisou os 38 países membros da OCDE. São eles: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.

“Esse grupo, dos que não trabalham e não estudam, deveria ser uma grande preocupação para os governos, já que alertam para uma situação negativa de desemprego e desigualdades sociais”, analisa o relatório.

Além disso, o documento destaca que, no Brasil, 33% das pessoas que ingressam no ensino superior conseguem terminar a graduação dentro do tempo previsto. Quase metade, 49%, só concluem o curso depois de três anos do prazo programado. Os outros 18% desistem da graduação ou terminam em um tempo ainda maior.

“É essencial que os países tenham políticas para prevenir que os jovens se tornem parte desse grupo ou que busquem ajudá-los a encontrar um emprego ou voltem a estudar”, acrescenta. O relatório aponta que a conclusão do ensino superior está associada a mais oportunidades de emprego e melhores salários.
O que é Geração ‘nem-nem’?

O termo “nem-nem” é uma redução da expressão “nem trabalha, nem estuda”. São chamados assim os jovens inativos que não encontram uma oportunidade de emprego e passam por dificuldades para prosseguir com os estudos. De acordo com a consultoria especializada IDados, até o segundo trimestre de 2021, essa população representava 30% dos jovens com até 29 anos, ou seja, cerca de 12,3 milhões de pessoas. (Com informações de Karoline Caldeira).

Jornal Folha do Progresso em 03/10/2022

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