Governo Helder entra na justiça e quer indígenas fora da Seduc

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Foto: Reprodução | A 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Pará determinou o encaminhamento de um pedido de liminar, feito pelo Estado do Pará, para análise no expediente regular da Justiça. O caso envolve a ocupação da sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) por indígenas de diversas etnias, em protesto contra mudanças no Sistema Modular de Ensino trazidas pela Lei Ordinária Estadual nº 10.820/2025.

O governo Helder pretende que os indígenas saiam imediatamente do prédio, mas para eles isso estaria fora de cogitação. Na manhã desta segunda-feira (20), as lideranças do Baixo Tapajós e Tembé uniram-se aos demais indígenas no sétimo dia de protesto dentro do prédio. Segundo o governo, a ocupação prejudica cerca de 40 mil servidores.

A ação foi apresentada neste sábado (19), durante o plantão judicial, e solicitava uma tutela antecipada para que os manifestantes liberassem as áreas administrativas da Seduc, restringindo a ocupação ao auditório e refeitório anexos.

Contudo, a juíza Maria da Penha Gomes Fontenele Meneses, responsável pelo plantão, concluiu que o pedido “não se enquadra nos critérios de urgência exigidos para apreciação fora do expediente regular”.

Segundo a magistrada, o regime de plantão “é reservado para situações excepcionais, que envolvam danos concretos e iminentes no período de plantão”. Como a ocupação teve início no dia 14 de janeiro, a magistrada considerou que a demanda poderia ser analisada no próximo dia útil, sem prejuízo às partes.

“A competência do juiz de plantão é uma medida de exceção, destinada a evitar a produção de danos concretos e urgentes durante o período em que o órgão judicial competente não está em funcionamento. No caso, trata-se de situação preexistente que não caracteriza urgência inadiável”, afirmou a juíza em sua decisão.

O pedido será redistribuído a uma vara federal competente, onde será submetido a análise no expediente regular da Justiça Federal.

O protesto segue em curso, e a ocupação da Seduc é parte de uma mobilização maior por parte dos indígenas contra alterações que, segundo eles, afetam negativamente a educação em suas comunidades.

Com o processo redistribuído para outro juiz, a decisão pode sair a qualquer momento.

Deputada protesta

A deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), que acompanha de perto a ocupação da Seduc pelos indígenas, desde o primeiro dia do movimento, se manifestou sobre a ação civil pública ajuizada pelo governo de Helder Barbalho para expulsar os manifestantes do local. A tutela antecipada foi negada pela juíza de plantão, Maria da Penha Meneses, da 1a Vara Federal Cível.

Na manhã desta segunda-feira, 20, quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Indígena, Lívia Duarte se manifestou sobre a ação do governo Helder, nas redes sociais: “A autorização judicial de retirada dos indígenas da Seduc sob força policial foi tentada pelo governo Helder, esta madrugada, mas, felizmente, foi rejeitada pelo juiz com parecer contrário do MPF”, inicia.

Lívia aponta que a tentativa judicial “acirra a tensão e dificulta a negociação”. Além disso, acrescentou que “assusta” ver o governo buscando autorização para o emprego da força policial para enfrentar um grupo vulnerável, que poderá vir a sofrer as mesmas agressões sofridas pelos professores, em frente à Alepa, no mês passado.

Fonte: Ver-O-Fato  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/01/2025/10:46:20

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