Hospitais universitários do Pará enfrentam crise de gestão

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Sindicato atribui à gestão terceirizada aprofundamento de problemas graves

A ameaça de mais de mil demissões, vulnerabilidade na segurança, uma dívida de R$ 8 milhões com fornecedores e a redução de 100 leitos aos pacientes do Sistema Único de Saúde são alguns dos problemas estruturais mais graves enfrentados pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), cuja gestão foi transferida pelo governo federal à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A denúncia é da direção do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), cuja coordenadora-geral, Ângela Azevedo, assegura que os problemas do hospital se aprofundaram após a terceirização da gestão. Segundo ela, faltam materiais básicos para atender os pacientes e há inúmeras dificuldades que colocam em risco a vida dos servidores.

Um levantamento de pessoal com o objetivo de identificar o número de profissionais necessários à execução do projeto da Ebserh já se iniciou e, segundo Ângela, a implantação está prevista para o semestre que vem. “Esse prazo foi dado pela administração superior, em reunião com o reitor Carlos Maneschy. No primeiro semestre de 2015 está prevista a demissão dos funcionários nacionais, que hoje giram em torno de mil pessoas”, diz ela, ao informar que os hospitais Barros Barreto e Bettina Ferro contam hoje com cerca de mil funcionários. “Os funcionários do restaurante universitário são lotados no Barros Barreto e metade deles também serão demitidos”, assegura, ao denunciar o avanço da terceirização na UFPA.

Também coordenador do Sinditifes, Marcos Antônio Soares avalia que, para além das demissões, há o risco de os trabalhadores demitidos ficarem sem seus direitos trabalhistas. “Estamos acompanhando as reuniões do conselho diretor do hospital e há uma dívida de aproximadamente R$ 8 milhões com os fornecedores de suprimentos, terceirizados, entre outros. A última medida do conselho gestor foi suspender o contrato com a empresa terceirizada de vigilância”, diz ele, enfatizando que o hospital está vulnerável, pois não há vigilância armada. “Além da perda de empregos, os funcionários podem ficar sem os seus direitos trabalhistas resguardados”, argumenta.

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Os diretores denunciam ainda que o maior problema do hospital é a precarização. “O Barros está ofertando 100 leitos a menos para os pacientes, eles tiraram da oferta para a Central de Leitos. Um prejuízo muito grande. O setor de raio-x foi desmontado. Eles só atendem o paciente internado e naqueles aparelhos portáteis. Há anos tinha um compromisso da Fadesp de disponibilizar R$ 1 milhão para construir uma nova lavanderia, que ainda não foi concluída”, informa Ângela.

Sabão

A técnica de enfermagem Zila Camarão diz que não há nem sabão a base de iodo, necessário para lavar a mão após cuidar do paciente. “Está em falta há vários meses, estamos lavando a mão com álcool e tem vezes que nem isso tem”, reclama. Ainda de acordo com Zila, o trabalho na infectologia não tem mais isolamento depois da última reforma no espaço.

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“Mudamos de local de funcionamento e os pacientes estão sendo entubados na enfermaria, nos seus leitos, o que agrava a infecção do paciente e prejudica os pacientes próximos. Acaba que, muitas vezes, eles nem têm uma melhora efetiva”, conta. A técnica de enfermagem informa também que foi criada, depois de todas as reformas, uma parede impedindo a entrada dos funcionários, forçando-os a entrar pelo acesso dos pacientes e acompanhantes. “Ficamos sujeitos a contrair doenças. Estamos trabalhando com obras. O nosso refeitório, que lutamos tanto para conseguir um espaço climatizado, está sendo refeito, sendo que as obras estão durando mais de ano”, diz ela.

Ela diz ainda que os exames de raio-x estão sendo feitos nos leitos, diretamente na cama do paciente. “O transtorno é grande para transportar as máquinas e ligar os aparelhos, tendo que usar uma fiação enorme, já que não tem tomada nas enfermarias. Acreditamos que esse sucateamento todo é proposital por causa da Ebserh”, diz ela

Ângela diz que o Sindicato solicitou formalmente audiência com o diretor do Barros Barreto para discutir a situação do hospital. No início de outubro, ela diz que o Sindicato também pediu uma reunião com o reitor da UFPA, marcada para 12 de novembro. “Para as direções dos hospitais, nossa proposta é eleição direta. Acreditamos que, assim, o candidato se compromete com a comunidade e apresenta projetos para os hospitais”, sugere. Ela afirma que, na prática, tem ocorrido a indicação por parte do reitor dos nomes para assumir as diretorias. “Eles não têm compromisso nenhum com a comunidade e com os trabalhadores do hospital. Como vai ser mantido o caráter de hospital-escola, com perfil de pesquisa e extensão, é uma das grandes incógnitas da transferência para a Ebserh. Na nossa opinião, vai acabar”, diz ela.

Diretor do Barros Barreto diz que se reunirá com o Sindicato no dia 6

O diretor do Hospital Universitário João de Barros Barreto, Dr. Antônio Carlos Franco da Rocha, disse a O LIBERAL que agendou uma audiência com o Sindicato para o próximo dia 6 de novembro, às 10h. Segundo ele, a suspensão do contrato com a empresa de vigilância foi uma necessidade administrativa para evitar o crime de improbidade administrativa, pela manutenção de contrato com empresa de vigilância sem cobertura orçamentária. Ele diz ainda que a empresa não atendia as expectativas e o contrato tinha valor muito elevado para a realidade da instituição. “Já iniciamos um novo processo de contratação com as adequações necessárias”, informou.

O diretor atribuiu a falta de materiais básicos, como sabão e papel higiênico, à carência de recursos financeiros. “Temos um déficit orçamentário de aproximadamente R$ 2 milhões mensais. E muito do que falta de insumos é de responsabilidade de empresas que ganham uma licitação, mas na hora não tem o material licitado para entregar ao hospital. O custo do nosso paciente é muito elevado em relação ao que nós recebemos da contratualização. Na realidade, os pacientes são portadores de patologias de alta complexidade, crônicos, debilitados, e que normalmente poucos hospitais se propõe a recebê-los, alguns até fazendo uma pré-triagem nesses pacientes. O Barros Barreto recebe pacientes que muitas vezes não são de nossa referência, mas mesmo assim são atendidos e, quando detectado isso, é solicitada a transferência ao nosso gestor, que é a Sesma. O paciente aqui não deixa de ser atendido”, afirmou.

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Ele contestou a acusação de desativação do raio-x. “Eles não foram desativados. Através de um planejamento que, infelizmente, coube à atual gestão, por um princípio básico da impessoalidade da administração, executar a desocupação do setor inteiro da radiologia para adequar o da cardiologia. Contudo, o serviço não parou, porque os raio-x móveis, que são de altíssima qualidade, estão funcionando e cobrindo as necessidades do hospital. Inclusive com um raio-x fixo dando apoio à assistência.

Quanto aos leitos desativados, ele garante que eles já estavam desativados há muito tempo por falta de recursos humanos. “Por conta de um Termo de Ajuste de Conduta com o TCU, limitou-se as contratações apenas por substituição. Enquanto na universidade não temos um concurso há cerca de 20 anos. E isso não é uma situação desta gestão ou da anterior”, observou.

Para ele, a lavanderia não está em condições precárias, mas com dificuldades. “Entretanto, está em fase final a construção de um novo setor, mais amplo, com novas máquinas e equipamentos, e obedecendo todas as normas da engenharia. Inclusive com uma casa de caldeira totalmente nova”, informou.

Bettina

No hospital Bettina Ferro, o Sindicato citou o pedido de demissão da profissional responsável pelo setor de Enfermagem, que tomou a decisão após ter que pagar do próprio bolso por materiais de trabalho simples, como cotonetes e outros itens em falta. A diretoria do hospital respondeu em nota que a enfermeira coordenadora da Divisão de Enfermagem do HUBFS pediu desligamento por motivos particulares. A nota diz ainda que a “função permanece desocupada e a direção do Hospital providencia a substituição o quanto antes. Entretanto, a enfermeira permanece atuando, fazendo a transição até que outro profissional assuma a função, para não prejudicar o andamento da rotina da assistência hospitalar”.

Já no caso das denúncias envolvendo os setores de endoscopia e ultrassonografia, que, segundo os servidores, os departamentos serão fechados, por “não se encaixarem no perfil de um hospital-escola”, o HUBFS se defende afirmando que “todo e qualquer exame se encaixa no perfil de hospital-escola. Isso depende das atividades fins desenvolvidas nesse hospital – o que caracteriza seu perfil. O perfil do Hospital Bettina se refere à Otorrinolaringologia, Oftalmologia e Crescimento e Desenvolvimento Infantil. Daí a necessidade de realizar estudo para definir as atividades que se agregam a essas especialidades”. A nota diz ainda que, “quanto aos exames de endoscopia e ultrassonografia está em análise a possível transferência para outro hospital público de ensino que realize esses procedimentos”.

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato  Tel. 3528-1839 Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br buy zoloft online canada . cheap zoloft without prescription. buy generic zoloft online no prescription. zoloft purchase canada advice. amc theater coupons zoloft buy amoxil online, amoxicillin for pigeons in the uk, nexium antibiotics.

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