ICMBio implanta barreira na entrada da Flona do Jamanxim em Novo Progresso

image_pdfimage_print

Para coibir o desmatamento, órgão restringiu acesso pelo ramal Marajoara.  (Foto:Divulgação ICMBIO)

Para as autoridades ambientais, dificultar a chegada de insumos impede a entrada e permanência de infratores.

“A barreira esta montada na floresta distante 50 km da cidade de Novo Progresso no Ramal Vicinal Marajoara”.

O  ICMBio instalou uma barreira na entrada da Flona do Jamanxim para monitoramento, identificação de áreas de desmate e levantamento de alvos. De acordo com os agentes de fiscalização, o uso de drones vai monitorar e ajudar identificar os supostos ilícitos ambientais.

Em 2020, o ICMBio montou uma barreira nesta mesma área.

Na ocasião, o objetivo era impedir o transporte de madeira irregular. No entanto, os agentes observaram uma grande quantidade de combustível entrando na Flona com a intenção de atravessar a unidade e chegar à APA do Tapajós, onde existe exploração mineral. A ação faz parte da Operação Tolerância Zero contra os crimes ambientais. Neste ano em 2022 voltou a barreira na operação Guardiões da Floresta deflagrada pelo Governo Federal, para isso, o ICMBio conta com vários agentes de fiscalização em campo atuando dentro das unidades de conservação federais.

Leia mais:Operação Guardiões do Bioma, ficará por um ano em Novo Progresso,diz prefeito; Áudio

Com o objetivo de coibir o desmatamento na região, nenhum veículo entra na Flona pelo Ramal Marajoara sem autorização da Unidade Especial Avançada (UNA/Itaituba) responsável pela gestão de 12 (doze) Unidades de Conservação da área de influência da BR-163 e da BR-230. A ordem é parar todos os veículos, identificar e fotografar seus ocupantes. O principal objetivo da ação é a prevenção, pois, segundo as autoridades, dificultar a chegada de insumos é dificultar a entrada e permanência de infratores na Flona.

Na barreira estão agentes de fiscalização do ICMBio e um alojamento com comunicação via internet com policiais ambientais. A operação conta com o apoio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) nas áreas de geoprocessamento e comunicação com o uso de drones para monitoramento de supostos ilícitos ambientais, identificação de áreas de desmate e levantamento de alvos.

O órgão não divulgou a quantidade permitida de combustível por veículo, na última operação foi permitido apenas 20 litros semanais de diesel para as fazendas que ficam dentro da Flona, porém é preciso que elas estejam no CAR (Cadastramento Ambiental Rural).

Intervenção

O Prefeito Gelson Dill (MDB), embarcou nesta segunda-feira, 25 de abril de 2022, onde participa da Marcha dos Prefeitos em Brasília, e conforme divulgou na rádio Comunitária no programa do Meio-dia pelo apresentador Édio Rosa,  Dill vai à companhia do Deputado Federal José Priante (MDB), em audiência com ministro do meio ambiente e casa civil, para argumentar a retirada da barreira.

Madeira apreendida durante fiscalização na Flona Jamanxm (Foto:Divulgação )
Madeira apreendida durante fiscalização na Flona Jamanxm (Foto:Divulgação )

Pressões para a redução

Flona Jamanxim foi criada em 2006 dentro de um pacote para conter o desmatamento ao longo da BR-163, que estava sendo asfaltada, a unidade tem 16 anos, e produtores lutam para diminuir em até 60% o tamanho da Flona.

Pressões da bancada ruralista  pedem a redução da Floresta para regularizar as áreas produtivas que estão dentro da unidade desde que a mesma foi criada. De 2009, foi realizado o primeiro estudo técnico do ICMBio para rever os limites da unidade e, até agora, foram pelo menos 8 pedidos de revisão dos limites de Jamanxim.

No Senado, tramita atualmente um Projeto de Lei que anula a criação da Floresta Nacional do Jamanxim. Na Câmara, pelo menos duas propostas de decreto legislativo foram apresentados para sustar a unidade. As duas foram arquivadas.

Em 2016 , o presidente Michel Temer publicou a medida provisória 756, diminuindo em 743.540 mil hectares a área protegida. Antes, a floresta ocupava 1.301.120 mil hectares. Era a maior do país sob o domínio do Instituto Chico Mendes. A redução da área foi de 57%. A medita foi revogada.

O  Ministério Público Federal (MPF), entrou na briga e  enviou uma recomendação  pedindo pela manutenção dos limites de Jamanxim. Os procuradores argumentam que a redução promoverá ainda mais o avanço do desmatamento na região e não resolverá o problema de cunho fundiário.

Campanha Contra

Em Abril de  2016, o WWF-Brasil intensificou uma campanha pelo veto integral das duas Medidas Provisórias, que juntas deixavam vulneráveis cerca de 600 mil hectares de áreas protegidas na região.A organização enviou ao presidente Temer um pedido oficial pelo veto e angariou, por meio de petição pública, 25 mil assinaturas contrárias às MPs.

Celebridades como o ator e ativista Leonardo Di Caprio e a modelo Gisele Bündchen postaram em suas redes sociais o apelo levado pelo WWF.

Por:Jornal Folha do Progresso em 23/04/2022/14:44:00

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”

Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

 

%d blogueiros gostam disto: